Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
Madre Teresa de Calcutá
•Laís Silva
A noite de domingo passou sem nenhuma diversão. Assim que Gabriel foi embora, parti para meu descanso merecido. A segunda-feira veio como uma bomba de trabalho.
A pilha de papeis me assombraram por pelo menos a maior parte da manhã. E assim que o almoço chegou, corri como uma esfomeada para o refeitório.
— Olha só se é nossa melhor funcionária. — Fernanda não disfarça o tom azedo. — Não a vi muito durante esses últimos dias, está se escondendo ou coisa assim?
— Nada disso, apenas me concentro em meu trabalho. — Forço um sorriso. — E você? Está se saindo bem?
— Como nunca estive. — Resmunga. — Soube que vai se mudar do apartamento. — Um sorriso se forma eu seu rosto maquiado. — Se não tinha dinheiro para pagar o aluguel poderia ter me pedido, você sabe que não nego favores aos menos favorecidos.
— Não precisa se incomodar com isso, Fernanda. Estou me mudando para um lugar melhor. — Atiço. — Agora se me dá licença, tenho que comer.
Sem demora, corro para a mesa mais distante possível. A melhor coisa deste emprego era sem dúvidas o horário de almoço, a comida aqui era a perfeição em forma de alimento.
Apesar disto, ainda tinha duas horas de descanso. O que sem dúvidas, ajudava muito quando precisava resolver coisas urgentes. Mas a correria diária em que minha rotina se impregnava poderia ser descrita como maçante.
A meses em que meus dias não passam disto. Porém, tudo é recompensado quando vejo meu esforço e dedicação. Posso ser louca por abusar de minha resistência desta maneira, mas sempre fui ensinada a ousar e correr atrás dos meus sonhos.
Só de me imaginar onde sempre quis estar faz borboletas voarem em meu estomago, a ideia era reconfortante. Mesmo diante do caos que eu me encontrava nesta manhã, a imagem de dias melhores perambulava meus pensamentos.
O restante de tarde passou com um sopro e ansiedade de encontrar Gabriel perfurou meus instintos. Já se passava das seis quando ele chegou em minha porta, usando seu uniforme preto e com um sorriso amigável em seu rosto cansado.
— Oi, Flor. — Sua voz soou mansa. — Pronta para ir?
— Sim, mas se quiser podemos esperar um pouco. — Sorrio. — Não quer dar uma descansada?
— Não se preocupe, estou bem. — Ele me olha fazendo um bico. — Mas se quiser me agradar pode ir comigo comer uns salgados. Estou com vontade.
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Uma Chance Para O Amor
RomanceNem em mil anos Laís pudera sequer cogitar a ideia de ser feita de refém. Quem em sã consciência assalta uma livraria? Contudo, há loucos pra tudo neste mundo. E quando essa catástrofe acontece, ela se vê sem saída. Mas quando um Deus pecaminoso...