— Não crie tantas expectativas meu amigo. – aviso antes que se frustre.

— Não custa sonhar.

[...]

Depois que o descarado foi embora consegui trabalhar, mas a concentração estava vacilando comigo. Liguei para Mariana mas ela não atendeu, deve estar no restaurante ainda.

Recolhi meus pertences e jogo tudo dentro da minha bolsa. A concentração já era.

— Vou precisar sair agora, qualquer dúvida me ligue. – digo a minha secretária, a mesma que o Caio atormenta.

— Dr. Dominic, é... o seu amigo o Dr. Caio Tavares ele... – interrompi.

— Ele é um cretino ordinário, não ligue para o que sai daquela boca suja. – a nova sorri aliviada.

— Entendido.

— Tchau. – saio às pressas direto para o carro.

Já que ela não me atende, irei pessoalmente fazer o convite.

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                  • BÔNUS EXTRA •
            (Secretária de Dominic)
                   BRUNA SALLES

Estava perfeitamente concentrada numa papelada gigantesca sobre artigos, quando um certo homem parou em frente à minha mesa.

Ô senhor, porque ele?

O que foi que eu fiz pra merecer isso?

Respiro fundo repetidos vezes e tento não mostrar nenhuma reação com sua presença. Cara de paisagem.

— Bom dia, docinho. – que cantada ridícula.

— O Dr. Dominic Falcão não se encontra. – digo. Calma e plena, mas evito olhar para ele. Aii, droga.

Esse cara acha que não percebo as suas investidas em mim? Eu não sou de ferro, mas também não vou facilitar em nada pra este cara de pau que agirá me atiça mordendo os sábios sem pena. Caramba!

— Eu não vim pra falar com ele.

— Aqui no escritório tem outro advogado no momento, se quiser posso encaminhar o senhor até sua sala. – continuo sem transparecer reações.

— Relaxa, olho de gato ladrão, quero falar com você mesma. – juro que a minha vontade nesse momento é de arremessar esse computador na caneca dele.

— Do que você me chamou? – me levanto de supetão e o encaro.

Eita, nem percebi que a saia tinha sumido. Droga de roupa.

O cretino puxa uma cadeira, senta de pernas abertas e apoia os braços um no outro e ainda sorri de mim.

— Olho de gato ladrão, deixa lá lá. – ele repete lentamente, será que ele insinuou que eu sou lerda?

— Você se acha, né? – cruzo os braços dando mais volume para favorecer o decote.

— Calam aí gatinha, só quero te chamar pra sair hoje. – era só o que me falava.

— E quem disse que eu quero sair com um cara convencido como você? – retruco.

— Nossa, cadê a moça educada de minutos atrás?

Agora ele quer educação, idiota.

— Não tenho paciência para homens do tipo, você. – digo apontando e trocando firme no seu nariz lindo. Droga.

— Do tipo gostoso e irresistível? É eu sei.

O ego desse homem deve ser maior que ele. E o cara é bem alto.

— Do tipo convencido, que se acha o dono da porra toda, mas no final só resta o grande ego ferido e um coração quebrado. – sorrio.

— Não precisa ofender também né Bruninha.

— Bruninha? Ousado você né.

— Deixa de fazer cú doce e aceita logo a sair comigo. – insistente e desbocado.

— Não. – sento no meu lugar e cruzo as pernas.

— O que te custa, hein?!

— Nada. – olho para a tela do computador fingindo interesse por algo.

— Ótimo. Passo às sete horas na sua casa. Beijos gatinha. – ele pisca e se levanta.

Final vai embora, obrigada Deus.

Ôpa! Como assim " passar na minha casa"

— Como você sabe onde moro? – pergunto.

Agora fiquei curiosa pra saber mais do moço desbocado aí.

— Sabendo. Às sete esteja pronta. Não gosto de atrasos. – safado e ainda é exigente uma peste dessas.

— Ok. Eu aceito. – digo.

Cretino, filho da mãe.Caio não é de se jogar fora. Aliás, é de se jogar na minha cama. Porque não tirar proveito desse corpinho?

— Eu mereço. Ô cupido pingunço esse que eu tenho. Valeu hein.

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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.

UM AMOR PARA ETERNIDADEWhere stories live. Discover now