Capítulo 5

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- Você... - sussurrei com medo.

Nesse momento eu lembrei de tudo, a minha vida passava diante dos meus olhos em uma fração de segundos. Me perguntei se a morte doeria ou se uma vida ao lado desse homem seria pior.

Rápido demais senti quando ele se aproximou e beijou minha boca. Eu não sabia como corresponder, não sabia como reagir ou como me comportamento diante daquilo. Apenas me deixei levar, levar pelo desejo.

Assim como um vento frio ele se tornou mais bruto, segurou meu braço com força e beijou meu corpo com violência, tirou minha roupa rápido demais e não pensou duas vezes em me penetrar.

Eu gritei e como se soubesse que essa seria minha reação, ele falou minha boca. As lágrimas banhavam meu rosto ... Ele continuou com um ritmo de vai e vem e somente muito tempo depois ele gozou e saiu de dentro de mim.

Eu me senti vazia, mas não foi a maior dor da minha vida ou algo com que me traumatise. Eu nunca senti amor e o máximo de prazer sexual que senti foi quando ele beijou meus lábios.

Me levantei sentindo dor por todo o corpo. Ele estava deitando me olhando como um animal que observa sua preza. Combinei até o banheiro e tomei outro banho. Saí com a toalha envolta em mim.

Vicent: O que aconteceu hoje não irá mudar. Eu não vou te dar nenhum prazer e você nunca irá se negar a mim. Eu vou tentar não deixar marcas em você, mas se você me tratar ou tentar me respeitar, tenha certeza que irá receber o pior de mim.  - falou saindo do quarto.

Caminhei até a cama e deixei que a escuridão me tomasse.

...

As lembranças dos nossos primeiros dias foram estranhas,mas, após um tempo eu comecei a me acostumar e me adequar a ele. Claro que tudo ainda doía, não dor emotiva, mas sim física.

Me olhei mas uma vez e desci para tomar café.

Meu marido está sentado com o jornal na mão. Caminho devagar e me senti ao seu lado.

- Bom dia - cumprimento-o

Como sempre ele não respondeu. Comi tranquila e devagar. Até que ouvi a campainha tocar.

Um dos empregados entrou e disse:

-Senhor, os visitantes o esperam no escritório.

- Giovana, suba agora! - falou ainda sem olhar em minha direção.

- Mas eu... - a minha voz sumiu assim que ele olhou para mim.

Levantei e comecei a subir as escadas. O único barulho que se ouvia eram os meus saltos contra o piso. 

Passei a maior parte da manhã no meu quarto. Quando Vicent recebia alguém em nossa casa eu não podia sair.

Resolvi sair um pouco, mas devo comunicar ao meu marido, afinal, tenho que ir acompanhada com alguns seguranças.

Certamente eles já deveriam ter saído, então, comecei a descer a escada e assim que cheguei na parte de baixo achei tudo silencioso demais. Caminhei até a porta mas ela não estava fechada.

Encurtei gemidos e olhei pela brecha. Eu não podia acreditar no que eu estava vendo.

O que será que ela viu ?

VICENTWhere stories live. Discover now