Capítulo 7

255 18 16
                                    


Vieira foi o primeiro a acordar, deixando Magali na cama dormindo de bruços e totalmente nua. Colocou um lençol sobre ela, afastou os cabelos de seu rosto e saiu do quarto. Sorriu ao lembrar-se da noite anterior, haviam ficado praticamente acordados toda a madrugada, ela estaria exausta e ele também, mas precisava trabalhar. Após o banho, Vieira ouviu batidas na porta e ainda roupão atendeu, vendo Maitê sorridente na porta, em seguida o abraçou com carinho e entrou no quarto.

- Deu formiga na cama? –Ele perguntou ironizando.

- Bobo. –Fez uma careta. –Estou indo para uma audiência e não consegui pregar o olho a noite toda. Como você está?

- Tudo ótimo, trabalhando bastante nesse processo dos Arantes.

- Imagino, esses caras são ridículos, graças a Deus minha profissão é completamente oposta. –Sorriu debochada. –Mas, vem cá, alguma coisa está te preocupando, o que foi?

Antes que ele pudesse responder, viu como Magali vinha para a sala usando uma camisola longa de cor vermelha e os cabelos bagunçados.

- Bom dia, Magali. –Maitê disse divertida indo até a loira. –Meu irmão fica mesmo gaguejando quando vê mulheres lindas, é assim desde criança.

- Irmão? –Perguntou surpresa. –Oh, olá, Maitê, é bom te rever. –Retribuiu o abraço.

- É, esse coroa gato é o meu irmão. –Piscou brincando enquanto gargalhava.

- Eu... Bom, eu vou tomar um banho, com licença. –Magali respondeu saindo constrangida.

- Você é um sem vergonha, Gustavo. –Bateu no ombro dele. –Que história é essa de noivado? O Bruno me contou...

- Não muda de assunto, Maitê. –Segurou o braço dela. –Como vocês se conhecem tanto assim?

- É segredo de estado. Digamos que Magali e eu temos uma relação professora e aluna. –Maitê respondeu impaciente. –Voltando ao assunto, que negócio é esse de noivado?

- Santo Deus, Maitê, eu acho que estou encrencado.

- Encrencado é pouco. –Respirou fundo e o olhou séria. –Olha, Vieira eu acho melhor resolver logo esse problema porque você sabe como a tia Estela é, fora que a infantil da Flor está por todos os cantos desmentindo essa história de noivado e ela não vai sossegar até fazer algo pior.

- Eu já tenho uma noiva. –Respondeu apontando para o banheiro.

- Isso eu já sei, aliás, Flor me ligou para perguntar se o anel era de verdade.

Os dois caíram na risada, logo Magali apareceu na sala com um vestido longo branco e os cabelos presos num rabo de cavalo, com uma maquiagem natural ela sorriu cumprimentando Maitê.

- Bom, Magali, esta aqui é a minha ilustríssima irmã. –Gustavo disse abraçando a irmã. –Maitê Vieira.

- E precisamos urgentemente falar com você. –Completou a juíza.

- Qual vai ser o teatro da vez? A noiva que morre de amores pelo noivo que ela conheceu em uma viagem ou aquela tímida que não fala com os familiares para não expor a farsa? –Magali perguntou.

- É...

- Não fala nada, eu sei de qual você gosta. –A loira o interrompeu e piscou. –Isso é loucura, gente, como dirá á sua família no domingo que nós terminamos o noivado?

Antes que Maitê pudesse responder, seu telefone tocou e ela teria que sair para tomar café da manhã com alguns advogados antes de ir para o júri. Vieira convenceu Magali de que ela poderia se passar por sua noiva e eles tomaram café da manhã juntos.

Uma Linda MulherWhere stories live. Discover now