Dominic Falcão é o motivo.

— Bom dia, Felipe. E sim, dormi muito bem. Obrigada! – ele assina algumas coisas e some.

A fera agora enlouqueceu. Seus punhos estão fechados e vejo nitidamente suas veias pulsarem. Uau!

— Quem é esse daí? – ogro.

— Não te devo satisfação, lembra?

— Vou quebraram todos os ossos daquele babaca.

— Deixa de maluquice homem. Aquele ali é o Felipe, novo garçom do restaurante. Agora se me der licença Preciso de concentração.

— Transou com ele?

— Não é da sua conta com quem eu faço, ou deixo de fazer sexo.

— Você está me tirando do eixo Mulher.

— Ótimo. Agora saia daqui, você está me atrapalhando.

— Só mais uma coisa.

— Não criatura, ele não fodeu a minha boceta. – ôps! Acho que essa frase saiu um pouco mais alto.

Algumas pessoas me olham e rir. Droga.

— Não era isso que eu ia perguntar, mas obrigado pela informação.

— Fala de uma vez. – agora sou eu quem estou impaciente.

— Onde está a minha filha?

— Na escola e depois vai dormir na casa de uma amiguinha. Mais alguma coisa senhor das cavernas?

— Você deixou ela dormir fora de casa sem me consultar? – como é? Hã?

Senhor, daí-me paciência porque se me deres força eu vou torcer o pescoço dele.

— Não vem com essa não. Ainda estou me adaptando a essa nova vida que a minha filha está migrando.

— Nossa filha Mariana, foi o meu pau que gozou na sua boceta naquele dia lá na praia enquanto você estava de quatro, louca e gemendo. Lembra?

Deus! Que homem sem filtro.

— Sai daqui Dominic.

— Claro, querida. Ah, irei te pegar a noite. Vamos sair.

Ele diz, e sai pra sentar em uma mesa no centro do salão.

Pisco algumas vezes e vou atrás dele.

— Quem disse que eu quero sair com você? – disparo assim que chego, batendo o cardápio na mesa.

— Ninguém. – agora é ele que vai me tirar do eixo. Certeza.

— Eu não vou pra lugar nenhum com você Dominic. – cruzo os braços e bato o pé.

— Bem que eu avisei pro Caio, mas ele não acreditou. – ele tá resmungando pra mim?

— Quem? – pergunto.

— Um amigo. Precisamos conversar Mariana. Uma conversa séria, temos uma filha e isso nada pode mudar.

— Eu sei, mas não precisa se hoje e nem agora. – digo é saio de perto dele.

Aff, que homem cheiroso.

— De qualquer forma irei na sua casa mais tarde. – ainda escuro quando ele diz.

— O que está fazendo fora do seu lugar? – já não basta Dominic e o capeta ainda me manda a sua secretaria siliconada.

— Nada, Débora. Estou voltando agora mesmo.

— Dom, querido. Que prazer vê-lo aqui.

Cobra peçonhenta, faz questão de falar alto pra chamar a atenção de todos.

Eles se cumprimentam com dois beijinhos no rosto e sentam. Claro que boas intenções aquela demônia não têm.

Entre risos e passadas de mão no cabelo vejo nitidamente a Débora se jogar pra cima dele sem reservas. Cretina! Minhas bochechas queimam e nem sei porque dessa reação agora.

Se afastaram da mesa por motivos que desconheço no momento. Droga! Detesto agir por impulso, sempre faço merda.

— Que tal um jantar hoje à noite, na minha casa? – ela pergunta mas eu a interrompi antes da resposta dele.

— Desculpe querida, mas hoje Dominic Falcão irá jantar comigo. – deixo o cardápio de sobremesas nas suas mãos e saio sorridente e rebolando vitoriosa.

Meu deus, o que eu fiz?

Minhas mãos tremem, e sinto que eu necessito de água. Acho que eu vou ter um troço nesse salão.

                  DOMINIC FALCÃO

Estava puto com Mariana desde quando tentava ligar pra ela e a mesma não atendia nenhuma das minhas ligações.

Mas agora, depois desse verdadeiro show de atrevimento que ela me proporcionou parece que a raiva sumiu. Mariana demonstrou ciúmes, e esse sentimento só existe quando se tem algo verdadeiro envolvido. Talvez seja uma prova de que entre nós ainda há uma chance, uma esperança reacendendo.

O tempo mudou a todos nós, isso pode ser bom.

Me levanto do lugar onde estou e vou até ela deixando a Débora falar sozinha.

— Então, nós vamos jantar hoje? – pergunto.

— Não comece com sua ironia Dominic, só disse aquilo porque não suportei ver aquela cobra me provocando.

— Eu sabia. Você está com ciúmes. Você ainda sente algo por mim, eu sei e confesso que também sinto o mesmo por ti.

— Do que você está falando? Não tem ninguém sentindo nada aqui. Que conversa maluca é essa. – a sua reação só mostra o contrário.

— Sejamos sinceros meu amor, você ainda me ama. Não precisa ter medo, é totalmente recíproco.

Ela me olha nos olhos. Bem no fundo. E posso ver aquela menina apaixonada de antes.

— Às sete horas, estarei esperando. Não se atrase.

Olho para o teto sorrindo comigo mesmo. Essa mulher abala qualquer estrutura minha, e como eu gosto disso nela.

 Essa mulher abala qualquer estrutura minha, e como eu gosto disso nela

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.

UM AMOR PARA ETERNIDADEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora