Capítulo 6

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Oi gente, tudo bem?

Então, eu estava pensando em colocar alguns avatares para os personagens da minha história. Os da capa são apenas uma ilustração, mas eu queria deixar bem livre pra quem lesse a história imaginá-los da forma como quisesse, e por isso não existe nenhuma descrição física dos mesmos. 

Fiz uma enquete no meu Instagram e a maioria das pessoas não gosta de histórias com avatar, então vou deixar pra mostrar os personagens, do meu ponto de vista, no final da história.

Boa leitura!!

Ramon

Meus pais se entreolharam e riram. Existia ali uma cumplicidade, eles se comunicavam pelo olhar, não precisavam dizer uma só palavra. Eles simplesmente se entediam. Meu pai finalmente olhou para nós dois e disse:

- Já era hora, viu? – Ele se levantou e veio me abraçar. Meio sem jeito retribui o abraço, pois não entendi a sua reação. Como assim já era hora?! Recuei olhando em seus olhos, buscando uma resposta e após abraçar a Vitória ele continuou – Só vocês dois não percebiam que foram feitos um para o outro.

Minha mãe concordou e veio nos abraçar, nos parabenizando e querendo saber todos os detalhes de como tudo tinha acontecido. Após contar todos os detalhes, senti que a Vitória estava sem graça do meu lado. Segurei em sua mão tentando passar um pouco de segurança e a senti relaxar um pouco.

- Eu não esperava que fosse acontecer desse jeito, mas a vida às vezes nos surpreende. – minha mãe se levantou e se abaixou de frente para a Vitória – Você não precisa ficar sem graça – disse enquanto soltava minha mão da dela e segurava as duas entre suas mãos – eu não vou te julgar. Meu filho que foi um sacana. – ela disse rindo – E te peço desculpas por isso.

Todos riram enquanto eu me fingia de ofendido. Eu sabia que tinha me aproveitado da situação, mas foi de uma maneira boa, pelo menos ao meu ver.

- Mãe, eu não esperava isso da senhora. Estou completamente magoado. – atuei colocando a mão na altura do coração, arrancando ainda mais gargalhadas.

Vitória que até agora permanecia em silêncio finalmente deu o ar da graça e falou:

- Eu estou muito feliz por vocês terem aceitado a situação toda. Eu tinha medo que vocês pensassem que eu estava me aproveitando do seu filho e do que ele pode me dar materialmente. Quero deixar claro que o único dinheiro que vou ter dele é o do combinado.

Eu ainda não estava muito certo disso. Eu sabia que ela não queria nada além do dinheiro para sua mãe, e eu sentia a necessidade de conversar a respeito. Aproveitando que ela tocou no assunto e sabendo que meus pais me apoiaram resolvi que aquele momento seria propício para discutirmos isso.

- A Vitória quer fazer um contrato onde ela não tenha direito a nada do que eu tenho. Tudo será destinado à criança, caso algo aconteça comigo. Eu, particularmente, não quero aceitar isso, mas ela disse que não casa comigo se não for assim.

Meus pais se entreolharam e por um momento achei que eles iam concordar com a Vitória. Senti um balde de água fria sendo jogado em mim. Meu pai resolveu se pronunciar.

- Eu posso saber o motivo de você não querer casar com comunhão de bens? Mesmo a parcial? – perguntou para a Vitória.

- Eu não quero que as pessoas pensem que eu estou com seu filho pelo dinheiro – ela respondeu sem graça.

- Se não é pelo dinheiro, então por que você aceitou casar com ele? – meu pai perguntou com um meio sorriso.

Eu não tinha noção que queria saber a resposta para aquela pergunta até ela ser feita pelo meu pai. Senti um nervoso no pé do estômago e uma ansiedade extrema. Eu precisava saber por que ela tinha aceitado se casar comigo. Será que ela também estava apaixonada por mim? Eu ainda não havia tido coragem de contar meus sentimentos, de dizer o quanto ela é importante pra mim. Eu tinha medo.

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