Jhon me guia até o seu carro, assim que estou dentro dele vejo da janela ele se despedir de Amélia, eles se beijam como se não houvesse hoje mesmo e aquilo me deixa muito incomodada, mais do que deveria, Jhon e eu nem nos casamos não há porquê sentir nada.

Jhon: Desculpe a demora, Amélia ainda está se acostumando com o fato de eu ter outra mulher. - quem se acostumaria com isso? Quem em sã consciência desejaria ter uma competidora na própria casa? Algo me diz que isso não vai dar certo, eu tenho que ter um plano pra sair disto.

Enquanto íamos para um destino desconhecido para mim, Jhon resolveu que era hora de deixar algumas coisas "claras" o que me surpreendeu bastante pois eu não esperava aquela atitude dele.

Jhon: Eu acho que começamos isso com o pé errado e eu gostaria de acertar as coisas. - olhei para ele surpresa e curisosa, coloquei as costas da mão no queixo e esperei ele continuar. - Amélia e eu queremos tanto um filho e eu acho que agi errado com você, te apresentando tantas regras e tratando você apenas como um objeto. - e não era isso que eu era? - Não sou uma pessoa ruim Luíza e quero provar isso. Quero que fique um mês conosco, que apenas nos conheça melhor, sem regras por enquanto. Quero que você aceite isso, quero que deseje estar conosco e que de livre e espontânea vontade queira nos dar um filho, que também será seu é claro.

Eu: E se eu não aceitar? - fui direto ao ponto que me interessa.

Jhon: Se não aceitar eu te deixo livre para ir. - certo, agora sim eu estava espantada.

Eu: Pensei que não tivesse escolha...

Jhon: A verdade é que não deveria ter já que eu paguei um alto preço por você. Mas não é meu fetiche maltratar alguém. - parei de olhar para ele, aquela boca e seus cabelos cobrindo parte do rosto era algo muito desconcertante.

Eu: Agradeço a sua generosidade. E aceito sua proposta. - me senti de igual para igual naquele momento, uma sensação muito boa já que eu não era tratada assim.

Jhon: Chegamos. - ele disse em frente há um portão de grade enorme, após alguns segundos ele se abriu e entramos. Jhon estacionou em frente a uma casa gigantesca, fiquei tão distraída com a beleza do imóvel que só me mechi quando ele abriu a porta do carro e me ajudou a sair dele. - Seja bem vinda a casa dos meus pais. - fomos até a entrada e uma senhora muito gentil nos recebeu. Logo fomos guiados para uma mesa com três pessoas. Uma mulher mais velha e elegante que era provavelmente a mãe do Jhon, uma moça que aparentava ser alguns anos mais nova que eu e um senhor muito parecido com Jhon, de cabelos longos também.

Sandra: Sentem os dois! O jantar já será servido. - a mãe de Jhon fala. Ele tira a cadeira para que eu sente e logo em seguida ele se senta.

Rute: Como é ter que dar filhos pra um desconhecido? - a pergunta da moça mais nova que eu me espanta e todos olham pra ela. - Digo, você é meio que uma escrava né? Meu irmão já te fodeu?

JhonP: Chega Rute. - este era o pai do Jhon.

Sandra: Desculpa Junior, você conhece a sua irmã. - quando a mãe do Jhon o chamou assim deduzi que ele tivesse o mesmo nome do pai.

Eu: Seu irmão não me fodeu, eu não sou escrava de ninguém e nem me sinto assim. E se você for um pouco inteligente vai descobrir que pra dar filhos a alguém é preciso ter relações, algo que ainda não aconteceu entre nós. - eu amei dar aquela resposta mas senti uma pressão na coxa, era Jhon a apertando com força, eu devia ter ficado quieta eu acho.

Sandra: Vamos manter a calma né. - ela riu sem humor.

Rute: Quem tá nervoso? - a irmã de Jhon perguntou com o deboche claro em sua voz. - Eu só queria saber como era Luiza - ela disse olhando pra mim - não sei se te contaram mas eu também fui vendida, porém me devolveram, era muito pra eles. - ela sorriu e eu por dentro me perguntei qual tinha sido o motivo. - Mas eu estou um pouco receosa já que tem outro querendo me comprar agora, isso é chato sabe, ser tratada como mercadoria.

JhonP: Isso não é um assunto para agora Rute. - seu pai diz sério mas sem olhar para filha.

Observei se Rute daria uma resposta mas ela apertava os lábios com força enquanto balançava a cabeça, não sei se ela queria rir ou chorar.

Rute: Eu fico imaginado Luíza, porque olha o que estão fazendo com você, seus pais devem claramente ser uns filhos da puta iguais os meus...

Sandra: Cuidado com a boca garota, eu ainda sou sua mãe e não vou lhe poupar de umas boas bofetadas! - era claro que eles já estavam perdendo o controle.

Rute: E - disse ela continuando - você vai perder toda a privacidade que você acha que tem querida, nós aqui de casa já sabemos tudo sobre você, até o número que calça. Sabemos das cicatrizes horríveis que você tem nas costas! - quando ela disse aquilo eu me levantei e corri o mais rápido que pude, não sabia ao certo pra onde eu estava indo mas eu queria sumir daquele lugar.

A Segunda EsposaWhere stories live. Discover now