Capítulo 1. A história era diferente.

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~ Bulgária, 08 de fevereiro de 1363

Algo me consumia, era inexplicável. Ele me possuía de tal forma que eu não conseguia hesitar seus toques.– Richard, sabe que não podemos. Sou uma moça de família, meu pai nos mataria se soubesse. - Respirei fundo, tentando me soltar de seus braços. Katerina, você quer tanto quanto eu, seu pai nunca irá saber disso. - Tomou meus lábios para si, beijando-me como se não existisse mais nada com que se preocupar e me passava essa segurança. Levei minha mão direita até seu rosto, acariciando-o delicadamente. Afastei meus lábios dos seus e acenei positivamente com a cabeça, iria me tornar dele naquele momento, sem nenhum tipo de receio. Sim, eu o amava e essa era a prova que ele queria. Fizemos amor ali mesmo, dentro de sua carruagem em uma tarde de chuva.

Inglaterra, 15 de novembro de 1363

Um grito ficou preso em minha garganta. O fruto daquela tarde chuvosa estava nascendo, meu bebê. A dor do parto era horrível, sempre fui fraca para dor e, naquele momento queria que sua mãe estivesse ao seu lado. Engravidei fora do casamento, uma vergonha para todos. Não era a toa que agora eu não pertencia mais aquela família. – Tira logo de mim, não aguento mais. - Uma lágrima escorreu pelo meu rosto enquanto a empregada fazia o meu parto. Depois de horas, escutei o choro da criança e um sorriso brotou em meus lábios, completamente aliviada. – É uma menina, uma linda menina Senhorita Katerina. - Estiquei meus braços, tomando-a e acariciando seu rosto. Estava triste. Precisava deixa-la. Aquela lagrima de alegria agora era de dor.

– Não posso mesmo ficar com ela? - Olhei para a mulher, que agora estava sentada ao meu lado

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– Não posso mesmo ficar com ela? - Olhei para a mulher, que agora estava sentada ao meu lado. – Eu darei um jeito de cria-la. Trabalho e arranjo dinheiro. - Olhei novamente para a criança. – Infelizmente não Srta. Precisa se preservar, não deve ter uma fama ruim aqui. As mães solteiras sofrem. Entendo que a ame, e não é por menos, és sua filha. Mais é o melhor para você e, principalmente, para ela.- Ela olhava para a menina de uma forma terna. Sim, era o melhor para ela, não iria estragar sua vida.– Me entrega ela? Já tem uma família a esperando. - Respirou fundo, pegando a criança do meu colo e indo embora. – Eu te amo, minha filha. - Sussurrei, observando-a se distanciar de mim. Um dia, iria encontra-la, sem duvidas.

Notas finais do capítulo

Gostaram? Me mandem comentários com a opinião de vocês, é completamente importante para mim. Beijos, até a próxima.

Could You Be The Devil Or An Angel.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora