Uma Linda Mulher

Capítulo 8

Capítulo extra pra vocês, porque minhas amoras merecem <3

Quando ele acordou no dia seguinte, ela não estava mais na cama e muito menos na suíte. Já era sábado, dia da festa na casa de sua tia, o martírio seria longo em ter que aturar dona Estela e ainda Flor à tira colo. Checou seu celular e tinha mensagem de Maitê dizendo que ela e Bruno iriam no mesmo jatinho que ele e Magali para São Paulo e depois resolveriam a volta. Gustavo jogou o celular na cama e focou-se em procurar sua "mulher" enquanto as palavras que ela havia dito na noite anterior não saiam de sua cabeça. Ligou na recepção e disseram que ela havia saído, ele resolveu sentar no sofá com seu laptop e trabalhar.

- Bom dia. –Ela disse entrando no quarto.

- Bom dia? Onde é que você se meteu? –Perguntou se levantando.

- Fui fazer compras, não tinha nada para usar na festa da sua tia. –Respondeu ligando a banheira e enchendo a mesma com sais e espumas. –Você quer me acompanhar? Temos um pouco de tempo antes de irmos.

Poucos minutos depois eles já estavam nus dentro da banheira repleta de espumas. Vieira estava entre suas pernas, com as costas tocando seus seios enquanto ela brincava com o corpo dele com uma esponja macia, um jazz tocava ao fundo e logo ele virou-se encarando-a.

- Você fica bem melhor sem maquiagem. –Comentou.

- Não precisa me agradar. –Respondeu sarcástica.

- Não é para agradar, é a verdade. –Tocou o rosto dela. –Acho que eu nunca vi uma namorada sem maquiagem, todas sempre muito bem arrumadas e perfeitas.

- Essa é a realidade das mulheres. –Balançou a cabeça.

- Magali. –Levantou seu queixo. –O que aconteceu ontem não foi porque se sentiu pressionada, foi?

- Foi isso que pareceu? –Devolveu a pergunta e ele abaixou o olhar. –Eu sou dona do meu corpo e do meu desejo também, Vieira. Eu senti vontade de te beijar e o fiz, é isso.

- Você sabe que não foi só isso...

- Foi sim. –O interrompeu. –Não se preocupe com o resto, eu estarei muito bem esta noite, sua família não vai perceber que estou sendo paga para isso e tudo vai sair como planejamos, você terá uma festa perfeita.

- Eu já disse que não quero que mude.

- E eu já disse que por esses dias é necessário. –Respondeu lhe dando um selinho e se levantando da banheira.

As próximas horas foram dedicadas à se aprontarem para a festa. Maitê havia contratado um maquiador e um cabeleireiro que fariam tudo nelas, até as ajudariam a vestir a roupa se quisessem, por isso Vieira deixou a suíte em que estava para as duas mulheres e ficou trabalhando no quarto de sua irmã. Enquanto um dos caras ajeitava o cabelo de Magali, o outro fazia a maquiagem em Maitê e as duas conversavam.

- O que você fez com meu irmão, Magali? Ele está uma fera domadinha. –Piscou a juíza com diversão e a loira revirou os olhos. –Eu falo sério.

- Você está exagerando, Maitê. –Respondeu ela. – Mas há algo estranho acontecendo...

- Sério? Eu nem tinha percebido. –Riu com ironia. –Deixe tudo acontecer naturalmente, hoje você vai ser a estrela da festa junto com o Vieira, querida, todas vão morrer de inveja da elegida do meu irmão querido.

Magali respirou fundo enquanto fechava os olhos para ser maquiada e começava a pensar sobre tudo que iria acontecer naquela noite, por mais que tentasse se acalmar, sentia um aperto no peito e as mãos suando friamente pelo nervosismo. Se algo terminasse mal naquela noite, seria esculachada pela família Vieira e pelo próprio. Maitê não tocou mais naquele assunto e elas começaram a falar sobre os vestidos, Magali usaria um dourado escuro frente única com um decote bonito porém discreto e Maitê usaria um conjunto de terninho branco. Vieira havia se arrumado na suíte da irmã e às 20:00 em ponto eles saíram do hotel em um carro que Bruno havia conseguido para irem até o heliporto onde pegariam o jatinho para São Paulo.

Poucas palavras eram trocadas entre Magali e Vieira, o clima estava tenso desde o momento em que ela havia dito aquelas palavras para ele na noite anterior, como poderia ter sido tão idiota de se declarar assim? Óbvio que ele estava acordado, óbvio que ele havia escutado e óbvio que a havia achado uma completa idiota. Ele serviu uma taça de champanhe para ela ainda dentro do jatinho, sentou-se em sua frente enquanto Maitê e Bruno estavam discutindo algo um pouco mais afastado. Vieira tentou engatar algumas palavras com ela, mas Magali apenas respondia um sim ou um não, seu olhar sobre ela a deixava desconsertada e incômoda, aqueles olhos pareciam queimar sua pele, mas na verdade, ele não conseguia tirar os olhos de cima dela. Estava mais do que linda. Alguns minutos depois o piloto avisou que eles iriam aterrissar e havia um carro luxuoso os esperando, Maitê segurou Magali pelas mãos e caminharam à frente dos dois homens, a juíza havia sentido o clima tenso que estava entre eles. Logo o carro parou em frente à uma luxuosíssima mansão, era tão grande que os olhos de Magali mal podiam alcançar toda aquela vista, ficou ainda mais nervosa e Maitê sorriu ainda segurando sua mão e tranquilizando-a.

- Fique tranquila, querida, você vai tirar de letra.

- Estou aflita.

- Não fique. Você tem um grande homem ao seu lado e se você se sente segura com ele, não vai acontecer nada.