inícios e términos

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Midoriya se viu derrotado e envergonhado por ter sido pego no flagra. Ele adentrou no quarto feminino, sentou na cama e soltou um longo suspiro pesado.

— Ok, o plano é o seguinte, a Jirou escreve e a Toruu coloca no quarto do Todoroki antes dele dormir, se der tudo certo, vai dar tudo certo, se der tudo errado... — Mina comentou enquanto gesticulava freneticamente com seus braços, parecia até que ela havia pegado a mania irritante e programada de Iida.

— Bem... — o garoto brincou com seus polegares e sorriu envergonhado — Eu escrevi a carta e o entreguei.

— Sério?! — Ochako berrou desacreditada.

— Você já pensou no que vai fazer caso o Todoroki não retribua seus sentimentos? — Momo perguntou delicadamente e o sardento pensou um pouco.

Ele estava com medo de ser rejeitado, mas se esse fosse o caso, saberia que era o melhor a ser feito. Midoriya não queria forçar Shouto a amá-lo, queria que as coisas acontecessem de uma forma natural e saudável.

— Vai ficar tudo bem, eu aceitarei uma rejeição. Eu sei que vai doer, mas não vai ser o fim do mundo. Não quero que ele se sinta na obrigação de retribuir os meus sentimentos ou algo do tipo. — Midoriya respondeu enquanto esboçava um sorriso forçado.

Nenhuma das meninas acreditou que tudo ficaria bem, nenhuma.

— Deku-kun, se você precisar de ajuda ou de um ombro amigo para chorar, não hesite em me procurar, ouviu? Eu sei como o amor dói, não quero te ver destruído por conta disso. — Ochako abriu um sorriso acolhedor e o esverdeado suspirou um pouco mais aliviado.

Seu celular vibrou em seu bolso e ele o pegou, assim dando uma olhada na barra de notificações. Era uma mensagem de Todoroki. Um gelo subiu em sua espinha e suas mãos soaram, de repente, sua pressão caiu e ele teve que se segurar para não desmaiar.

“Nós podemos conversar sobre essa carta?”

Era somente isso a mensagem, mas aquelas seis palavras foram o suficiente para fazer com que um sentimento misto de pânico e tristeza invadisse seu peito.

— Midoriya? Algo errado? Você parece assustado... — Momo gentilmente tocou na coxa do esverdeado e chamou sua atenção.

— Estou bem, só fiquei pensativo. Iida está me chamando, eu preciso ir. — ele blefou com um sorriso falso, suas pernas se moveram sozinhas até a porta do quarto, ele saiu do cômodo com pressa e caminhou rapidamente pelo corredor, assim chegando na cozinha.

Não havia ninguém ali e muito menos na sala, o esverdeado tomou um copo d'água e respirou fundo várias e várias vezes. Ele olhou para aquela mensagem e tentou se acalmar, era apenas Todoroki Shouto. Shouto não conseguia ser uma pessoa má.

— Segura a onda... — ele repetiu para si mesmo e respirou profundamente.

Com o coração acelerado, pernas bambas e uma vontade incontrolável de fugir, ele foi em direção ao corredor masculino e desacelerou seu passo. O quarto de Shouto estava logo em frente.

Midoriya não quis entrar, mas foi inevitável. Ele parou em frente a porta e bateu lentamente, com as mãos trêmulas girou o trinco e olhou pelo vão. Todoroki estava sentado em sua cama, a carta estava ao seu lado. O bicolor sorriu radiante ao ver o menor.

— Pode entrar.

— Com licença.

Izuku caminhou de um jeito robótico até a cadeira perto da escrivaninha, ele sentou e tentou se acalmar.

— Nós podemos conversar sobre a carta que você deixou? Quero dizer, apenas me ouça por agora. — ele pediu — Eu fiquei surpreso com o quão corajoso você foi em se declarar, eu poderia dizer que não sabia sobre o que você sentia mas estaria mentindo, eu sei que você gosta de mim e eu também gosto de você, não como amigo. Eu realmente gosto de você.

crush; tododekuWhere stories live. Discover now