Provoco seu corpo lentamente, parte por parte até que seu arrepio seja nítido sob sua pele quente.
Lembro de quando éramos adolescentes. Loucos, livres e apaixonados. Mariana se contorce de um jeito sexy e sorri pra mim.
— Assim é sacanagem Dominic. – refere-se às mãos amarradas.
— Me conhecendo deve saber claramente que sacanagens é um dos meus esportes favoritos. – digo.
— Seu safado de uma figa!
— Ôpa! Sem xingamentos moça. – provoco.
— Mãe? – Melissa chama.
Ficamos em silêncio.
— Pai? – ela chama novamente.
— Oi Mel. – respondo.
— Vocês tão brigando de novo?
Nos encaramos e começamos a rir. Por alguns minutos esquecemos que Melissa esta acordada.
— Não filhota. A gente tá conversando. – diz Mariana.
Mordo o bico do seu seio e ela me encara firme.
— Vamos sair já querido. – digo.
Mariana tenta se soltar mas eu digo que não e sou xingado novamente. Só fiz rir.
— Me solta Dominic.
— Não quero.
— Eu vou gritar.
— Você não seria louca Mariana.
— O quê? Duvidando de mim é?
— Desafiando.
Sua reação era de quem realmente ia fazer um escândalo, mas com toda gentileza soltei suas mãos e recebi um beijo por isso.
— Bom menino.
— Sua peste.
— Mãe, estou com fome. – Melissa retorna.
— Estou indo Melissa. – Mariana me olha e rir.
— Por favor não vá embora hoje. – peço.
— Eu tenho casa Dominic.
— Aqui também pode ser sua casa.
— Não, obrigada. – ela recolhe as roupas e se veste.
— Fica aqui hoje, dorme comigo Mariana?
— Não. – ela sai sem dizer maia nada.
Ah, que caralho!
Essa mulher muda da água para o vinho rapidamente, questão de segundos eu acho.
[...]
Quando chego na cozinha sou surpreendido por uma mesa bem posta e cheia de coisas que nem sabia que tinha no freezer.
— Me desculpe pela invasão, mas é... bom, espero que não se importe. – Mariana fica um pouco sem jeito quando me ver.
— Sem problemas, estou com fome mesmo. O que temos aqui? – olho a mesa com curiosidade me deliciando do cheiro.
— Temos só comida gostosa. – diz Melissa com a boca cheia.
— Acho que hoje eu vou ficar parecendo uma bola de tanto comer. – brinco.
— Bobo!
[...]
Comemos e conversamos de tudo, Melissa falava pelos cotovelos sobre suas fantásticas apresentações de ballet na escola. Espetáculos que perdi, coisas simples e importantes que não presenciei minha filha fazer.
Não importa quanto o tempo passe, eu sempre vou me culpar por esses cinco anos perdidos da vida dela.
Assistimos um filme e comemos pipoca. Mariana estava um pouco distante mas com um sorriso fingido no rosto. Ô noite longa vai ser essa viu.
— Acho que a pilha dela acabou. – digo.
Mariana olha e finge outro sorriso. Merda!
— Já passou da hora dela dormir mesmo.
— Podem dormir no meu quarto, eu durmo aqui na sala.
— Não é necessário Dominic.
— Faço questão.
— Ok.
[...]
Vesti uma calça moletom e uma regata preta pra dormir já que hoje não vou poder ficar pelado como de costume.
— Peguei esse cobertor e esse travesseiro pra você. – ela me entrega e olha para o chão.
— Obrigado.
Mariana entra no quarto e fecha a porta me deixando com cara de besta do outro lado.
Noite longa. Noite cruel.
Me acomodo no sofá e tento dormir, mas parece ser impossível. Mariana não sai da minha cabeça de jeito nenhum.
Pego uma garrafa de uísque e um cigarro para saciarum terço da minha vontade dela.
Ligo o som do celular e de cara começa a tocar Evidências.
Já falei que essa noite vai ser longa? Pois é! Ô noite traiçoeira.
Merda!
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Boa leitura.
Beijos, Jaqueline Carvalho.
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UM AMOR PARA ETERNIDADE
RomanceUm passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a dor que carrega no peito. O medo do próximo erro é inevitável quando se tem um coração ferido pela pessoa amada. Entregue-se. Liberte-se. A...
CAPÍTULO 16
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