Capítulo 04

290 72 31
                                    

         O restante da semana foi uma completa monotonia

Ups! Tento obrázek porušuje naše pokyny k obsahu. Před publikováním ho, prosím, buď odstraň, nebo nahraď jiným.

         O restante da semana foi uma completa monotonia. Fiz de tudo para não cruzar com o anfitrião. Recusei todos os convites para passeios e evitei ir ao meu lugar favorito. Não sei, mas algo me impede de voltar lá.    Aproveitei o tempo ocioso para escrever. Meu livro, um romance épico, já está quase concluído. Eu só preciso escrever o desfecho.   Toco com orgulho a tela do meu notebook. Escrever foi uma grata surpresa para mim. Devo isso ao meu patrão que vem me incentivando desde que  comecei a trabalhar para ele, há 2 anos atrás. Ele me deu uma oportunidade que poucos dariam para uma pessoa tão jovem, e depósitou em mim, uma confiança que ele dirige para poucos também. Salvo o progresso do meu livro e desligo o aparelho.

        Batidas na porta me fazem despertar do meu torpor. Levanto e vou atender antes que a estabanada da minha amiga a arrebente. Fernanda entra igual um furacão e se joga na minha cama quase caindo no processo. Ela me olha e faz uma careta.

— Você devia ter ficado comigo no meu quarto. — ela olha ao redor com desdém. — Esse buraco não devia nem levar o nome de quarto. Não sei nem como você consegue respirar nessa toca de coelho.

       Sorrio da forma como ela fala e me sento junto dela. A abraço com carinho e deposito um beijo estalado em sua bochecha.

         — Agradeço o convite, mas gosto desse quarto. Sem contar que eu não quero de forma alguma tirar sua privacidade. — Digo com total sinceridade. Fernanda sabe como sou simples e que me acostumei com tão pouco.

        — Sabe que não vai. Eu mal uso ele mesmo. — Ela dá de ombros e sorri de forma marota.
Reviro os olhos. Não há dúvidas, Fernanda é maluca!

       — Então... Vocês dois, hum... Já?

       Pergunto sem jeito. Pela cara dela eu devo estar muito vermelha, pois Fernanda morde o lábio tentando segurar o riso.

       — Sexo?

       Balanço a cabeça em afirmativa o que faz ela soltar uma gargalhada.

       — Sim! — Fernanda responde divertida. — Estamos fazendo sim. Por que te incomoda falar sobre isso? Pelo que li no seu livro você descreve muito bem uma cena desse tipo.

       — Escrever não é o mesmo que falar diretamente. — cerro os lábios. — Chata.

       Fernanda volta a rir do meu constrangimento e eu fecho a cara. Logo ela me abraça e pede desculpas.

       — Vai ter um luau hoje. Você vai? — Ela pergunta depois de um certo tempo

       — Não. Você sabe que eu não gosto. Prefiro ficar em casa e em silêncio.

       — Você está de férias, Julianne. Tem que aproveitar.

       — Estou aproveitando muito bem.

       —Trancada em um quarto ou enfurnada em uma biblioteca?

       — Sim?! — Dou de ombros e Fernanda esfrega as mãos no rosto frustada com meu pouco caso.

        — Não, amiga, isso não é aproveitar. Você tem que sair, se divertir e quem sabe encontrar alguém, um carinha bonitinho. Você é linda, mas tem que tirar essas roupas de velha.

       — Eu gosto de me vestir assim. — protesto.

       — É, eu sei. — ela revira os olhos. — Você não é mais uma criança escondendo o corpo com medo dos olhares de cobiça dos namorados da sua tia. Já é uma mulher, Ju, e não tem mais o que temer.

       — Eu sei. — murmuro.

       As lembranças me tomam de assalto, tento me livrar delas. Ela tem toda razão, mas me adaptei assim.

       — Aqui tem uma lojinha super bacana, vamos lá hoje. Vi um vestidinho que ficaria lindo em você e fará um lindo contraste com seus olhos.
Fernanda se empolga e começa a falar sem parar. Por fim, me vejo concordando com ela.

        A "lojinha" a qual ela se referiu, é um espaço amplo de três andares. Várias araras e manequins com diversos modelitos se espalham por todo o perímetro. Uma atendente jovem e sorridente veio nos atender. Vários modelos de vestidos foram me apresentados, um arco-íris de cores lidas, tecidos macios e leves. Acabei optando por um vestido branco colado até a cintura e a saia solta descendo até a altura dos joelhos. Uma delicada tira de renda enfeita sua barra. Ele é de alcinhas, o que vai deixar parte das minhas costas a mostra, apesar de não ser muito voltada para a beleza exterior, confesso que me sinto um pouco constrangida em mostrar minhas marcas.

       Respiro fundo ao olhar minha imagem no espelho. Sou pequena, porém, meus seios são fartos e meus quadris são arredondados. Quem me ver geralmente acredita que tenho uns quilos a mais e até tenho, só que um pouco menos do que aparenta — Sorrio com esse pensamento. —, minhas roupas cumprem bem o papel de esconder minhas curvas e eu prefiro assim.

       Deslizo mais uma vez minhas mãos pelo tecido macio enquanto me olho no espelho. Definitivamente, levarei esse!

       — Olha esses aqui, amiga! — Fernanda aparece no meu campo de visão segurando mais alguns vestidos em tons claros. — Você tem que ficar com esses também. São perfeitos!

       Refiro os olhos teatralmente e Fernanda sorri e me entrega as peças com o seu olhar de cachorro que caiu da mudança.

       — Está bem. — Concordo apenas porque quero ir logo para casa. — Mas não fique muito convicta de que irei usar eles.

       — Vai sim. Teremos muitas oportunidades.

       A atendente segura as peças escolhidas enquanto minha amiga me arrasta escada acima para olhar alguns sapatos. Depois de muita insistência dela, acabo escolhendo uma rasteirinha delicada com  pequenos lacinhos adornados de pequenos pontos de strass. Fernanda me faz comprar um par de sandálias de salto alto. Lindos, reconheço, mas que provavelmente não será usado por mim.

       Depois de uma tarde longa de compras, jogo minhas sacolas na cama e vou direto para o banheiro tomar um banho. A ducha fria ajuda a amenizar o calor. Como eu gostaria de voltar ao meu cantinho... Aquelas piscinas naturais são um paraíso na terra. Saio do banho e me envolvo em uma toalha macia, pego outra para tirar o excesso de água dos meus cabelos. Uma batida na porta faz me sobressaltar. Pego  meu vestido que eu já havia selecionado anteriormente e o visto rapidamente. A pessoa torna a bater mais forte o que me faz arquear as sobrancelhas com curiosidade.

      — Só um minuto, estou trocando de roupa. — Falo alto o suficiente para que a pessoa do outro lado escute.

       As batidas cessam e o silêncio toma conta do ambiente novamente. Caminho descalça até a porta e quando a abro, perco o fôlego com à visão a minha frente.


Recadinho...

Espero que tenham gostado, amores!

Logo estarei de volta com mais um capítulo fresquinho para vocês. Não esqueça de deixar sua estrelinha!

Beijos da autora!!!💋

Doce Anjo (Degustação)Kde žijí příběhy. Začni objevovat