Capítulo 35

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Giovanna

Alguns metros de mim pude ver um corpo bem pequeno no chão, todos estavam desesperados enquanto o corpo emitia um choro compulsivo.

Eu fui me aproximando aos poucos e meu corpo foi adormecendo rápido demais, um grito saiu da minha boca e o desespero tomou conta de mim quando percebi que se tratava da minha bebê...

- O que aconteceu?! - gritou uma voz grave atrás de mim, o meu corpo estava cada vez mais fraco e eu estava tão abismada que não virei pra trás, apenas comecei a implorar.

- Ajudem ela, agora, por favor, ajudem ! - comecei a gritar de forma histérica enquanto os médicos começaram a correr pela casa, enquanto outros examinaram a pequena.

- Doutor Mario, o que aconteceu com a minha filha? - perguntou uma voz grave atrás de mim.

Uma sombra atravessou meu corpo e se colocou na minha frente, nesse momento uma tonelada de lembranças invadiram a minha memória.

EU ESTAVA DIANTE DE VICENT.

....

Vicent

Eu estava saindo do escritório quando ouvi um barulho e quando corri em direção a eles, notei que a bebê estava no chão.

O desespero tomou conta de mim, e quando vários gritos tomaram de conta do ambiente, notei que Giovanna estava em pé, diante de toda aquela situação.

Eu a visitava todos os dias, geralmente quando ela estava dormindo, afinal eu tinha muito medo de ter que encarar ela depois de todas as feridas do nosso passado.

- O que aconteceu?! - gritei.

Os médicos começaram a buscar equipamentos de primeiro socorros enquanto ou outros a examinaram.

Luna me olhava aflita, e eu me aproximei da bebê que nem nome tinha.

Eu não queria desenvolver nenhum vínculo emocional com ela, mas tudo aconteceu tão rápido que eu não saberia explicar.

Me ensinaram todas as formas de matar e eu certamente sou o homem mais frio que existe, mas, não me ensinaram a me afastar de uma bjo como esse.

Aquele bebê caída no chão era mais do que uma criança, ela era a minha fraqueza, o meu porto seguro, ela é a minha filha, e enquanto eu viver ela jamais sofrerá.

Como um furacão que ela era, se levantou ainda chorosa e correu até mim abraçando as minhas pernas.

- Eu tai, papai, eu tai- falou manhosa.

Eu peguei aquele pequeno corpinho nos meus braços e só então percebi oq usando meu coração estava acelerado.

- Meu amor, qual a parte do seu corpo que está doendo ? - perguntei aflito.

- A mia peninha- falou com voz de bebê.

A perninha dela estava arranhada e alguns pinguinhos de sangue começaram a surgir, Luna deve ter percebido o meu desespero quando vi o sangue, por que na mesma hora ela me olhou e falou:

- Não se preocupe, foi apenas superficial. - sorrio, mas eu sabia que ela também estava com medo.

Desde o nascimento a pequena bebê apaixou nós dois, e até achei que eu estava envolvido com luna, mas depois percebi que o único elo de ligação que temos está nos meus braços.

Como em um grande, lembrei de Giovanna, e quando me virei em sua direção, notei que já não havia como escapar, tínhamos muitas coisas para conversar. 

-

VICENTWhere stories live. Discover now