Capítulo 08

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- Não, não tenho

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- Não, não tenho. - digo em um grunhido e a puxo para mim.

Minhas mãos a envolve possessivamente, uma em sua cintura e a outra em sua nuca. Seus olhos se fecham. Tomo seus lábios carnudos e enfio minha língua na boca quente dela, exploro-lhe cada canto, provando-a. Não resisto e esfrego meu pau em seu ventre de forma desavergonhada. Estou duro, faz muito desde que fiquei com uma mulher e estou a ponto de explodir. Ela está aqui, então por que não?! Por que não aceitar o que ela está disposta a dar de tão boa vontade. Sei que Julianne me deseja e nesse maldito momento esse desejo é recíproco.

Afasto meus lábios dos dela. Minha respiração está ofegante, a dela também. Desço minha boca por seu pescoço alvo, arrancando gemidos baixinhos e guturais. Ela se contorce nos meus braços e isso me faz perder os sentidos. Corro minhas mãos pelos quadris dela e envolvo sua bunda, a apertando no processo e aumentando o atrito entre nossos corpos. Quero ela, não sei explicar, mas a quero. Preciso mergulhar dentro dela e ter certeza que sua boceta é tão doce quanto a sua boca. A solto por um momento e encosto minha cabeça na dela. Não posso agir sempre por impulso, sei disso, entretanto está difícil manter o controle.

- Vou trancar a porta - digo rouco. - Saia agora, ou vou te tomar aqui mesmo no carpete. Está em suas mãos, meu anjo. Vá, ou me deixe fecha-la.

Olhos nublados de desejo me encaram atônitos. Afago-lhe a pele macia do rosto. Julianne dá dois passos para trás criando uma pequena distância entre nós. Mordendo o lábio inferior ela fita a porta. Sei que está em dúvida. Seria certo eu tomar ela aqui, no chão? A parte racional minha diz que não. Qualquer mulher que vá perder sua virgindade merece uma cama e também um cara descente, e o pior, na verdade, é que eu não sou. Não sou o cara certo para fazer o que estou prestes a fazer. Xingo meu subconsciente. Bela hora para ele querer ser moralista.

Estou duro e prestes a avançar sobre ela e reclama-la para mim. Julianne aspira o ar e se afasta mais ainda, caminhando em direção a porta. Ela toca a maçaneta com a mão trêmula. Vejo tensão em todos os seus músculos. Ela fica ali por um tempo e então se vira parcialmente. Seus olhos estão carregados de um brilho triste. Ela gira lentamente a fechadura e abre a porta, ela torna a morder o lábio, então se alinha e sai, me deixando para trás com uma ereção e sem qualquer esperança de alívio.

Respiro e inspiro várias vezes até sentir aos poucos meus nervos e músculos relaxando. Vou até onde ela deixou o livro esquecido no chão e o pego. O título me faz rir da ironia, "Como não amar um imbecil". É, definitivamente, eu sou o "imbecil"!

 É, definitivamente, eu sou o "imbecil"!

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Doce Anjo (Degustação)Where stories live. Discover now