01: Ajuda de Estranhos

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ZARA:

Dizem que cada coisa acontece por um único motivo. Dizem que coisas ruins acontecem para coisas boas acontecerem, assim como também dizem que tem que existir o mau para também existir o bem, ou que o diferente se atrai. Meio clichê, mas qual seria a possibilidade disso ser verdade, ou qual seria a possibilidade do universo ter estragado o meu lindo carro só para eu acabar batendo na porta de um estranho e pedindo ajuda e acabar encontrando alguém que me faça perder o ar? Obviamente essa é a melhor maneira de perder o ar.

Eu jamais poderia imaginar que eu ficaria encurralada entre pedir ajuda ou perder totalmente o juízo e pular no dono dos olhos mais lindo que já vi.

Talvez eu preferisse mais pular no Deus grego a minha frente.

— Posso ajudar? — sua voz era grave e extremamente sensual. Tive que reprimir um gemido que queria escapar de mim ou me conter para não revirar os olhos de pura excitação.

Era até um crime soltar a minha voz depois de ter ouvido aquela melodia saindo de seus lábios avermelhados. Apenas duas palavras pareciam uma deliciosa cantoria para os meus ouvidos.

Por Deus, mas o que está acontecendo comigo?

— Desculpe incomodar, mas deu pau no windows do meu carro e eu não estava nenhum pouco afim de andar tantos quilômetros até a cidade atrás de algum mecânico e por puro azar... ou sorte. — sussurro a última palavra. — Meu celular está sem bateria para fazer qualquer ligação. — digo e então só aí dou conta do modo que falei com o estranho extremamente gato a minha frente.

Ele me olhar com as sobrancelha erguidas e cai em uma gargalhada alta.

Ótimo, falhei miseravelmente em tentar não ser uma jovem de dezoito anos com problemas mentais. Não que eu tenha.

Porém não pude não ficar brava por aquele cara estar rindo de mim. E pior, por não ter nem sequer ter se preocupado por eu estar debaixo da chuva totalmente ensopada e tremendo de frio.

— Desculpe rir, é que foi tão natural o seu jeito de falar que eu não me contive. — ele diz após controlar sua crise de risos. — Perdoe-me e por favor entre. — ele diz dando espaço para que eu entre.

Pelo menos ele percebeu o meu estado.

Minha boca não deixou de se formar um – o – ao reparar na beleza da casa. Eu nunca tinha visto uma casa tão bela na minha vida. A sala era incrivelmente magnífica, provavelmente ele estava assistindo futebol antes de me atender, junto na sala tinha mais três pessoas.

Uma mulher incrivelmente bela com o rosto em formato de coração e cabelos cor castanhos ondulados. A mesma estava sentada no colo de um loiro que aparentava não ter mais de 30 anos de idade, assim tal como a mulher. Um outro rapaz, também jovem com cabelos loiros — e expressão de dor — estava sentado em frente à enorme televisão. Todos olhando na minha direção.

Emmett CullenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora