trinte e sete - parte dois

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(...)

- Você tem que convencer ela, princesa. - Joe cruzava os braços mordendo suas bochechas por dentro.

- É loira, vai ser bom pra ela, pra gente também... - Ravena disse se jogando na cama do melhor amigo. - Quer saber, eu vou lá no Carolina's.

A negra ajeitou sua roupa, calçou seus tênis e saiu, não sem antes de deixar um beijo em seu namorado e um bagunçar de cabelos no loiro, sabia que podia convencer a amiga a ir para a festa, e ela tinha a melhor das cartas na manga.

- Boa sorte! - Benjamin gritou da sua janela e a negra lhe mostrou o dedo do meio.

Antes de entrar em seu carro, buscou seu celular e ligou para Sami, que não demorou tanto para atender.

- Ainda tá na cafeteria, celestina? - Quinn perguntou colocando a ligação no viva voz e o telefone no aparador em cima do volante para dar partida no carro.

- Saio daqui a pouco, por que? O que tu tá aprontando, reds? - Bulsara questionou olhando para a frente, vendo se algum cliente aparecia.

- Festa+beber muito+hoje, topa?

- Mas é óbvio! O que eu tenho que fazer? - Sami entendeu direitinho que exerceria um papel naquela ligação.

- Eu gosto de você, por que tu sempre tá atenta, mas enfim, você tá ligada que a Optimus tá mais pra lá do que pra cá né? Então segura ela aí, que eu chego em dez. - Ravy concluiu e ouviu um "uhum, deixa comigo" e desligou a ligação.

O trânsito estava mais tranquilo naquela quinta feira, talvez fosse porque a negra estava indo contra o fluxo no início da noite, mas até que realmente chegou ao estacionamento em menos tempo do que imaginou. Ela olhou para a Bird Street toda iluminada e sentiu seu peito se encher de orgulho, mesmo que o projeto não fosse seu, pelo menos não aquela rua, mas as que seriam posteriores aquela, pois havia conseguido seu objetivo profissional, trabalhando com energia sustentável.

Ravena acionou o alarme e caminhou tranquilamente até entrada da rua, ainda haviam algumas pessoas apenas passeando, outras entrando e saindo das lojas, diversos cheiros passando ao seu lado. Algo não estava certo, pois todos aqueles cheiros estavam lhe causando uma sensação estranha, nada estava do jeito certo, sua cabeça rodava e seu estômago roncou diferente.

- Mas que merda? - Ela inspirou o ar de sua própria mão, tentando mostrar a seu cérebro um cheiro conhecido. - Será que eu to ficando doente? Ah não, qualquer coisa menos isso.

Ela parou de andar um pouco tentando fazer com que seu corpo se acostumasse com o cheiro de sua mão, o que felizmente aconteceu, a respiração voltou ao ritmo cadenciado e tranquilo, Ravena olhou a sua volta, mas as pessoas passavam por ela e nem perceberam nada, deixando-a levemente contente, então não era nada grave, pelo menos assim, pensou ela.

Diamond conferia o caixa de Sami enquanto Aaron preparava um frapuccino com base de café para a chefe, Quinn notou que sua amiga ainda estava cabisbaixa, mesmo negando, ela sabia que a aparição da mãe ali acabou bagunçando até demais a morena.

Ravena abriu, o maior e melhor, sorriso que tinha guardado dentro de si, entrou na loja e abriu seus braços, uma entrada verdadeiramente triunfante.

- É aqui que precisam de álcool? - Sami girou rapidamente e riu alto.

- O que aconteceu com você? Cadê a garota que fala... Eu não vou cuidar de bêbado, então não contem comigo pra beber. - A persa pergunta e depois se põe a imitar a negra.

- Calada celestina, meu assunto aqui é com a minha conterrânea, dá licença? - Quinn dá de ombros e para em frente ao balcão onde Diamond está e ao lado de Sami.

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