Capítulo 10

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POV Ygor / POV Dominic


Dirijo o carro me sentindo um completo imbecil! Minha vontade é de chutar a minha própria bunda.

- Eu amei papai! Foi o dia mais legal de todos... - Darla vai falando e tento prestar atenção.

Como eu pude deixar escapar? Como eu pude chamar ele de pombinha? Nesse momento ela deve estar achando que sou um imbecil!

Eu adoro pombas, por alguma razão acho elas divertidas, gosto de ver as pombas na calçada, adoro pombas brancas, elas são bonitas e simpáticas, além do mais me transmitem uma sensação de paz.

Lisa me passa essa sensação de paz, ela é tão linda e delicada, a pele dela é bonita, e os lábios nem se fala, eu adorei tudo nela, claro que temos muito em comum, afinal ambos somos pais solteiros e nossas filhas tem a mesma idade, mas tem algo a mais em Lisa, quando nosso olhar se encontrou pela primeira vez eu senti umas coisas estranhas, mas então eu e minha boca grande estragamos tudo.

Sou a porcaria de um fracassado nessa história de paquera, eu nem queria paquera, só queria ir com calma, mas quando vi já estava espremendo Lisa e passando vergonha.

Não vou nem comentar sobre o beijo de raspão que dei nos lábios dela, será que ela está me achando um tarado? Afinal que tipo de homem se enrola para cumprimentar e ainda chama a mulher de pombinha?

Vou dirigindo sentindo uma vergonha infinita, faz anos que não tenho um encontro, desde que me envolvi com a progenitora da Darla e ela se mostrou ser uma vadia sem coração, simplesmente me fechei, afinal Darla é minha prioridade máxima.

- Papai! - Darla chama minha atenção.

- Oi? Desculpa filha, papai estava prestando atenção no farol. - Falo dando uma desculpa.

- Amanhã depois que eu sair da escola nós vamos ir pra casa? É que eu queria brincar com a Haley e com todo mundo. - Darla pergunta esperançosa.

- Papai ainda não sabe direito, mas amanhã vai ser um dia importante, temos que ver como você vai ficar na nova escola. - A manhã dela vai definir o restante do dia.

- Eu acho que vou gostar. - Darla diz e olho pelo retrovisor ela abrindo um sorriso.

É um sorriso sincero e não há tristeza, ela está tranquila e isso me faz sentir em paz.

Chegamos em casa e descarrego o carro, coloco o novo uniforme de Darla na máquina de lavar e pego a lista de material.

- Uma caixa de tinta de dedo, e acho que é só. - Falo escrevendo em um papel.

- São só sete coisas. - Darla diz olhando a lista.

- Depois que deixarmos o vovô no aeroporto passamos no mercado, assim compro o que falta e aproveito para comprar umas coisas que estão faltando na despensa. - Digo e Darla assente.

Arrumo todo o material em duas sacolas e deixo separado, pego o uniforme velho da Darla e coloco em uma sacola para doação.

Vamos para a cozinha e corto três maçãs, pico as três e vamos comendo enquanto conversamos, como Darla tomou banho na natação basicamente só vou ter que arrumar ela para irmos para o aeroporto. Tiro um pote com frango que estava na geladeira e Darla me ajuda a colocar na forma.

- O tempero do titio é gostoso. - Darla diz me ajudando.

Nic temperou o frango ontem e basicamente só preciso colocar para assar.

- Vamos fazer macarrão com salsicha e salada. - Digo pegando o último pedaço de frango do pote.

Coloco o frango para assar e começo a preparar o jantar, fico conversando com Darla o tempo todo, ela está feliz e automaticamente fico feliz.

Destinos TraçadosWhere stories live. Discover now