Strip Club | h.s. - hot

0.9 | Scared

Acordei com o som de um relâmpago alto que me fez abrir os olhos. Fui obrigada a fechá-los imediatamente por conta da claridade vinda da janela. 

Encarei a parede branca à minha frente por alguns minutos, recordando a noite anterior.

Um flash branco adentrou o quarto e eu rapidamente abracei a almofada em que havia dormido com medo do que viria a seguir.

Fechei os olhos com força ao ouvir o ribombar do trovão soar pelas quatro paredes.

Odeio trovoada.

Sempre que troveja escondo-me debaixo das cobertas com o meu ursinho Ted.

Ele era da minha mãe, está bastante velho apesar da camisola nova que lhe comprei há uns anos.

Imagino-a no seu lugar e falo com ele durante horas. Sempre que há trovoada, imagino a minha mãe a acariciar-me os cabelos, como nos filmes.

E apesar de isso não ser possível, sei que ela está lá em cima a cuidar de mim.

Esperei a trovoada acalmar para ir embora. Lá por ter tido sorte ontem, não conseguiria ficar nesta casa por muito mais tempo sabendo que Ele estava no quarto ao lado.

Foi preciso uma boa meia-hora para os trovões irem diminuindo, mas finalmente sairia dali.

Levantei-me e lembrei-me que tinha apenas trazido lingerie. Nem um simples casaco tinha.

Mesmo assim abri a porta cuidadosamente e espreitei por esta declarando que seria a única pessoa acordada na casa.

Desci as escadas com os saltos da noite anterior nas mãos e dirigi-me para o all onde avistei um casaco , aparentemente feminino, cor de rosa, e um guarda chuva da mesma cor.

Não pensei 2 vezes antes de vesti-lo visto que estava um frio ártico hoje em Londres.

Ficou-me apertado na cintura, acentuando a minha silhueta. Não que estivesse a contar ser vista por ninguém, mas se fosse vista, estaria bem vestida.

Calcei os saltos e peguei no guarda chuva dirigindo-me até á porta.

Coloquei a minha mão na maçaneta dourada e rodeia tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Do nada ouço o barulho da campainha e largo imediatamente a maçaneta sentindo já o coração a acelerar.

Esperando que caia uma ideia milagrosa do céu, o som faz-se ouvir outra vez e o nervosismo começa a crescer dentro de mim.

Não sabendo bem o que fazer abro a porta e deparo-me com um polícia todo encharcado por conta da chuva mas ainda assim com os seus óculos escuros.

" Bom Dia" estica a mão e eu aperto-a não percebendo bem o porque da sua vinda " O Meu nome é Phillip , gostaria de lhe fazer umas perguntas."

"Claro"

" Bom, nós andamos atrás de um criminoso acusado do homicídio de Rebbecca Holt. Primeiramente, este nome diz-lhe alguma coisa?"

" Não, nunca ouvi falar, mas de facto o nome Holt não me é estranho"  Falei sincera, visto que um cliente do bar tinha Holt no nome

" Vive nesta zona há muito tempo?"

" Sim, desde que nasci"

O Homem fardado retira do seu bolso um papel, presumo eu, de fotografia e entregamo para as mãos

" Conhece esse homem?"

Abri o papel cuidadosamente e senti o meu coração apertar ao ver Styles na fotografia.