Capítulo 6

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As mulheres pediram desculpas pelo erro e Magali sentiu sua barriga gelar quando as mesmas vinham em sua direção cumprimentá-la com beijos falsos no rosto.

- Preciso ir trabalhar, querida. –Vieira disse se afastando.

- Mas Gustavo...

- Não seja tão má, Magali. –Murmurou no ouvido dela. –Aproveite porque todas estão matando e morrendo por estarem em seu lugar.

Magali respirou fundo ao ver Vieira saindo dali e deixando-a com aquelas mulheres fúteis e completamente distintas de seu verdadeiro mundo. De longe, ele acenava e sorria para a loira a fim de tranquilizá-la e ela acenou de volta com a mão esquerda e viu um anel na cor prata com um brilhante precioso em cima. Como diabos aquele anel havia ido parar em seu dedo? Depois, Vieira iria lhe explicar muito bem tudo aquilo.

Mais tarde, Bruno estava encostado em uma árvore enquanto tomava um drink e observava o amigo sorrindo e abraçando aquela mulher, ele estava completamente fisgado por aquela desconhecida. Pegou seu celular e enviou uma mensagem para Maitê.

Vieira abraçou Magali com carinho e lhe deu um beijo no rosto, depois que ele se afastou, ela sentou-se em uma cadeira e viu Rodrigo se aproximando.

- Olá, Magali. Você por aqui?

- Oh, olá, Rodrigo. –Sorriu educadamente. –Eu adoro cavalos, além do mais estou com Gustavo.

-Claro. –Revirou os olhos. –Vem, quero te mostrar o meu cavalo.

- Não acredito que seja um dos jogadores.

- Sim, eu monto desde os oito anos. –Sorriu. –Vamos?

O belo homem levou Magali até um lugar mais afastado, porém à vista de todos, enquanto Rodrigo mostrava e falava sobre os cavalos, ela sorria com sua diversão característica. De longe, Vieira observava enquanto tomava seu wisk com ciúmes nos olhos. Sim, ciúmes.

- Parece que o Rodrigo quer tudo que é seu. –Bruno comentou se aproximando do amigo.

- Esse hipócrita. –Murmurou com ódio. –Vou acabar com ele.

- Ei, calma, Vieira. –O homem o segurou pelo ombro. –O que está havendo? Você nunca foi de brigar por causa de mulher nenhuma, nem mesmo pela Flor.

- Magali é diferente.

- Sim, ela é muito diferente mesmo. –O olhou. –Quem é ela, Vieira? Porque eu nunca a vi? O que te faz ficar assim maluco por ela? Onde você...

- A Magali é uma prostituta. –Confessou. –Satisfeito?

Mais tarde, Magali estava vendo o sol se pondo, quando sentiu a presença de Rodrigo mais uma vez ao seu lado.

- Sabe, me enganaram direitinho. –Comentou.

- Não entendi, sobre o que fala?

- O Vieira me falou que você é uma prostituta de primeira. –Tocou no braço dela alisando e Magali se afastou com cautela. –Sabe, acho que quando acabar o seus dias com eles, podemos nos divertir por aqui.

Ela mordeu os lábios em sinal de nervosismo, sentia os olhos encherem de lágrimas, mas não se daria o trabalho de chorar. Nunca se sentiu tão humilhada, será que estava começando a ter uma outra visão de Vieira? Ele havia saído espalhando para todos que ela era uma mulher da vida? Mas ela era mesmo uma prostituta e teria que se portar como tal.

- Mas é claro. –Respondeu forçando um sorriso.

- Ótimo. –Sorriu cínico. –Vamos nos divertir muito.

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