Capítulo 30

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    Elizabeth observava de braços cruzados minuciosamente cada pessoa que entrava ou saia do grande casarão. Inevitavelmente todos os licantropos da alcatéia já ficaram sabendo do desaparecimento de Enzo e agora todos estavam presentes no quintal da casa,um alvoroço tumultuado em prol de tentar encontrar alguma maneira de resgatar o Supremo alfa.

— No que está pensando? — Elizabeth teve seus pensamentos interrompidos assim que seu irmão Daniel os interviu,entrando em seu campo de visão e lhe fazendo uma pergunta desnecessária.

— Nada que seja da sua conta. Deseja algo? Se não,pode cair fora. Não quero ouvir novamente o quão "mudada" e "grotesca" eu estou. Já sei muito bem disso e vou continuar! — ela respondeu sem muita emoção e irritadiça. Daniel suspirou e levantou as mãos em forma de rendição.

— Você deveria ir ver como Dean está. — Daniel sugeriu. Por mais que amasse Elizabeth de uma forma inexplicável,também amava seu irmão gêmeo e o ver na situação que Elizabeth o deixou,foi doloroso.

— Eu já sei como ele está,fui eu que o enforquei. — Deu de ombros,deixando de lado a importância que antes o bem estar de seus irmãos tinha.

Daniel nem mesmo tentou falar mais nada,apenas bufou e saiu de perto de sua irmão insuportável. Mas diferente dele,Juliana estava se aproximando de sua melhor amiga a qual agora já não reconhecia mais.

— Já está feio isso tudo. — Juliana falou com desdém,encarando Elizabeth como se ela fosse uma barata nojenta,mas em sua visão talvez uma barata nojenta fosse menos idiota do que sua melhor amiga.

— O que já está feio? — Elizabeth perguntou não muito interessada.

— Já está feio essas suas atitudes de alguém que quer superar os chifres! Olhe para si mesmo e veja Elizabeth: Você está afastando todos. Quando essa sua “corna em negação” passar,você vai perceber o quão burra foi por ter perdido tudo. — Dessa vez foi diferente,foi como se todas as palavras de Juliana estivessem sendo cuspidas e esfregadas em sua cara.

As palavras foram como facadas em seu peito,mas Elizabeth era mais durona do que Juliana esperava. Então Elizabeth engoliu seco a vontade de chorar ali mesmo nos braços de sua melhor amiga e transparecer sua dor,e a encarou,de cima a baixo.

— Logo você que permitiu que seu companheiro levasse outras para a cama dele enquanto você dormia no quarto ao lado,quer falar sobre meus chifres? Cuidado,é melhor dormir com um olho aberto e outro fechado,vai que Daniel queira dar umas fugidinhas durante a noite.

Como uma cobra, Elizabeth jogou ali seu veneno. Antes de dar seu sorriso sarcástico de lado e se afastar de Juliana,que a encarava como se a qualquer momento fosse a matar com um só olhar. Ela sabia que havia tocado em um ponto fraco.

— Só pode ser uma usurpadora,não é possível que seja mesmo Elizabeth. Que vaca. — Juliana disse,amarga e magoada pelas palavras que sua amiga,agora não tão amiga, Elizabeth.

Enquanto no grande casarão,o clima tenso estava pelos ares e as diversas pessoas tentavam a todo instante encontrar alguma forma de achar o Supremo alfa

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Enquanto no grande casarão,o clima tenso estava pelos ares e as diversas pessoas tentavam a todo instante encontrar alguma forma de achar o Supremo alfa. Na enorme e vasta floresta negra que cercava a alcatéia onde ninguém imagina,estava uma pequena cabana onde Enzo e Genevieve estavam,amordaçados e desacordados enquanto Amélia os analisavam.

— Para quê eles estão deitados nestas macas? — Edmund perguntou interessado. Desde que voltara dos mortos,Amélia sua salvadora,havia lhe prometido vingança contra a loba vadia que havia tirado sua chance de viver,mas até então,ele não havia colocado se quer suas mãos em Elizabeth.

— Mudança de planos.

Amélia não havia efetuado seu plano com êxito,mas também não o considerava totalmente perdido pelo fato de ter conseguido pelo menos dois de seus alvos. Genevieve e Enzo,que agora estavam desacordados presos em duas macas com mordaças metálicas especiais para suas espécies.

O “covil” como assim gostava de chamar,era um lugar neutralizado na parte mais perigosa da floresta e a menos habitada,por este motivo Amélia se sentia mais satisfeita por saber que dificilmente a descobririam ainda mais pelo fato de que com sua magia ela conseguia camuflar o lugar onde os experimentos estavam acontecendo.

— Por que você mudou o plano? Eu quero minha vingança! — Edmund contestou Amélia. Não estava nem um pouco contente pelas mudanças de planos e queria a todo custo vingar-se daquela que destruira sua vida.

— Você terá a maldita vingança! Mas para isso precisa ter paciência e saber que será tudo no momento certo... — Amélia dizia meticulosamente enquanto observava o líquido borbulhante e brilhoso que possuía nas duas seringas em suas mãos.

— Para quê isso serve? — Edmund perguntou.

Amélia sorriu,como se o mundo fosse um arco-íris e como se os monstros não fossem mais reais.

— Isto. É a minha mudança de planos. 

Então aproximou-se primeiramente de Genevieve injetando o líquido que estava na seringa diretamente em seu pulso direito. Após isso,caminhou até a maca que Enzo estava,e alisou seus cabelos observando a quão sereno seu menino estava,tão crescido. Então logo enfiou a agulha em seu pescoço,injetando o líquido diretamente em suas veias.

Afastou-se respirando fundo e cerrando os olhos não querendo perder se quer um segundo do que estava prestes a acontecer. Edmund curioso,levantou-se do pequeno e sujo sofá e ficou ao lado de Amélia,esperando assim como ela que aqueles líquidos fizessem efeito.

Então de repente o ar ficou mais quente logo para depois ficar rapidamente resfriado e então,os dois corpos que antes estavam desacordados,abriram seus olhos encarando o teto. Amélia aproximou-se devagar,observando se seus experimentos havia tido êxito.

Enzo virou sua cabeça lentamente em direção a Amélia,seus olhos tomado por uma cor brilhante roxa e suas veias da face totalmente negras e aparente. Assim como Enzo, Genevieve virou sua cabeça em direção a Amélia,seus olhos também estavam roxos mas suas veias estavam em uma coloração azulada.

Amélia sorriu satisfeita olhou de soslaio para Edmund que logo entendeu seu jogo.

— Genevieve. Quem é Elizabeth Morningstar? — Amélia perguntou. Genevieve piscou vagarosamente,dessa vez virando sua cabeça em direção a Enzo e o encarando,logo para depois voltar a encarar Amélia.

— Eu não conheço nenhuma Elizabeth Morningstar. — Genevieve respondeu,sua voz embolada quase inaudível. Em sua mente tudo era um completo breu.

Amélia concordou,sorrindo contente. Então ainda insegura de seu plano,rolou seus olhos encontrando os de Enzo,o encarando ela perguntou:

— Enzo. Quem é Elizabeth Morningstar?

Enzo não respondeu. A encarou por minutos seguidos enquanto a cada minuto a mais Amélia sentia seus nervos atingirem o ápice do nervosismo intenso. Então foi neste momento que viu Enzo mexer seus lábios e seus olhos brilharem em um roxo intenso.

Enzo a encarou nos olhos,apertando os pulsos enquanto em sua mente o nome de Elizabeth gritava diversas vezes em um sinal de alerta.

— Eu preciso matar Elizabeth Morningstar.

— Eu preciso matar Elizabeth Morningstar

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[+18] Ela Pertence ao Supremo                CONCLUÍDOWhere stories live. Discover now