》 Metamorfose

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Corpo comprimido no recipiente. Quer romper. Quer crescer para além das linhas uniformes que o cercam. Meu corpo, meu nome. Não é inútil, não é falso, mas é crisálida. Não o odeio, não o amo. É dor que queima dos ossos à alma. É dilacerante lâmina que atravessa a carne. Romper. Crescer. Ser para além dos olhos de quem vê. Quem sou, quem devo ser, quem quero ser. Iniciam confronto aberto na arena de minha cabeça. Sangue sonolento escapa em lágrimas. 

Não sou homem. Não sou mulher. Sou pessoa. Sou crisálida.

Onde nascem as estrelasDove le storie prendono vita. Scoprilo ora