Adentro a cozinha da base descalça e sem me importar de ainda estar de pijama, já que é cedo demais pra alguém aparecer por aqui. O cheiro de café invadiu minhas narinas assim que atravessei o batente da porta, e meus olhos rapidamente captaram Alfie de costas pra mim.
Apoiei o peso do corpo na bancada que separava a cozinha das mesas, e encarei seu tronco sem camisa. Como ele consegue? São musculos demais pra um corpo só.-Bom dia. -murmura Alfie, sem se virar.
-Como sabia que estava aqui? -estranho.
-Aprendi com a melhor. -ele virou, despejando café na xícara em cima do balcão. -Não funciona sempre...mas as vezes consigo sentir a sua presença...
Semicerro os olhos, analisando suas expressões.
-Você está mentindo. -falo, vendo ele rir levemente.
-É o seu perfume. -explica, sincero.
Reviro os olhos.
-Conta outra, Kansas.
-É verdade! Foi presente meu, lembra?
-Então tenho um farejador ambulante? -ri, pegando a xícara que ele ofereceu.
-Já acordou chamando o seu marido de cachorro?
-É você quem está dizendo...-sorrio de lado. -Por que está acordado à essa hora?
-Você também está. -revida.
-Estava procurando você. Senti a sua falta na cama.
-Vim fazer o café. -mente descaradamente.
-Por que desconfio que você nem dormiu? -semicerro os olhos
-Passei a noite em claro. -admite, num suspiro.
-E posso saber o porquê?
-Estava procurando uma solução para o seu problema...-explica, levando a xícara de café aos lábios. -Mas ainda não encontrei nenhuma saída que leve à sua cura.
-Não deveria rachar a cabeça por conta disso.
-É involuntário. Acho que não vou conseguir descançar até achar.
-Pode ser que isso nunca aconteça.
-Por que está sendo tão pessimista?
-Não é pessimismo. Só prefiro não aumentar as minhas expectativas. Já imaginou se coloco todas as minhas esperanças nisso e no final não da certo?
-É...seria mais um baque... prefere que não comente mais isso com você?
-Eu agradeceria.
-Só tem uma coisinha que preciso antes não precisar falar mais no assunto...-sonda.
-Que seria?
-Algumas amostras do seu sangue...
-Kansas...
-Já sei! -intervém. -Você odeia brincar com essas coisas, mas dessa vez é necessário, ta? Prometo tomar cuidado e não deixar nenhum maluco com ela!
Bufo.
-Quando tiramos?
-Pode ser depois do almoço, todo mundo vai estar ocupado demais conversando, e nós podemos sair pra fazer isso.
-Você sabe tirar sangue? -estranho.
-Quem você acha que vacinava as vacas?
-Espero que não esteja me comparando com uma vaca.
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Agente Morgan 5
RandomDepois de todas as lutas dos livros anteriores, as confusões ainda não acabaram. Natasha ainda vai precisar lidar com os problemas de ter uma familia, filhos na adolescência pode tirar qualquer um do sério. Sem contar com a tendência maravilhosa de...