Capítulo 6 (Parte 1)

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Quem quiser vencer na vida deve fazer como os seus sábios: mesmo com a alma partida, ter um sorriso nos lábios

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Quem quiser vencer na vida deve fazer como os seus sábios: mesmo com a alma partida, ter um sorriso nos lábios.

Dinamor

Laís Silva

Julia me olhava com o mesmo olhar pidão de sábado passado. Uma semana inteira se passou desde que aquele fático dia aconteceu.

E, como uma reprise, minha melhor amiga me implorava para voltar a boate. Eu por outro lado, estava sem a mínima vontade de sair de casa. Acho que a ideia de dormir tarde para beber e ver gente bêbada não estava na lista de coisas que eu me sentia feliz fazendo.

Porém, Julia queria companhia para sua aventura em busca de diversão. E para isso, ela fez uma lista completinha de razões pela qual eu deveria mudar de opinião.

Posso afirmar a vocês que a única coisa que ela conseguiu com isso foi minha bela e maravilhosa risada. Digamos que sua lista era formada apenas por homens gostosos, Gabriel, bebidas e dança.

Claro, Gabriel era sua chave de ouro. Segundo ela, ele era sua carta na manga. Mas como eu disse, nada me fizera mudar de ideia. Eu só queria me afundar em meus problemas enquanto chorava assistindo Anne With an E.

— Não vou hoje, Ju. Desculpa. Eu estou com a cabeça explodindo, tenho que fazer meu orçamento, o proprietário está na minha cola. — Respondo quando ela me lança um sorriso triste.

— Eu já disse que se precisar da minha ajuda eu tô aqui, não é? — Ela me olha. — Se quiser ir morar comigo. Esse AP está caindo aos pedaços La, e você sabe que esse proprietário é um filho da mãe.

— Eu sei que não é lindo, mas é o único lugar que eu posso chamar de lar. — Suspiro. — Vou sair em busca de um mais barato e novo qualquer dia, mas hoje tenho que focar em como vou pagar o aluguel.

— Seu chefe atrasou o salário de novo?

— Sim, mas vai pagar semana que vem. Eu fiz hora extra ontem, e trabalhei pra caramba no legendagem do filme. — Me jogo no sofá. — Eu teria tudo sob controle, mas meu carro quebrou e tive que gastar uma grana suada para arrumar.

— Que bosta!

Faço uma careta e olho para os papeis postos sobre a mesa de centro. As contas pareciam gritar para mim. Água, força, aluguel e dívida do carro.

Meu salário ia todo para metade dessas coisas. Às vezes eu queria jogar tudo para o alto e voltar para casa, onde meus me esperariam com um bom "eu avisei", mas eu não queria ser fraca. Eu ia conseguir!

Horas se passaram até que eu tivesse acabado de rever todos os últimos centavos que me restariam. Vinte reais pareciam uma fortuna diante do que eu tinha, porém eu não estava em condições de reclamar.

Uma Chance Para O AmorWhere stories live. Discover now