Capítulo 01

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            — Vamos perder o voou se você demorar mais um pouco, Fernanda

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      — Vamos perder o voou se você demorar mais um pouco, Fernanda. — olhando para o relógio solto um suspiro cansado. — Temos mais dez minutos!

        — Já estou terminando, Ju. Não seja tão apressada.

         Fernanda e eu nos conhecemos no curso de inglês há dois anos e desde então somos amigas e trabalhamos juntas na editora E. Sampaio. Nós duas somos pessoas com personalidades diferentes, mas creio que isso nunca foi um quesito para definir e firmar uma amizade. Enquanto ela fala pelos cotovelos e está sempre saltitante, eu sou tranquila e falo pouco. Gosto de passar despercebida, já minha amiga, sempre é o centro das atenções... Enfim, Fernanda é espivitada demais para o próprio bem, e, cá estou eu, indo passar minhas férias com os amigos dela, pessoas que não gostam da minha presença, não só por causa da  minha  classe social, já que não sou escandalosamente rica, vivo do meu salário e não tenho pais, mas também porque sou  tímida e não consigo me  socializar.

          Me pergunto momentaneamente porque estou indo há essa viagem para Fortaleza, mesmo tendo plena consciência de que eles não me toleram. Então vejo a alegria da minha amiga e obtenho minha reposta. É por ela! Fora o amor do meu pai e da dona Luna, eu não fui amada por mais ninguém. Fernanda é a irmã que não tive e me ama como tal assim como eu à ela.

        Depois de quinze minutos de atraso, finalmente entramos no carro luxuoso que nos espera enfrente a casa dos pais dela. Olho mais uma vez para o relógio e suspiro resignada. Vamos lá, então.

      O vôo de Goiânia para Fortaleza durou duas horas e dezoito minutos. Fernanda conversou durante todo o percurso. Davi não tirou os olhos dela, assim como Michael, seu melhor amigo. Meu coração doeu um pouco, mas eu não devia me importar, vivemos em mundos diferentes e tenho plena consciência que não sou o tipo de mulher que atrai olhares masculinos. Porém eu ficaria feliz em atrair o dele. Todos foram educados comigo quando chegamos ao aeroporto, exceto ele que me olhou com extremo desdém. Camila e Arthur foram os mais gentis, eu ainda não os tinha conhecido. Já Michael, esse estava sendo presença marcada nos últimos meses. Como os dois mal se desgrudam, costumam a aparecer com frequência na E. Sampaio, para levar Fernanda para as boates. Geralmente ela me faz ligar para os pais dela e pedir permissão para que ela possa "dormir" no meu apartamento, dizendo que teremos que entregar alguns livros revisados no dia seguinte.

          Fui uma vez com eles e vinte minutos depois pedi para ir embora. Aquele som alto demais me incomodou muito. Sinceramente, prefiro o conforto e o silêncio do meu lar. Davi ficou encarregado de me levar. Ele não me dirigiu sequer um olhar e quando o carro parou e saí, ele pisou no acelerador antes mesmo que eu pudesse fechar a porta direito.   

           Venho tentando tirá-lo da minha cabeça desde então. Fantasiar a respeito de um homem que me despreza é uma grande tolice. Mas confesso que gostaria de saber o porquê de ele agir assim comigo.

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