Capítulo 1: Que seja

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Pov Camila Cabello

- Vamos, Mila! Deixa de ser chata. Levanta essa bunda dai! Vai ser legal. Você precisa transar. A quanto tempo não tira essa teia de aranha dai? Levanta logo pelo um amor de Deus.

Essa era minha amiga Normani Kordei. Negra linda, de uma beleza estonteante, corpo magnífico e claro... charmosa e cobiçada. Normani é o tipo de mulher que ama uma balada, uma aventura em cada noite. O tipo de mulher que odiava qualquer um que deseja algo mais futuristico. E isso ela levava a sério.

Hoje era sábado, pra melhor dizer: hoje seria o sagrado sábado, para Normani. E mesmo não convivendo no mesmo ritmo, eu mais do que ninguém, sabia com detalhes o tipo de prática que ela tinha nos dias de sábado à noite. Domingo de manhã sempre era uma nova narração após mais uma noitada de sábado.

Já nos encontravamos em um horário ameno da noite para ela. E apesar de compreendê-la, praquejava silenciosamente pois sabia que apesar de tudo, ela tinha razão em alguns pontos. Enquanto em outros...

Desnecessária.

Normani insistia em me levar em uma de suas noitadas desde sexta. E o convite não era nada novidade, pois vinha se repetindo desde duas semanas depois após meu rompimento com o Mathew babaca Russey.

Desprezível.

Mathew era o tipo de cara ideal para casar, ao menos era oque eu achava. Só achava mesmo. Apresentar com orgulho a qualquer familiar, amigo, cliente, qualquer pessoa, qualquer pessoa mesmo. Bonito, bem sucedido, inteligente e romântico. Ah, e principalmente, falso. É, falso. Porque por detrás de toda a capa, havia um ordinária muito filho da mamãe que sempre soube muito bem oque fazer ou dizer. Se ele tentasse a academia de atuação, o desgraçado conseguiria em um ano um bom papel, em um filme de destaque e logo em seguida ganharia um troféu de "ator revelação" no Oscar. Ele realmente é bom em ser mentiroso. Sei disso na prática. Não preciso de nenhum portfólio para desvendar isso.

Até agora, eu tenho bem vivido em minha memória, a imagem do desgraçado com a secretária (que sempre julguei ser alguém de baixo escalão.) tranzando em cima do equipamento de trabalho do setor jurídico do prédio em que trabalha. Bem, as cópias da bunda da meliante devem esta em algum lixão da cidade até agora. Elas eram a prova menos valorizadas quando eu já tinha visto a ação em si com os próprios olhos.

Ordinário.

E mesmo insististindo e até mesmo tentando demonstrar que Mathew Russey já era passado, mani ainda acreditava que estou esperando ele vim até mim se ajoelhando e pedindo desculpas pelo oque houve para que assim: eu o aceite de volta. O que seria muito burrice da minha parte.

Tolice.

- Mani, eu já disse que não vou.- Falei pela milésima vez naquele dia. Ela, provalmente, tinha o pensamento que me levando a uma festa sem que eu fizesse questão alguma de dizer não, eu estaria verdadeiramente desprendida da minha "atual situação de não superação de um relacionamento".

Provalmente, não tenho certeza.

- E eu já disse que hoje eu não saio daqui, até que você tope. Vai, mi amor! Não é nada demais. Vamos só beber e flertar com alguns gatinhos... quem sabe gatinhas...? Vai ser bom! Quem sabe você não esquece aquele idiota do Mathew?!

Suspirei e revirei os olhos.

- Eu já esqueci dele. Disso eu tenho certeza. O que eu não esqueço é a ceninha que o encontrei. Isso sim é difícil de esquecer.

Vi a afeição dela mudar de alguém determinado para alguém enjoado. Mas foi rápido, muito rápido.

- Se já esqueceu dele, que tal esquecer oque ele fez pelo menos por essa noite? Se você diz que ele é passado, e o que te incomoda é a lembrança, sabia que beber é ótimo pra esquecer até o nome?

Uma Mãe Para O Meu Bebê (G!P)Where stories live. Discover now