Capítulo 12

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Magali engoliu seco quando viu Vieira atravessando a rua e vindo ao seu encontro. Ele estava de paletó preto, sem gravata e com os primeiros botões da camisa abertos, seu coração palpitava mais rápido e logo sentiu sua respiração falhar quando ele aproximou-se ficando frente a frente com ela.

- Nós podemos conversar?  -Ele perguntou calmamente.

- Vieira, não é uma boa ideia.

- Por favor, uma última conversa que seja, acho que me deve depois de ter saído sem dizer tchau.

Ela assentiu e apontou para a porta do prédio onde entrou antes dele. Vieira observou o local à sua volta, uma realidade completamente diferente da que estava acostumado a ter. Subiram as escadas em silêncio, Magali destrancou a porta e deu espaço para que ele entrasse, logo estavam na salinha onde ele sentou-se em um sofá e ela em uma pequena poltrona em frente a ele observando o local simples, porém organizado.

- Você foi embora antes que eu chegasse. –Vieira disse entrelaçando suas próprias mãos. –Por quê?

- Foi melhor assim, eu queria evitar despedidas. –Respondeu abaixando a cabeça.

- Melhor pra você, não é?

- Melhor para todos, Gustavo, eu disse tudo que tinha para lhe dizer pela manhã e você também, não havia mais o que ser dito.

- Eu perdi você, não foi Magali? –A olhou com amor. –Foi pelas coisas que eu disse?

- Vieira eu te expliquei que nós não pertencemos ao mundo um do outro, pensa que eu não vejo a cara que você faz quando vem a esse bairro? A cara que fez quando viu o meu apartamento? Eu não sou mulher pra você, eu trepo com homens por dinheiro.

- Para com isso, Magali. –Foi até ela e ajoelhou-se tomando suas mãos e beijando. –Quando eu olho pra esse bairro a primeira coisa que eu quero é te tirar daqui, te proteger de todo mal e eu estou pouco me lixando pro que você era ou deixou de ser, eu só quero saber do que você vai ser daqui pra frente quando aceitar ficar comigo.

- Você não pode ficar me dizendo essas coisas, você está bêbado. –Magali negou com a cabeça enquanto desfazia o contato de suas mãos.

- Bêbados sempre dizem a verdade, não é isso? –Sorriu de canto. –Sabe, quando eu liguei pra tia Estela hoje pela manhã, perguntei a ela como eu poderia saber quando estava apaixonado e ela me respondeu que era quando a pessoa se transformava em sua razão de viver, de sorrir e até de chorar. –Ajoelhou-se na frente dela novamente e segurou seu rosto. –Que quando se está assim com a pessoa amada a única coisa que quer é abraçá-la, tê-la em seus braços e é exatamente isso que eu sinto quando estou com você.

- Eu também sinto isso por você. –Ela respondeu com lágrimas nos olhos e também segurou o rosto dele. –Sinto tanto que meu coração parece que vai explodir.

- Eu te amo, Magali e agora te digo de frente, não quero me separar mais de você.

Não demorou para que suas bocas se unissem em um beijo lento, que logo foi se intensificando e eles foram caminhando juntos até a cama sem deixar de interromper o beijo, apenas quando o ar se fez necessário e eles começaram a retirar suas roupas com rapidez, Vieira a tomou em seus braços fazendo com que ela abraçasse sua cintura com as pernas e voltaram a se beijar com urgência até ele se apoiar na cama com Magali sobre seu corpo. Não demorou para que unissem seus corpos, os gemidos se misturavam com o suor de seus corpos e os toques. Agora estavam de fato fazendo amor, além do encontro de corpos, havia um encontro de almas e quando chegaram a um orgasmo gritando o nome um do outro, Magali encostou-se no travesseiro enquanto Vieira se apoiava na cama e acariciava seu rosto e seu corpo desnudo.

 Agora estavam de fato fazendo amor, além do encontro de corpos, havia um encontro de almas e quando chegaram a um orgasmo gritando o nome um do outro, Magali encostou-se no travesseiro enquanto Vieira se apoiava na cama e acariciava seu rosto e s...

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- Eu quero você assim desarmada. –Ele disse enquanto lhe dava selinhos alternados. –Totalmente entregue aos meus beijos, às minhas carícias, com a minha mão percorrendo seu corpo.

- Já até me esqueci de quem eu sou. –Magali retribuía os beijos enquanto fechava os olhos ao sentir as mãos dele sobre sua pele. –De quem você é e nada mais importa, eu só quero me perder nas tuas mãos, na tua boca.

- Adoro sentir seu cheiro. –Vieira beijou seu pescoço e entrelaçou sua mão com a dela. –Ele ficou grudado no meu corpo, no meu quarto... No nosso quarto. Eu não quero mais me separar de você, Magali, não quero e nem poderia ficar longe de você.

- Nem eu, mas não quero que meu coração vire de ponta cabeça e me desgoverne. –A loira disse brincando com os dedos dele. –Apesar de que já é inevitável negar essa faísca que sobe toda vez que estamos juntos, independente de sermos Gustavo Vieira e Magali, a prostituta.

- Não quero que repita isso. –Tocou os lábios dela. –Você é minha mulher de agora em diante, eu vou amarrar você a mim se for preciso. –Brincou.

- Não precisa. –Ela gargalhou. –Eu não vou a lugar nenhum, meu amor.

- Do que você me chamou? –Perguntou Vieira com espanto.

- Meu amor. –Repetiu sorrindo acariciando o rosto dele.

- Você também é o meu amor, Magali. –Olhou para ela com carinho. –Se há uma semana atrás alguém me dissesse que isso iria acontecer eu mandaria internar.

- Mas é essa a graça de se apaixonar, a gente se transforma, se sente bem. –Bocejou. –Estou com sono.

- Dorme aqui. –Ele disse trazendo-a para seu corpo, deixando que apoiasse a cabeça em seu peito. –Vou ficar com você, pra sempre.

Uma Linda MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora