Exaustos, ergueram suas placas com símbolos lógicos e desafiaram seus patrões. Reclamaram das longas jornadas de trabalho e da humilhação diária. Não aguentavam mais serem riscados e rasurados em grafite no canto de papéis que seriam descartados logo em seguida.
Aqueles dedos gordurosos, golpeando-os para descontar a frustração, eram mais do que podiam aguentar. Comiam suas vírgulas e igualavam-nos aos seus vizinhos. Ignorados e mal-compreendidos, os números.
Mas nem todos se deram ao trabalho de buscar por seus direitos. Uma pequena parcela que chamavam de Irracionais resolveu protestar de uma maneira singular.
Abandonaram a lógica de vez e dedicaram-se à poesia.
ESTÁ A LER
Onde nascem as estrelas
Poetry✔ | O corpo celeste confronta a combustão interna pelo seu lugar no espaço vazio. Depois de tantas orbitais em neurônios, ele escorre dos olhos e vai-se como tinta sobre o papel. Dessa pequena matéria explosiva, um novo universo se expande. Minicon...