Começo

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Louis

Nesse momento, eu não saberia exatamente, dizer o que sinto. É tudo muito complicado, eu sabia que o meu relacionamento com o Edward estava praticamente acabado antes. Mas quando ele voltou daquela viagem, meu coração bobo me fez cair em uma emboscada... e eu, não sei dizer se foi um tombo bom, ou não.

Harry Styles... É tão louco saber que eu não sei realmente quem ele é, mas eu o conheço muito mais do que aquele que eu chamava de namorado, entende?

Ele é doce, gentil, amoroso, e as vezes ele consegue ser um pouco curioso e medroso demais. Como faço pra tirar a imagem daquele sorriso maravilhoso que ele tinha no rosto? Que fazia duas covinhas profundas apontarem em suas bochechas, que coravam facilmente com vergonha ao perceber que riu alto demais.

Tenho a terna lembrança dos seus afagos em meu cabelo, quando fechos meus olhos posso sentir novamente o gostinho perfeito que o seus lábios vermelhos e cheinhos tinham ao se chocarem aos meus. Em meus ouvidos, ainda é presente os primorosos sons de suas arfadas, resultados de singelos carinho, ou um  toque mais intenso.

O seu olhar... Eu não teria palavras para o descrever, é uma mistura de tudo aquilo que eu sempre desejei. E isso, é o que mais me faz temer, afinal, a conclusão que cheguei a minutos atrás é que estou perdidamente apaixonado por Harry.

"Alguém vai sentar aqui?" - perguntou uma mulher, aparentemente não muito mais que 40 anos. 

"Não. A vontade" - tirei a minha maleta que ocupava o assento na classe econômica.

A mulher se sentou, é só então percebi que ela carregava muitas sacolas com embrulhos de presente dentro. Vi a mesma conferindo, e logo depois ela se abaixou, colocando alguma dessas sacolas próximo ao seu pé, pedindo desculpa quando uma ou outra esbarrou em mim.

"Alguma comemoração?" - pode parecer falta de educação, mas a verdade é que sempre gostei de falar com as pessoas que sentavam comigo. Parecia legal, saber um pouco sobre alguém que você provavelmente não veria mais. Mas ainda assim, poderia ter uma história muito boa guardada nas lembranças.

"Bem, na verdade, sim" - ela se virou pra mim, e sorriu - "Faz duas semanas que não vejo meus filhos, e marido. E bem, ter quadrigêmeos com 7 anos,  pode ser complicado comprar poucos presentes"

"Você tem quadrigêmeos?" - perguntei chocado. Talvez porque, tudo que pareça mais que um e seja igual, para mim nesse momento seja surpresa - "Desculpe pela pergunta, mas como consegue lidar?"

"Tudo bem. Normalmente as pessoas costumam fugir quando digo que tenho quadrigemeos" - brincou - "Não vou dizer que é a coisa mais fácil do mundo, que ser mãe de 4 filhos da mesma idade seja. Porque a verdade é, que eu lido com crianças totalmente diferentes"

Preferi não comentar nada, apenas assentir com a cabeça conforme ela falava.

"Desde que casei, eu queria ter filhos. Foi difícil para meu marido e eu conseguirmos, e quando eu finalmente consegui. Fui abençoada com 4 anjinhos, dois casalzinhos de uma vez" - ela pegou o celular na bolsa - "essa aqui, é a Holy, minha primogênita e também a mais barulhenta, e elétrica" - me mostrou uma garotinha ruiva de olhos verdes e cachos no cabelo. A única diferença entra a outra garotinha do seu lado, eram as roupas, já que a irmã vestia um vestido todo florido e rodado e quanto a si, usava uma jardineira que era composta por uma camiseta preta - "Ao lado dela, é a Hope. Nasceu poucos minutos depois da irmã, e desde que nasceu até os dias de hoje, ela é mais chorona e carinhosa"

Twin Brother's Boyfriend Onde as histórias ganham vida. Descobre agora