Capítulo 2. Os Irmãos Mikaelson.

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Inglaterra, 20 de outubro de 1363

Desde aquele dia sentia-me completamente vazia, faltava algo. Minha filha, minha pequena Charlotte. Passei uns tempos na cidade em que ela cresceu, me tornei sua babá, sua amiga. Era divertido vê-la crescer, brincando com suas bonecas vivendo num mundo mágico. Ela tinha uma alegria que eu não tinha. Ver a menina chamando outra pessoa de mãe não era tão bom pra mim. Meus olhos se enchiam de lágrimas toda vez que escutava. Eu era chamada de tia, mesmo sendo outra coisa. Ela não sabia a verdadeira história e nem podia. A familia era boa, perfeita. Davam-lhe tudo o que eu nunca poderia dar como mãe solteira, por isso me arrependia de querer tirar ela dos braços de sua nova mãe. Tinha que partir, deixar ela viver com sua familia adotiva, ser simplesmente feliz com eles. Naquela noite iria deixa-la de vez. Não hesitei em entrar em seu quarto e dar-lhe um leve beijo em sua testa, acariciando seus cabelos castanhos e ondulados, assim como os meus. – Eu te amo minha princesa. No dia que eu tiver uma condição boa virei te buscar. – Me levantei, afastando-me dela. – Mamãe? - Escutei sua doce voz e, no mesmo instante quis chorar. Voltei a me aproximar, agachando-me.– Não me deixe, por favor. - Seus olhos estavam fechados, era evidente que estava sonhando. A lágrima que estava segurando começou a escorregar pelo meu rosto bronzeado. – Nunca minha filha, nunca. - Sussurrei, preferindo que fosse a mais pura verdade. Novamente dei-lhe um beijo e sai de seu quarto, sai de sua vida.

Paris, 20 de outubro de 1364

Um ano exato que eu tinha lhe deixado, ainda sentia sua falta e a dor vivia para me consumir por completa. Mais deveria dar um jeito de ter condições de tê-la novamente em meus braços. Iria ter que casar com um cara rico, um lorde, e depois dizer que uma de minhas irmãs havia falecido, deixando minha sobrinha. Nunca seria de fato minha filha. Mais como me anunciar sem uma família, sem pais? Deveria mata-los, tira-los de minha história. – Boa noite, Senhorita. - Uma voz me tirou do transe, dos meus pensamentos. – Me chamo Elijah. - Levantei meu rosto, observando o rapaz bem vestido se apresentando com um leve sorriso em seus lábios. – Boa noite, Senhor Elijah. - Toquei em meus vestido e fiz uma breve reverencia. Pelos seus trajes dava para perceber que era um homem rico. – Me chamo Katerina, Katerina Petrova. -Senti em seus olhos uma mistura de surpresa com excitação, só não sabia o real motivo para tudo isso. – O que achas de ir em um baile? Meu irmão, Lorde Klaus, esta promovendo uma. - Escutei suas palavras e me animei porém, escondi no inicio. – Bom, a cidade toda foi convidada, mais nunca havia lhe visto por essa região. De onde vens? - Seu olho me estudava com cuidado. – Seria uma honra ir ao baile. - Um sorriso brotou em meus lábios, mostrando o quanto queria ir. – Sou da Bulgária. Vim para cá depois que meus pais faleceram. - Fingi uma tristeza. Ali começava a minha mentira, minha nova vida. – Combinado, será hoje as 20 horas. - Ele sorriu, pegando minha mão e curvando-se, dando um beijo no dorso da mesma.– Sinto muito pelos seus pais. Hoje irá se divertir e essa tristeza terá um fim, tenha certeza disso. - Ele se afastou.– Então, tenha uma boa tarde. E assim que chegar no baile, me procure. Irei apresenta-la pessoalmente ao meu irmão. Irá amar conhece-la. Até mais tarde, Srta. Petrova. - Fiz mais uma reverencia.– Obrigada e, até mais tarde Senhor. - Sorri, observando o mesmo se afastar. Agora só teria que dar um jeito de fazer o tal lorde se apaixonar por mim, ele teria que se casar comigo.

Cheguei em casa e logo procurei por um dos meus vestidos de festas mais belos. Bege e com detalhes em dourado, nada muito extravagante já que o dinheiro que possuía não dava para tanto. Não demorou muito já estava completamente arrumada, pronta para o baile que aconteceria a poucos minutos.

Após chegar no local, reparei em como a cidade toda estava ali, divertindo-se ao som do piano. Peguei uma taça de champanhe que o garçom levava em sua bandeja e levei até meus lábios, bebendo. – Fico feliz em ver que realmente aceitou meu convite. - Uma voz surgiu atrás de mim, o que me fez virar e olhar Elijah, sorrindo.– Vou leva-la ao meu irmão agora mesmo, vamos? - Levei meus braços até o dele, seguindo seus passos. – Fico feliz em ter me convidado. - Sorri para o homem, que parecia perfeitamente confortável comigo ao seu lado.    – Sinto que não foi um erro. - Parou de andar

Notas finais do capítulo

O que acharam? Estou me divertindo demais escrevendo essa fic porém, preciso de comentários para continuar animada desse jeito. É chato escrever e não ter ninguém para ler. Preciso das criticas e sugestões de vocês para ver se estou agradando.

Ainda hoje, mais um capitulo. Então, até mais tarde. xoxo'

Could You Be The Devil Or An Angel.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora