▶Treze◀

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Volte, volte, volte para mim
Como você faria, você faria se isso fosse um filme
Fique na chuva lá fora até que eu saia

Volte, volte, volte para mim
Como você poderia, você poderia se você somente dissesse que está arrependido
Eu sei que nós podemos resolver isso de alguma forma
Mas se isso fosse um filme, você estaria aqui agora

Maddi Jane - If This Was a Movie (Taylor Swift) 

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Eu não tenho certeza de como vem as lágrimas, mas elas continuam vindo. Eu viro ligeiramente na cama quando ouço um leve bater na porta, antes de ser aberta.

— Clarissa. — Meu pai diz meu nome tranquilamente antes de espreitar e me encontrar enrolada. — Só verificando. — Ele se aproxima e senta na borda do colchão. — Foi um dia emocional para você, eu sei...

— Você sabia que ele estava vivo? — Eu pergunto a ele. Parece que todo mundo sabe tudo sobre mim, e eu não sei nada sobre ninguém.

Ele engole em seco, mas me olha diretamente nos olhos.

— Sim.

— Por quê? — Eu pergunto calmamente através de minhas lágrimas. — Por que não me disse a verdade?

— Porque eu não podia. Ele queria mantê-la a salvo, e eu também. O programa de segurança às testemunhas é difícil de conseguir. Você não tem ideia de quantos réus tem seus pedidos negados e quantos deles acabam mortos. — Sua voz está agitada. — Quando Sebastian Verlac me contou tudo o que aconteceu, e como eles iriam usar o tiroteio como uma frente para distrair Stephen, eu não poderia discordar de seu plano.

Então ele sabia de tudo o tempo todo?

— Mas quando você viu quanta dor eu sentia, por que você não me contou?

Ele solta um longo suspiro.

— Porque é como Jace disse a você esta tarde, Clary. Você iria procurá-lo, e é muito perigoso. — Ele se desloca na cama. — E eu sei que você não vai acreditar, mas eu me importo com você. Você é minha filha. E sim, eu tenho sido um pai de merda, mas eu não poderia conscientemente empurrá-la para um homem dirigindo um cartel de drogas.

— Costumava. — Eu o lembro amargamente. — Ele abriu de mão, abriu de mão de tudo. — Por mim. E agora eu sequer poderei tê-lo. Ele se foi.

— Verdade. — Ele diz calmamente.

Eu sento e me inclino contra a cabeceira da cama, puxando meus joelhos para o peito.

— Eu estou indo embora amanhã.

— Para onde? — Ele pergunta com um tom de tristeza em sua voz.

— Um lugar que eu sempre desejei ir. — Eu tento forçar um sorriso. — Contei a Jace sobre isso uma vez, eu penso ser o lugar perfeito para começar de novo.

— Você não vai me dizer?

Eu balanço a cabeça um pouco.

— Não, agora não. É melhor que ninguém saiba onde eu estou de qualquer maneira, e eu preciso fazer isso por conta própria. Por mim e pelo bebê. — É hora de eu começar a cuidar de mim mesma. É hora de começar a não depender de mais ninguém.

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