Estou uma pilha de nervos dessa vez, pois sei que vai acontecer algo diferente, meu corpo antecipa isso, e sinceridade estou morrendo de vontade me atirar nos braços de Thiago e às vezes fico com receio dele me afastar, muitas vezes ele já deixou claro que nosso relacionamento é baseado em sexo e não em amor, pois ele não se envolve.

Chegamos ao seu apartamento e ele vem para perto de mim com aquele olhar safado que tem ligação direta com a minha boceta. Estou fervendo de saudade dele, nunca na minha vida senti tanta falta de estar com alguém. Mas ele não me beijou, mesmo com aquele olhar, ficou distante.

Não queria me aproximar muito de Carla, para não me distrair dos meus propósitos. Acho que meus olhos me denunciaram que na realidade eu queria pegar ela de um jeito muito, mas muito maldoso, meu corpo estava pedindo liberação, mas eu tinha que me controlar. Arrumamo-nos e fomos para o Clube Dominnos.

CLUB DOMINNOS

Carla

Chegamos a um clube que Thiago falou que era um Clube especial só para pessoas que gostam de sexo como eu e ele, mas sei que é algo mais, e estou ansiosa. É um lugar muito chique, mas parece uma mansão com mesas postas e um palco no final onde tem varias coisas que não sei dizer ainda o que é. Sentamos em uma mesa para dois, eu estava com um vestido preto justo, mas tinha colocado um lingerie vermelha muito sensual que achei que Thiago iria gostar. Essa sala mais parecia um teatro ricamente decorado, quando escuto os primeiros acordes de uma musica , que diz que algo esta para acontecer. Dois casais, que até poucos minutos atrás conversavam e riam animadamente no bar do nosso lado, se dirigem ao fundo da sala, onde tem uma cruz em forma de X, sobre um fundo de veludo vermelho e um brasão de armas, exibe grossas algemas de couro penduradas de correntes e argolas em cada extremidade. Um dos homens testa as correias e prende os braços erguidos de uma mulher que estava ali, levantando seu vestido até a cintura e expondo-lhe as nádegas nuas. Outra mulher tira o, sobretudo e fica apenas de calcinha fio dental, ela se inclina sobre uma estrutura de madeira que lembra um genuflexório, mas no qual a cabeça fica mais baixa que o corpo. Aos poucos, mais pessoas descem de outras salas do lugar e vão se acomodando para assistir à cena, em silêncio, sinto umas borboletas voando no meu estomago e Thiago não tira os olhos de mim e não consigo desviar o olhar do palco. Cada um dos homens se dirige a um cabide do qual pendem diversos tipos de chicotes, chibatas e outros instrumentos de castigo que só tinha visto em filmes. Eles avaliam as alternativas, escolhem o que vão usar e se posicionam atrás das suas mulheres, que portam no pescoço coleiras como as usadas por cachorros, com iniciais que indicam serem elas propriedade de algum dos dois homens, provavelmente. No silêncio mal quebrado pela música, eles alisam a pele das duas como se lhes avaliassem a resistência, desferindo a seguir o primeiro golpe, que faz ambas gemerem quase simultaneamente, e eu levo um susto, Thiago aperta minha mão com carinho e eu me acalmo. Não há truques ali a pele revela que cada chicotada foi para valer e nota-se que a plateia retém a respiração à espera de cada novo golpe. É possível identificar os novatos com eu, que são os de olhos mais arregalados e ar assustado, encolhidos nas cadeiras. Mas aquilo me excitou pude sentir, minha calcinha estava encharcada. De quando em quando, os homens se aproximavam das mulheres, acariciando-as, para saber se pode continuar se está tudo bem, se querem mais. Elas pedem mais, sorriem e agradecem. Eles batem e bate de novo. Dá para sentir que estão tendo prazer. Eu me sentia curiosa, espantada e excitada demais, meus líquidos estavam escorrendo. Thiago está muito próximo de mim sinto suas mãos apertarem minhas coxas e subirem até alcançar as dobras do meu sexo e com um dedo entrar em mim, fazendo eu quase gozar, ele sorri e retira o dedo levando aos lábios e chupando meu gosto, eu sentia cada vibração no meu limite. Thiago me puxa para um beijo rápido e sussurra no meu ouvido não goza. Ainda bem que estávamos num canto mal iluminado e não dava para ver nitidamente, mas sentia olhos passeando por nós, fico ainda mais excitada. A pele das duas já reluz de tão vermelha, mas estão satisfeitas que dá para sentir o prazer escancarado quando eles terminam. Perto do bar, um homem está deitado e mantém os olhos fechados, acusando o prazer que lhe causa estar sendo pisoteado por um pé calçado em uma bota de salto altíssimo. Em poucos minutos, ele se deita no piso gelado, a um comando da dona das botas uma morena linda, que desce para caminhar sobre seu corpo. A impressão que dá é que a qualquer momento os saltos finos vão rasgá-lo ao meio, mas, não, a moça vai para frente e para trás e nada revela que esteja provocando sofrimento, pelo contrário ele está parecendo que ia gozar a qualquer momento. A excitação da plateia pode ser cortada com faca, mas ninguém intervém, o clima ali de quase reverência. Uma Loira linda e impressionante, daquelas pessoas que se a gente não soubesse do que gosta, poderia até imaginar, fácil, fácil. Toda de preto, cabelos esvoaçantes, saltos altíssimos, ela circula pelo espaço com uma majestade que lhe é absolutamente natural, distribui beijos para os conhecidos quase todos os que ali estão e se senta para conversar com Thiago sinto o meu ciúme bater com força, mas ele me apresenta a Loira como Branca a dona do clube. Pelo que senti Branca e Thiago são velhos conhecidos e está me corroendo por dentro, mas procuro entender melhor como funciona esse mundo que povoa a minha imaginação, mas ainda me assusta. Não estou prestando atenção ao que eles conversam, mas escuto ela dizer.

Será que é castigo? DA SÉRIE CORPO E ALMA LIVRO 1Where stories live. Discover now