-Que tipo de acordo? -franzo a testa.

-Ajudo vocês com homens, arma e informação. Mas em troca, quero o território americano pra mim. Com total acesso aos negócios dessa área.

    Agora foi a minha vez de rir.

-Está mesmo dizendo isso? É como trocar seis por meia duzia! Tirar o primo e colocar o irmão!

-Não somos tão severos quanto os americanos. A máfia Italiana tem códigos e....

-Que nobre! -ironizo. -Por favor Mancini, chega de me fazer perder tempo.

-Pensei que estivesse aqui para um acordo!

-Você sabe muito bem qual é o acordo. -digo. -E veio da Italia até aqui, porque já aceitou ele. Ajude-nos à eliminar um inimigo em comum, e continue mantendo os seus negócios. Essa é a oferta!

-Como disse, eles não são realmente uma ameaça em potencial. -Cruzou os braços. -Pense bem, Morgan...se não formos nós, será outras pessoas! Ouvi falar que os russos estão interessados nesse território.

-E por isso devo entragar ele nas suas mãos?

-No momento, é a sua melhor opção.

  Mordi o canto dos lábios, escondendo minha frustação por saber o quanto ele estava certo sobre tudo isso. Mesmo assim, trocar um pelo outro não era uma boa idéia! Com certeza, Antônio era muito melhor do que os idiotas que estamos perceguindo agora, mas isso não significa que ele seja um anjo! De qualquer modo, a ameaça maior nesse momento é os mafiosos americanos, justamente porque eles estão aliados com o presidente dessa nação.

-Ok...-me rendo. -Mas saiba que depois que tudo isso acabar...

-Você vêm atrás de mim...-interrompeu, completando minha linha de raciocínio. -Somos temporariamente aliados.

-Sim, e quando acabar: Inimigos.

-Gostaria que você conhecesse um pouco do meu país...-murmura Antônio. -Não somos como os americanos, a máfia Italiana presa pela palavra! E não matamos pessoas inocentes!

-Aham, só as culpas...-cruzo os braços. -Isso deveria me tranquilizar?
  
     Sinto o celular vibrar no bolso da minha calça, e interrompendo a resposta do mafioso a minha frente, peguei o aparelho para desligar a chamada, porque independente de quem fosse, teria de esperar até essa reunião terminar, já que esse não era o melhor momento para interrupções.
     Em questão de dois segundos, o telefone do Aidan começou a tocar, e por não estar no modo "vibrar"  emitiu um som agudo que ressoou nas paredes da sala. Ele retirou o celular do bolso da jaqueta e franziu a testa ao atender. Só pode estar de brincadeira! Ele vai atender isso agora?! Bufo.
     Poucos segundos depois de aceitar a chamada, Aidan estendeu o celular na minha direção com o rosto desfiguado pelo choque, efeito de alguma notícia que obviamente recebera pelo telefone. Franzi a testa, confusa pela reação dele e pegueu das suas mãos o objeto:

-Alô?

-Mãe?!

-Natalia?! -franzo a testa.

-Mãe você precisa ve...solta a minha irmã!-grunhiu.

     Meu coração acelerou.

-Solte a arma, e sua irmãzinha vai ficar bem... -Uma outra voz foi ouvida.

-Natalia! -chamo, preocupada.

-Isso mesmo garota...vamos levar vocês para o chefe...e você! idiota! pega o celular da mão dela!

     A chamada foi desligada.

-Merda!-murmuro, tensa.

-O que aconteceu? -indaga Mancini.

Agente Morgan 5Where stories live. Discover now