Medical consultation

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Dois meses depois...

- Abre a porta loirinha, tô chegando com o café da manhã pra gente. - Disse Gabriel, assim que atendi sua chamada.

- A consulta é só as duas horas da tarde, seu doido. - Ri.

- Será que eu posso passar o dia com a mãe do meu moleque? - Perguntou.

Eu acho que nunca irei me acostumar a ouvi-lo falar sobre esse assunto.

- Moleque? - Perguntei.

- Claro. - Ele disse com convicção.

- Nossa, até parece que você já sabe o sexo do neném. - Disse.

- Tudo indica que eu tenho razão em tudo! - Se gabou.

- Continua com esse pensamento e teremos muitas brigas. - Eu disse e nós rimos.

- Posso pensar em mudar, mas vamos deixar para depois, porque agora é hora do café. Beijo. - Concluiu e não esperou pela minha resposta, desligando o aparelho celular.

Levantei da cama, indo ao banheiro para tomar uma ducha rápida. Em seguida, coloquei um short jeans desfiado com uma camiseta larga de um tom azul pastel, da marca Baw Clothing.
Minha barriga já estava dando o ar da graça. Durante os dois meses, mudei de São Paulo e voltei para o Rio de Janeiro. Havia explicado toda a situação para meu chefe, o mesmo entendeu perfeitamente e me transferiu pra a sede da Espn, na minha cidade natal, assim consigo ter meus familiares por perto. Criei uma espécie de estúdio na casa da Bruna. Atualmente eu moro com a minha melhor amiga e aqui consigo trabalhar normalmente.
Medina não é tão presente em minha gestação, mas eu o entendo, aliás ele está em seu auge e não pode largar a sua paixão neste momento. Portanto, sempre que pode, ele está por aqui.

- Ele vai ser lindo como a gente. - Medina sussurrou para mim, enquanto estava com o rosto colado na minha barriga.

- Você chorando? - Perguntei assim que senti meu abdômen molhar e olhei-o.

- Sim, eu mais emotivo que você. - Brincou. - Sou o homem mais feliz do mundo.

Estava deitada no sofá da sala e me lembrei do que ele disse à algumas semanas atrás, sorri imediatamente. Meus pensamentos evaporaram, assim que ouvi a campainha tocar.

- Tá aberta. - Gritei.

- Você sabia que não pode fazer isso né? Vai que é um ladrão? Você é mamãezinha agora. - Me encheu de perguntas.

- Eu sabia que era você. - Respondi o óbvio.

- Tá sozinha? - Perguntou.

- Sim, a Bru começou as gravações da nova novela da Globo e fico sozinha o dia todo, praticamente. - Digo.

- Trouxe essas coisas aqui, vem tomar café. - Ele disse.

- O que quer? - Perguntei.

- Por quê? - Perguntou.

- Está fazendo as minhas vontades. - Disse.

- Bobinha, estou alimentando meu filho. - Ele disse.

- Ah, achei que a preocupação era comigo. - Fingi estar triste. - Eu estou grávida, seu insensível.

- Me desculpa loira. - Ele me abraçou por trás e roubou um selinho.

- Ei! - Repreendi-o.

- É força do hábito, foi mal. - Rimos.

Caminhei até a cozinha para pegar xícaras, talheres e pratos, com intuito de arrumar a mesa.

- Vamos descobrir o sexo hoje? - Perguntou.

- Provavelmente. - Disse em meio a mordidas no meu pão francês.

- Poderíamos fazer um chá revelação, o que acha? - Perguntou.

- Tomou coragem pra contar para sua família? - Perguntei.

- Tomei, só falta colocar em prática. - Ele disse.

- Toma vergonha nessa sua cara. - Revirei os olhos.

- Eu disse para ela vir pra cá hoje. - Ele disse.

- O que vai fazer? - Perguntei.

- Um jantar, ainda não sei. - Disse.

- Porra Gabe. - Digo.

- Precisamos fingir que estamos juntos. - Ele disse e eu arqueei as sobrancelhas.

- Estamos em pleno século vinte um. - Digo.

- Mas é minha mãe, ela não vai aceitar! E outra, ela vai me forçar a me pronunciar nas minhas redes sociais. - Ele disse.

- Vamos ter que fingir tudo isso? - Perguntei.

- Sim, mas loira, falando sério! Você sabe que nós poderíamos dar certo né? - Perguntou e colocou sua mão sob a minha.

- Começou a usar droga? - Perguntei e ele revirou os olhos.

- Por quê tu sempre foge do assunto? Você me prometeu que nós iríamos continuar a nossa conversa! - Ele disse.

- Nós vamos, mas não estou preparada agora! - Declarei.

- Você que sabe. - Ele disse e se retirou da mesa, indo até a cozinha colocar a louça que sujou na pia.

- Não precisa ficar puto. - Eu disse quando entrei no mesmo cômodo que ele, repetindo suas ações.

- Não estou puto, é que nós vamos ter um filho Sofia! - Ele disse e eu permaneci quieta.

- Desculpa! Não queria que isso estivesse acontecendo. - Digo e me retiro da cozinha, sentindo as lágrimas escorrer pelo meu rosto.

- Não precisa dizer isso e muito menos chorar Sofi, você não sabe o quanto eu estou feliz por dividir esse momento especialmente com você! - Ele disse. - Olha pra mim, eu gosto muito de você e respeito sua opção. - Me abraçou.

[...]

- Ele está totalmente saudável, a mamãe tá cuidando direitinho dele. - O médico disse. - Querem saber o sexo? - Perguntou e eu olhei para Gabriel que estava estático sorrindo para a tela.

- Eai Gabe? - Perguntei chamando a atenção do mesmo.

- Pode anotar em um papel? Queremos fazer algo especial. - Ele disse.

- Claro! Boa sorte para vocês. - Ele disse após escrever em um pequeno papel e colocando o mesmo em um envelope.

- Obrigada doutor! - Eu disse.

- Fala com a minha secretaria para remarcar a próxima consulta, senhorita Muchen. - Disse o doutor.

- Vou falar com ela, mais uma vez, obrigada! - Disse, por fim.

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Não vou detalhar todos os meses da gestação ? Obrigada.

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Xoxo-A

For the love • Gabriel Medina Onde as histórias ganham vida. Descobre agora