- O cargo é seu de novo. – ele esclareceu, mas parecia se divertir com a situação. – Meu objetivo principal com sua equipe era resolver seu problema, e agora que ele está quase no fim, não tenho mais serventia aqui.

Mi So sentiu seu corpo ficar rígido com o peso daquelas palavras.

- Vai ser mandado embora? – ela perguntou, tão inocente quanto séria.

Kyungsoo sorriu, e Mi So finalmente emitiu uma impressão sobre ele.

- Não, estarei na sala ao lado com uma equipe nova. – respondeu, por fim.

Um suspiro de alivio saiu pelas narinas de Mi So. Queria seu cargo de volta, mas não queria que alguém fosse demitido para isso. Mi So e Baekhyun ficaram ali por mais tempo do que imaginaram, ouvindo atentamente enquanto Kyungsoo explicava o que tinha acontecido no tempo que ela estivera fora, com algumas interrupções de Baek e as vezes de Sun Hee. O investigador Jung, observou Mi So, estava mortalmente calado, apenas ouvindo.

O telefone de Baek tacava incansavelmente, mas ele não queria atender. Estava tentando achar uma falha ou algo que pudesse prejudicar Mi So naquele plano, que inconscientemente ou desesperadamente, ele aceitara fazer parte. Mas não havia nada, pelo menos não até Kyungsoo dizer;

- Estarei procurando minha equipe a partir de amanhã, quando vou tirar alguns dias de folga. – anunciou ele. – Pode voltar amanhã e concluir nosso trabalho.

Mi So não precisou de muito para saber que o sangue tinha deixado seu rosto e o ar seus pulmões. Ela poderia voltar, queria voltar. E sem dúvidas, o faria, mas algo a estava deixando-a ansiosa, de uma forma nada agradável. Talvez fosse por ter ficado tanto tempo longe, ou porque se acostumara a trabalhar com os meninos, que deviam estar destruindo seu apartamento naquele momento. Ou talvez por conta do promotor chefe, no fim do corredor.

- Ah, claro. – acrescentou Kyungsoo, com uma graciosidade natural. – O senhor Lee também será um de seus réus.

Mi So engoliu em seco ao ouvi-lo dizer aquelas palavras. O velho que tinha ajudado-a no inicio. Ela devia considerar isto? Por que tudo o que conseguia pensar era em colocá-lo atrás das grades por ter sido um covarde perto da família de Ji Sub.

Ela deve ter ficado pensando por muito tempo, pois percebeu que os olhares curiosos estavam se tornando preocupados. Então, se obrigou a manter-se firme, e disse.

- Acho que terei muito trabalho pela frente. – falou ela, sentindo orgulho.

Baek soltou um suspiro mais alto do que ele queria, e Sun Hee sorriu. Kyungsoo estava dividido entre sorrir ou apertar a mão da nova colega de trabalho, e o Jung, este parecia cansado. E estranhamente, feliz.

- Obrigada por tudo o que fizeram por mim. – Mi So disse da porta para os três atrás dela. – Nunca vou esquecer.

Ela jurou ter visto lágrimas nos olhos de Jung.

- Nos vemos amanhã. – foi a única despedida que ela recebeu.

Baek dirigiu o caminho de volta em silencio, em parte porque Mi So recostou a cabeça no banco e dormiu, e outra porque não tinha nada a dizer. Mi So já tinha agradecido vezes o bastante para um ano inteiro, e talvez isso o tenha deixado desconfortável para contar que ele tinha, secretamente, contado para os outros três, o que estava a mantendo tão ocupada a ponto de não poder lidar com Ji Sub.

O advogado achou que Jung não conseguiria segurar a língua, visto que ficou com uma expressão desgostosa do inicio ao fim.

Ele cutucou o corpo da promotora delicadamente, acordando-a para que pudessem subir para sua casa. E Mi So quase caiu para trás quando viu seu apartamento. Sua mesa de centro se tornara deposito de bebidas, seu tapete estava coberto por embalagens de doces e migalhas de comida. Foi preciso muito autocontrole para não ir a cozinha, que ironicamente estava limpa, pegar uma faca e matá-los.

- Tenho algo para contar. – ela anunciou, juntando-os sobre o sofá, de frente para ela. Até mesmo Baek.

E então ela contou cada detalhe. E os viu ficando desanimadamente alegres. Jongdae foi o primeiro a felicitá-la, não sem antes relembrar o convite de ser permanentemente da equipe. Depois Jongin, que queria apenas terminar logo aquela conversa e focar no jogo que assistia. Depois Minseok, que sabiamente controlou o desej de beijá-la, apesar de ter feito isto na orelha de Mi So durante o abraço.

E por fim, Sehun.

Desajeitado, como se não soubesse ao certo o que fazer ou dizer. Ele se manteve a uma distancia de Mi So, apenas observando o brilho curioso nos olhos dela, quando proferiu um simples e solitário "parabéns".

Jongdae bufou.

- Você já foi melhor nisso. – ele disse, com certa malicia na voz.

Sehun lhe lançou um olhar irritado. Mas se voltou a Mi So, e pediu, baixinho e tímido.

-Podemos conversar a sós um minuto?

Angel. 》Oh Sehun 《Where stories live. Discover now