|Capítulo 1|

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— 𝔄 𝔘𝔫𝔦𝔞𝔬 𝔡𝔢 𝔡𝔲𝔞𝔰 𝔞𝔩𝔪𝔞𝔰 𝔰𝔢𝔭𝔞𝔯𝔞𝔡𝔞𝔰 𝔭𝔢𝔩𝔬 𝔱𝔢𝔪𝔭𝔬

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𝔭𝔢𝔩𝔬 𝔱𝔢𝔪𝔭𝔬.

Século XX

Noventa porcento dos homens do escritório haviam saído, parte deles foram para suas casas e outros para bares. É incrível como todos os dias eles arranjam motivos para comemorações. Ainda sentada em sua mesa, Margaret observou com astúcia o local. Daniel estava parado na porta do elevador, Jack estava sentado na sala de interrogatório comendo e o caminho até a sala do Delegado está livre. Livre como um pássaro.

— Você está me chamando. – Peggy sussurrou para si mesma ao ver o monte de papel sobre a mesa do Delegado. Precisa de quarenta segundos para entrar, pegar todas as informações sobre o caso que surgiu hoje mais cedo.

O que a instigou a ir, foi a lembrança de ter passado meia hora na filha de um restaurante para pegar o pedido de um agente e ainda ouvi-lo reclamar por conta do atraso. Impulsionou a cadeira para trás, levantando-se logo em seguida e caminhando com cuidado até a sala do homem. Com o barulho do salto, ela fez o possível para não chamar a atenção de ninguém e entrou.

Não foi difícil procurar no monte de arquivos o arquivo certo. Era aquele datado com 14/05/1946, as 8:40am. Colocou por dentro da blusa, prendendo na calça e arrumou a roupa novamente. Olhou pela fresta da cortina e percebeu que, por sorte, ainda não havia ninguém perambulando por ali.

— Bom trabalho, Peggy. – Sussurrou para si mesma ao sentar-se à mesa novamente. Puxou a cadeira para frente e arrumou a coluna. O atrito entre o papel e sua pele estava incomodando, de leve, mas vai deixar de incomodar quando ela tiver todas as informações sobre o caso e começar a trabalhar nele. 

Queria desmembrar a mas tá ali mesmo, espalhar todos os arquivos por todos os lados da mesa e começar a devorar cada uma das palavras. Por que saiba do que é capaz, ela precisa mostrar aos homens que pode trabalhar em um nível igualitário ao deles, senão superior. Começou a batucar com a ponta dos dedos na mesa, até seu horário de ir embora chegar. Nesse exato momento, os agentes do turno da noite chegam. Margaret passa ignorando todos eles, dirigindo-se até a rua.

O caminho até sua nova casa não é longo, algumas quadras abaixo do céu escuro e nada estrelado de Nova York. O som dos carros, dos passos, dos falatórios. Fazia Peggy querer chegar no seu quarto de uma vez, para poder mergulhar de cabeça naquele caso intrigante. Talvez ela tenha ficado um pouco obcecada por ele, e talvez, talvez exista uma razão para isso.

Existe algo nesse caso, que fez com que Margaret ficasse tão interessada desse jeito, porém, ela mesma não sabe qual a razão. Ela quer desesperadamente saber mais, obter informações e descobrir o porquê de, de repente ficar tão interessada em algo. Não encontrou nenhum motivo para isso, e nem ao menos poderia, pois é a primeira vez que o assassino age. Portanto, não existe uma razão sólida para isso. Ou talvez exista.

Investigações do TempoWhere stories live. Discover now