Angel. 》Oh Sehun 《

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Tudo aconteceu rápido demais. Em um segundo Mi So estava ao lado de Baekhyun, dividida entre pular no pescoço do juiz que parecia particularmente desinteressado em fazer aquela reunião dar certo, e ceder. Mas no outro, ele estava algemado. E a sala ficara pequena para tanta gente.

- Alguém tinha que te impedir de desistir. – Sun Hee repetiu, com um pesar estranho na voz.

Mi So nunca considerara desistir, ou tinha? Nem mesmo ela sabia responder aquela droga.

- Eu... como? – ela gaguejou, surpresa demais para formar uma frase concreta.

Sun Hee riu, abraçando-a.

- Senti sua falta, promotora. – Mi So sentiu os olhos marejarem, mas se segurou quando Sun Hee se afastou. – Sabíamos que você estava ocupada demais no seu plano de vingança esquisito, então tomamos as rédeas desta vingança. – ela concluiu, apontando com a cabeça, e desgosto, para Ji Sub e companhia.

Jung estava ali, e os outros dois tinham dito seus nomes, mas Mi So estava perplexa demais para ouvir mais que o sangue correndo pelas veias naquele momento. Ela encarou Baek, que ainda tinha um riso triunfante e se sentiu uma completa idiota por deixar que seus problemas fossem terceirizados. Mas não era momento adequado para se lamentar, não quando a imagem de Ji Sub algemado e carregado pela policia estava sendo tão apreciativa.

- Tente não sorrir tanto. – um tom baixo e grave soou pelos ouvidos de Mi So, e ela deu um pulinho contido para o lado vendo a aproximação de seu substituto. Ele sorriu. – Oh, desculpe.

Mi So balançou a cabeça, como se para dizer que estava bem. Ela não sabia. Estava presa nos lábios de coração.

- São lindos, não? – ele provocou, no mesmo tom de antes.

A menina se forçou a acordar depois de ouvi-lo dizer isso. Que desrespeitoso encarar alguém daquela forma. Principalmente um desconhecido. Que pigarreou antes de tornar a dizer:

- Temos assuntos a tratar. – o tom baixo foi substituído por um sério e formal. O que ela muitas vezes usara quando precisava ser a promotora Shin Mi So.

- Claro. – ela respondeu, usando daquele tom que parecia estar em um passado mais distante do que a realidade.

Mi So sabia que estava sendo avaliada, e esperava que fosse apenas por seus machucados visíveis e não pela total satisfação na situação. Apesar de ter esse direito.

- Vamos Mi. – Baek a chamou, tomando uma das mãos dela. – Eu vou te acompanhar.

- Claro. – ela sorriu para ele.

O juiz, Kim Junmyeon, não estava mais lá. E apesar de conhecer o caminho melhor do que a si, Mi So seguiu Kyungsoo até sua antiga sala. Que parecia outra. A bagunça que ela normalmente fazia durante uma investigação sumira, todos os papeis estavam devidamente organizados, em ordem alfabética e outros com ordem de cor, que Mi So sorriu ao perceber que fora coisa de Sun Hee. A sala estava até mais clara, e talvez fosse pelo fato de a janela não estar coberta de fotos e post it que Mi So costumava usar para auxiliá-la no trabalho.

- Sente-se. – Kyungsoo ofereceu uma cadeira para ela, de frente para ele e paralelo a Baek.

Mi So se sentou, tentando não sentir o estomago dar pulos ao ver outra pessoa em seu lugar. E Kyungsoo, impressionantemente, percebeu.

- Não por muito tempo, acredite. – ele disse, e Mi So ergueu uma sobrancelha, confusa. - Não vou ficar aqui por muito tempo.

Claro que aquela frase só serviu para deixar Mi So ainda mais confusa.