Capítulo 8: Os hormônios de uma mulher grávida

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Aproveitei que estava tão próxima ao mar, que senti vontade de caminhar na área, e assim fiz. Estacionei meu carro em um vaga qualquer e rumei até um quiosque, onde fiz questão de tomar uma água de coco enquanto deixava meus pensamentos fluir melhor. Durante todo o tempo que passei no quiosque, meus pensamentos de resumiram em todos os caminhos que minha vida havia tomado. Desde a adolescência até os meus dias atuais. Havia a preocupação com o bebê a caminho, que interligou a tal Lauren, Normani, Jhon e meu trabalho, minha irmã e meus pais, principalmente meu pai.

Consegui imaginar milhões de cenários entre mim, ele e a descoberta da minha imprudente gravidez.

Tinha a questão do concebimento da criança. Ele iria questionar exatamente tudo. Como eu iria ter a decência de dizer que o fiz em uma noite a pós uma regada hora de bebedeira em uma balada com uma desconhecida? Como eu iria explicar que eu estava grávida de uma outra mulher?

Tinha também a questão da abordagem com a Lauren. Ela poderia me achar uma interesseira. Mesmo que eu, absolutamente, não saiba quem ela é ou oque tem de valor para que estivesse interessada em seu "patrimônio". E mais, havia a possibilidade dela receber a notícia de uma forma hostil e me denominar com nomes de baixo escalam na frente de quem quer que fosse nos recipinoar em algum estabelecimento. Não me sentia confortável as possíveis coisas que poderia sair da boca dela.

A verdade era, que nem entendia o real motivo para qual eu desejava tanto que ela soubesse sobre o nosso filho. Poderia seguir a vida muito bem sem qualquer presença da parte dela. Mas a necessidade da transparência e da qualidade de vida, não financeira mas emociona, do meu bebê mexia de alguma forma comigo. E isso me fazia ter muitos questionamentos e necessidades.

Desejava internamente que ela acreditasse em mim e que fizesse a diferença. Desejava que ela estivesse lá para qualquer coisa que ele necessitasse e eu não fosse habita para ajudá-lo. Precisava que ela fosse verdadeiramente presente principalmente. Queria que meu filho tive quatros assas para abraçá-lo e conforta-ló, se necessário. Queria que ele acreditasse que poderia contar com as pessoas que o colocaram no mundo. Precisava que ela fosse quem precisava ser, caso algo acontecesse comigo. Estava preocupada quem ela poderia ser com ele.

E, não era só isso que me preocupava em relação a tal Lauren.

Havia os medos.

O medo que ela fosse alguém ruim, que estive em uma posição de vida perigosa, que fosse perigosa. Tinha a possibilidade dela está namorando, noivando ou fosse casada com alguém e eu fosse sua aventura de uma noite que acabou voltando para atrapalhar sua vida. O medo que ela me pedisse para tirar o bebê. E muitas outras coisas foram o que me foram desistir de pensar muito e começar a caminhar pela areia até o momento que decidir ir embora para casa.

- Me passe a toalha, por favor?

- Há! Resolveu falar? - Devolveu Normani de maneira sarcástica.

- Mani, eu estou morrendo de dor de cabeça. Por favor não enche o saco - Usei da grosseria para respondê-la.

Ela negou com a cabeça.

- É isso oque eu ganho por tentar ser uma boa amiga. - Disse ela antes de puxar o ar e me deixar sozinha.

Fechei os olhos me dando conta da idiota que estava sendo com ela.

Entrelarcei a toalha em meu corpo e segui para fora. Me dando conta que Normani lá não estava, me vesti rapidamente com o intuito de olhar meu apartamento para ver se nele ela estava. E enquanto me vestia sentia uma onde de angústia me dominar e uma vontade súbita de chorar.

Ela tinha ido embora e a culpa era minha - era tudo oque pensava.

Olhei alguns pontos dos apartamentos e quando avistei ela sentada no sofá assistindo algo na TV, me senti aliviada mas não conseguir segurar a necessidade de chorar.

- Mani, me perdoa?! Acabei de ser uma idiota. Eu só... o dia foi longo, e as coisas aconteceram e eu não sei como lidar com elas. - suspirei alto - Desculpa

Ela virou o rosto pra mim, e quando me me encontrou as sobrancelhas frazinaram.

- Posso saber porquê você está chorando?

- Não estou chorando. - Discordei tão rápido quanto deixei mais uma lágrimas cair. O que me fez senti-me uma tola.

Ela balançou a cabeça e me chamou para sentar próximo a ela.

- Desculpa! Estou pegando muito no seu pé - Disse Mani, e cuidou de limpar minhas lágrimas - Só estou tão preocupado com você e a sua nova situação de vida que toda hora me sinto na obrigação de cuidar de você.

- Eu sei.

Ela me analisou com os olhos.

- Você demorou pra chegar, e quando chegou... chegou tão abatida. Isso me deixou ansiosa pra entender o motivo do seu sumiço. Você nunca é de sumir. Sempre avisa.

- Eu não percebi que meu celular estava desligado. Fui em lugar para por a cabeça um pouco pra pensar, mas não resolveu muita coisa.

A expressão que ela me deu foi de completa compreensão. Mas rapidamente mudou para algo que não pude identificar.

- Que tal uma pizza? Sorvete, pipoca e maratona de Friends?

- Tudo bem! - Falei gostando da ideia. - Com tanto que você não me deixe sozinha, eu topo qualquer coisa.


- Hey! Mani e Mila para o que der e vier. - Disse ela me me lembrando o do nosso combinado.

Sorrir nostálgica.


- Mila e Mani para o que der e vier - Reafirmei - Tem tantas coisas que você precisa saber...

- Eu sei! Mas tudo bem. Tudo no seu tempo! Uma coisa de cada vez. Tudo bem? Por agora vamos relaxar?! Você tem cara de quem precisa.

Não estava bem, e gostava de saber que ela compreendia.

Normani como ninguém sabia do meu passado. Sabia o quão problemática era a minha relação com meu pai. Entendia meus medos em relação a ele e a exposição que poderia me acontecer. Como ninguém sabia da falta de afeto que sempre faltou da parte dele. Sempre percebeu o modo a qual ele proprunhavasse a me educar, sem palavras de consolo ou passar a mão na minha cabeça quando algo não saia como o combinado.

E foi lembrado do meu passado que entendi a necessidade de que Lauren fosse alguém realmente presente e amoroso. Ele teria a mim, mas além de tudo ele teria a ela.

E isso me fez chorar mais e mais, o que fez Normani me amparar mesmo sem entender a minha crise de choro repentina.

Eu queria que ela fosse o que meu pai não foi.

Queria me permitir amar e dar amor ao meu filho da maneira correta, não como o meu pai fazia mas da verdadeira forma de demonstrar amor. E queria que ela fizesse o mesmo.

Desejava que meu filho fosse muito mais feliz do que eu fui.

Sabia que poderia dar a ele tudo e um pouco mais sozinha. Mas não queria que ele temesse correr para a outra pessoa que tivesse o colocou no mundo se eu não estivesse lá.


Uma Mãe Para O Meu Bebê (G!P)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora