- Você quer ajuda pra vestir o vestido? – ela perguntou se levantando e caminhando até a minha direção.

- Sim! – suspirei – Estou tão nervosa que acho que não consigo vesti-lo sozinha. – sorri.

Ela sorriu de volta e retirou o vestido do cabide. Me ajudou a colocá-lo e me direcionou para o espelho. Quando me olhei no espelho não consegui segurar o riso. Era uma felicidade indescritível a que eu estava sentindo. Percebi que a Lívia também sorria. Me virei e a abracei.

- Eu também quero um abraço. Posso me juntar a vocês? – perguntou minha mãe caminhando em nossa direção.

Ramon

Eu não conseguia fechar o botão da minha camisa. Minhas mãos tremiam. Eu tinha ido me arrumar na casa dos meus pais e estava no meu antigo quarto. Percebi quando meu pai fez um muxoxo e chegou perto de mim.

- Isso tudo é nervosismo? – ele perguntou enquanto empurrava minhas mãos e abotoava o botão que eu estava tentando abotoar.

- Vai me dizer que não ficou nervoso no seu casamento? – retruquei.

- Claro que eu fiquei. – ele respondeu ao mesmo tempo em que alisava minha camiseta e pegava o blazer e me entregava para que eu o colocasse.

Embora fosse uma cerimônia de casamento, Vitória e eu havíamos combinado de que não deveríamos usar nada extravagante. Tudo seria muito simples. Por isso optei por um blazer ao invés de terno e gravata. Eu me sentia confortável e ao mesmo tempo devidamente vestido.

Reparei que meu pai me olhava e quando o encarei vi algumas lágrimas querendo brotar em seus olhos, mas que logo foram afastadas.

- Vamos! Sua mãe quer te ver. – ele disse para então sair do quarto e descer para a sala.

Quando minha mãe me viu ela sorriu e bateu palmas. Veio a meu encontro e me deu um abraço, que até aquele momento, eu não sabia que precisava tanto. Ela se afastou e segurando em meus ombros disse:

- Você está tão lindo, meu filho. Eu estou muito feliz! – ela suspirou enquanto limpava as lágrimas que saíam de seus olhos.

- Mãe, a senhora já está chorando? – perguntei sorrindo – Não quero ver como a senhora vai ficar quando o casamento acontecer.

Ela deu um tapinha no meu ombro e sorriu. Meu pai se aproximou e disse que estava na hora de irmos.

Ao chegarmos ao salão o meu nervosismo triplicou. Tudo parecia apenas um sonho, em que eu acordaria a qualquer momento. Mas esse momento não chegava nunca.

A decoração estava perfeita. O posicionamento das lâmpadas criava um ambiente mais iluminado na plataforma, onde seria realizada a cerimônia, e um outro um pouco menos iluminado, no lugar em que seria feita a pequena festa, próximo ao lago.

Percebi que o senhor que realizaria a cerimônia já havia chegado. O cumprimentei, assim como os meus pais. Os deixei conversando e fui explorar mais o espaço, pra poder ver de perto cada detalhe.

Enquanto caminhava escutei novas vozes femininas onde meus pais estavam. Vitória, sua mãe e sua irmã haviam chegado. Meu coração disparou e eu comecei a rir sozinho, por conta do meu nervosismo. Quando me virei só estavam a Joana e Lívia. A minha futura sogra conversava com minha mãe e as duas saíram juntas para onde, imaginei eu, estava a minha futura esposa.

A Lívia se virou para onde eu estava e meneou a cabeça em um cumprimento e deu um leve sorriso. O retribui, embora não entendesse a repentina mudança em seu comportamento. Mas eu agradecia por tal feito. 

O Marcos, nome do senhor que iria realizar a cerimônia, como meu pai havia me informado, já estava tomando sua posição e eu precisava fazer o mesmo. Assim que o fiz minhas mãos começaram a tremer violentamente. As coloquei no bolso da calça pra disfarçar, mas não conseguia me manter parado.

Minha mãe voltou e parou do lado do meu pai. A Lívia também estava com eles. A Joana entraria com a Vitória. Meu coração batia tão rápido e tão forte que eu acreditava ser possível ouvi-lo de longe. Olhei para o chão tentando não manter contato visual com meus pais, que sorriam perante o meu nervosismo.

Foi então que eu senti a presença da Vitória. Quando levantei a cabeça e olhei pra frente vi a cena mais linda da minha vida. Ela estava completamente exuberante. Eu sorria sem perceber que o estava fazendo. Eu não conseguia manter o foco em mais nada, a não ser a linda mulher que caminhava em minha direção.

Quando ela parou na minha frente e eu peguei em suas mãos a única coisa que pude dizer foi:

- Você está linda!

Ela sorriu timidamente diante do meu elogio e abaixou a cabeça. Quando ela levantou a cabeça e me encarou, foi como se o mundo ao meu redor tivesse parado. Fui trazido de volta à realidade quando o Marcos começou a cerimônia.

Fizemos nossos votos, afirmando que estaríamos um com o outro nas melhores e piores situações da vida. Sendo a morte a única capaz de separar a nossa união.

- Agora você pode beijar a noiva – disse o Marcos.

Ela sorriu quando me aproximei. Segurei seu rosto com as minhas mãos e depositei um beijo em sua testa, e depois levantando seu rosto beijei levemente seus lábios. Enquanto a abraçava meus pais, Joana e Lívia batiam palmas. Éramos agora uma só família. 



Modelo do vestido que ela estava usando e modelo da roupa que ele estava vestindo:

Modelo do vestido que ela estava usando e modelo da roupa que ele estava vestindo:

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