|Prólogo|

267 28 213
                                    

— Eu conheço meu valor

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


— Eu conheço meu valor.

Nova Iorque, pós-guerra.

Sec XX

Os homens do escritório iam de um lado a outro, enquanto Peggy era obrigada a continuar sentada à mesa. A britânica encarava o interior do copo de café, ao passo que batia com a caneta na mesa demonstrando toda a sua impaciência perante a situação. A cada toque do telefone, Margaret sentia mais vontade de pegar o aparelho e jogar contra a parede. Quando entrou para a polícia, não foi para ser uma simples garota de recado. Não foi para ser a mulher que anota e busca os almoços, foi para ser uma detetive. Aliás, foi para isso que ela treinou a vida inteira. Para ser alguém que faz a diferença no mundo, e anotando o pedido de homens machistas, ela só está fazendo diferença para suas barrigas gordas.

— Carmine's restaurante. – a mulher do outro lado, atendeu a ligação com seu jeito grosso de sempre. Ela odeia estar ali e por isso, desconta todos os seus problemas nos clientes.

— Bom dia. – respondeu, também, deixando bem clara a sua indignação com o momento. — Eu quero um risoto carbonara. Passo para buscar em vinte minutos.

— Você de novo, senhorita Carter. – pôde ouvir a mulher bufando ao reconhecer sua voz. Todos os dias Peggy liga para esse mesmo restaurante para pedir o almoço do agente Thompson. Aparentemente, ele tem uma obsessão por comida italiana.

— Tenha um ótimo dia. – com a paciência perto do zero para ficar discutindo com outra mulher infeliz, apenas encerrou a ligação e voltou a encarar o movimento.

Nesse exato momento, Jack passou na sua frente, trazendo nas mãos uma pasta de arquivos. Em seguida, mais alguns homens foram correndo em direção a sala de reuniões. Já com as antenas ligadas, Peggy ficou observando cada um deles para ver se deixavam escapar alguma informação sobre o que estava acontecendo, mas como isso não aconteceu, ela decidiu por si mesma agir. Agarrou a caneta e um pedaço de papel, preparada para interceptar o Delegado Dooley.

— Já fiz todos os pedidos de almoço, anotei os recados e estou livre. Qual a missão? — parou a frente dele, deixando bem claro em suas expressões faciais, e corporais, que não irá desistir tão fácil de ser incluída nas missões.

— Nenhuma. – o Delegado responde rapidamente. — Não temos nada para você lá dentro. – seu olhar mirou-se diretamente para onde

— Posso saber como você sabe disso? – indaga com um tom curioso e com uma pitada de deboche. — Eu saberei se é para mim, no momento em que saber do que estão tratando. – dito isso, ela ignorou quaisquer outras palavras que saíram da boca dele e caminhou em direção a sala de reuniões.

Investigações do TempoWhere stories live. Discover now