Capítulo 34

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Boa leitura 💕
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Na sala de André o delegado prestava atenção nas palavras de Willi, focava totalmente no modelo que estava dizendo sobre o que pensava de Stanley e de que o mesmo seria quem pegou sua filha, o homem anotava as coisas num bloquinho, inclusive o endereço que Stanley deixou no currículo.

- Tudo bem Sr. Foster, vou agora mesmo fazer uma varredura nesse endereço, se esse Stanley for quem pegou sua filha vamos o encontrar. - informou o delegado pegando uma cópia do currículo que foi entregue pela secretária.

- Eu vou junto, quero encontrar minha filha e ninguém vai me impedir de dar uma boa surra naquela jiboia. - falou decidido.

André encarou o delegado fazendo uma expressão engraçada, o delegado apenas riu dando de ombros e assentiu para o modelo, eles logo saíram da sala, mas sem ver um certo britânico escondido num dos corredores após ouvir a conversa. Archie chegou ali após ter uma outra discussão com Stanley, onde exigiu que o "marido" não fizesse nada com Sophia, então foi para empresa infernizar André. Mesmo brigado com o babá, Muhammad ligou o informando sobre o que estava acontecendo, sobre a suspeita de Willi e o delegado estar indo no endereço falso onde ele colocou no currículo que entregou para André, assim desligaram após Stanley pedir para Archie voltar para casa porque tinha uma ideia.

André e Willi foram seguindo o carro do delegado, o mais velho dirigia meio apreensivo, estava com medo; e para o azar deles o trânsito estava horrível, tiveram que parar e ficaram um bom tempo alí.

- Merda André, não estou acreditando! - o modelo soca o porta luvas. - Vou acabar indo a pé até esse endereço!

- Não inventa Willi, fica aqui, não complique mais as coisas. - pediu bufando.

- Tudo bem, mas quando chegarmos nesse lugar eu vou arrancar todo o cabelo daquele babá com as minhas próprias mãos, ele vai implorar de tanta dor que vou fazer ele sentir. - falou decidido não percebendo o olhar incrédulo de André sobre si.

O trânsito durou umas quatro horas, estavam todos cansados e estressados, Willi quase foi a pé mesmo, mas André travou as portas, ficou com a cabeça doendo de tanto que o modelo gritou, mas não abriu as portas.

- Esse delegado é uma anta mesmo, podia muito bem colocar uma sirene no teto do carro e ir abrindo caminho! - o modelo comenta irritado.

- Não é bem assim amor...

- Ah, claro que não. - zombou, em seguida fez uma expressão chorosa e deitou a cabeça no ombro do marido. - Estou com medo, espero que minha bebê esteja bem.

- Ela vai estar Will, vamos ter nossa filha de volta. - o beijando na testa. - Olha, finalmente.

Eles viram os carros começarem a andar, logo estavam indo rápidos em direção ao tal endereço. O coração de Willi só faltava sair pela boca de tão rápido que batia, sua ansiedade era grande, então não conseguia ficar quieto no carro, estava sempre checando as horas e as ruas que passavam. Eles foram chegando na parte mais pobre da cidade, quando chegaram no endereço estacionaram os carros e saíram estranhando aquele lugar.

- É o lugar ideal para alguém manter alguém em cárcere privado. - comenta o delegado pensativo. - Vamos lá.

André encarou Willi, o modelo não esperou mais e entrou no prédio junto com o delegado e os policiais, e com André logo atrás. Enquanto eles passavam viam crianças brincando, todas sujas, com fome, alguns caras bêbados dormindo pelo chão, discussões altas vindo de algumas casas, realmente era uma realidade cruel e muito triste, o prédio era bem velho, cheio de rachaduras e infiltrações.

Raízes | Livro 2 Where stories live. Discover now