Capítulo Oito: A Mais Bela

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Frida saiu enquanto Sirius se distraia com o elfo. Saiu o mais rápido que põde em direção às masmorras. Passou o percurso inteiro brigando consigo mesma mentalmente, balançando a cabeça de um lado para o outro, tentando afastar as imagens do que havia acontecido em poucos minutos.

Chegou às masmorras e foi até a uma parede de pedras. Ela disse a senha e uma passagem se abriu, por onde ela entrou, passando por um corredor escuro até chegar ao salão comunal de Sonserina.

O salão de Sonserina com certeza era o mais bonito de Hogwarts. Salazar Sonserina foi o fundador mais rico da escola, e havia deixado sua herança para os alunos de sua casa.

As paredes eram de um mármore verde esmeralda, com várias tapeçarias antigas e cortinas de linho prateado em torno das grandes janelas com vitrais. Havia uma linda lareira feita de mármore carrara e com várias serpentes esculpidas em torno. Também possuía vários sofás verdes em camurça, cheio de almofadas feitas com penas de cisne, forradas por seda prateada. Um armário de mogno escuro com detalhes foliados em ouro branco estava em um dos cantos da sala com todos os troféus ganhos pela casa e algumas fotografias dos melhores Sonserinos que já passaram por ali. Um lustre de cristal e prata grande ficava no teto, iluminando a sala com uma luz opaca, sendo acompanhadas por luminárias do mesmo material nas paredes de mármore.

A loira caminhou até a escadaria de mármore carrara que levava até os dormitórios. Subiu e foi para o seu dormitório, entrando sorrateiramente para não acordar as companheiras de quarto. Pegou uma roupa qualquer em seu malão a beira de sua cama e foi até o banheiro, pois precisava tomar um banho para espairecer.

Encheu a banheira de marfim com água bem quente e colocou alguns sais de banho. Foi até um grande espelho em uma moldura de ouro polido e se encarou enquanto se despia.

Todos a achavam linda. Seus pais sempre lhe disseram que até Afrodite teria inveja de sua aparência. A pele era pálida como porcelana e macia como veludo. Seus olhos esverdeados eram grandes e hipnotizantes. Suas bochechas eram de um róseo claro e as maçãs do rosto eram pequenas, porém encantadoras. Possuía os lábios avermelhados suaves e desenhados, como em uma pintura. Os cabelos loiros prateados lhe davam um ar inumano, transformando sua beleza em mais avassaladora ainda.

Seu corpo era mais comum que seu aspecto inumano. Possuía pernas longas e com coxas magras, o que lhe dava uma estatura alta, medindo 1,75. Sua cintura era fina e acentuada, dando a ela um corpo de boneca. Os seios médios e não chamativos, assim como as pernas e glúteos. Os ombros eram ossudos e os braços finos. Seu pescoço era médio e sua clavícula marcada fazia contrate em seu tórax. Ela não achava seu corpo belo, mas era o que tinha.

Frida então notou pequenas manchas escuras pela extensão de sua clavícula, ombros e pescoço. "Droga" ela praguejou mentalmente. Pegou sua varinha que estava junto com as suas roupas e lembrou-se de um feitiço que usava em seu primeiro ano, quando se aventurava pelo castelo e acabava batendo nas coisas. Agradeceu por não estarem fortes ou pior, já roxas. Não sabia nenhum feitiço para marcas púrpuras, pois se normalmente elas duravam até quase três semanas, feitiços para isso não eram comuns.

Após sumir com as marcas e sua pele voltar a ser a típica cor de porcelana de antes, deixou a varinha sobre a pia de porcelanato róseo e foi em direção à banheira, fechando a torneira de prata esculpida. Entrou na banheira de água fervente e sentiu sua pele arder e se tornar avermelhada. Adorava a sensação da água quase queimando sua pele, era uma sensação maravilhosa. Por viver em regiões geladas, sempre se sentiu fria. Sua pele era gelada, então amava o calor.

Submergiu até o pescoço. Fechou os olhos e suspirou, permanecendo na água. Começou a lembrar do que havia acontecido mais cedo na cozinha. Lembrou-se do calor da pele de Sirius contra a sua, o cheiro de whisky, cigarros e menta que sua pele exalava que, apesar de não ser uma combinação apropriada, era hipnotizante. Lembrou das mãos firmes e fortes do rapaz segurando suas coxas, mantendo a garota no alto, de seu corpo contra o dela, mantendo-a na parede.

Dear Mr. PotterWhere stories live. Discover now