A Ordem dos Dragões ( Yoonmin ABO)

A maldição da mulher de Branco

Tô nervosa rsrs... Não sei se vão amar ou odiar o rumo dessa fic, mas espero não decepcionar.

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Kim Namjoon - Sétimo milênio a.C

( Narrativa em primeira pessoa)

Muitas vezes me pergunto se fiz a coisa certa, mudando nosso pequeno grupo para as montanhas.

As vacas estavam produzindo menos leite por causa do frio, as crianças pareciam apáticas e os deuses do plantio não nos agraciaram com sua presença este ano, mas era o que precisava ser feito.

Seokjin adoeceu naquelas terras, elas não eram boas para gerar um filho. O único jeito era fugir daquele lugar.

Certo?!

Lembro-me quando meu pai contava sobre as curandeiras de Anatólia, as mulheres de branco. Ele chamou uma delas para visitar a tribo e ela gerou um filho de um dos nossos guerreiros. Queria poder dizer que isso é uma boa coisa, mas a criança parecia doente, é pequena e pálida. Ouso dizer que talvez seja algo no nosso sangue.

Vamos todos morrer? Ou somente as crianças carregavam a maldição.

- Jonnie. As sete famílias te esperam na tenda.

O ar que escorreu de dentro da minha boca veio como uma lufada indignada ao ouvir aquilo.

As sete famílias, era como nossa tribo era dividida. Min os Dragões, Jung o Solar do Norte, Park a Estrela da Manhã, Kim's liderança, caçadores e curandeiros, Jeon os Guardiões.

Eles eram em sete por causa de uma divisão por poder dentro da família Kim, tornando um clã dividido em três governantes, isso devia fazê-los fracos, mas não fazia.

- Já estou indo. - Respondi sem ânimo para minha irmã mais nova.

Eu era o líder dos clãs, formávamos uma boa província, éramos pequenos, mas prósperos e astutos. No entanto, desde que a morte passou a visitar nossas crianças, o povo não confiava mais em mim.

Nosso povo nunca teve medo de morrer, éramos bons lutadores, filhos de guerreiros dispostos a manchar a terra com vermelho. O maior medo do meu povo era desaparecer, sumir sem deixar vestígios, sem deixar herdeiros, sem uma marca, um legado.

Ultimamente tem sido meu maior medo também, minha parceira estava esperando uma criança, a primeira mulher à procriar em anos, Kim Seokjin podia fazer um milagre surgir de onde não havia nada, isso ela podia fazer, mas ninguém sabia ao certo se aquilo era uma benção ou uma maldição, não sabíamos nem diferenciar um de outro mais.

Os deuses pareciam caçoar de nós. Antes até os ventos nos diziam sobre as pedras transparentes feitas de água do céu que varriam nossas plantações, a destruindo ou os animais que alertavam sobre a chuva torrencial pela manhã. Hoje tínhamos animais e ventos, mas nenhum deles nos alertavam mais de nada.

Estávamos com fome, alguns desnutridos, a plantação estava seca e o desespero era óbvio na feição de cada um que me encarava com um pedido silencioso de socorro em seus olhos.

A tenda estava lotada hoje, Kim Taehyung, o filho promissor da segunda família Kim caçou um leopardo para a janta. Era isso que eles faziam, caçavam.

- Kim Taehyung, o caçador. Obrigado pela refeição. - Disse solene, mesmo que sem muito ânimo.

Kim levantou sua taça e concordou com a cabeça para que comêssemos.

Eu odiava isso. Aquela mesa repleta de alimento, quando o povo lá fora passava fome.

Bebi meu vinho, sentindo o gosto amargo da uva do norte aplacar meu espírito revoltado.