Capítulo 7

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- Eu olhei novamente os seus exames desde que deu entrada no hospital e percebi que sempre houve alteração no seu exame de sangue, não muito, mas havia, fizeram teste de urina e deu negativo, por isso acabamos descartando a possibilidade de uma gravidez, ainda mais por não ter outros sinais físicos, foi engano muito grande, creio que por conta dos medicamentos muito forte você estava prestes a ter um aborto, por sorte você chegou a tempo de evitarmos acontecer.

Eu pisquei várias vezes e engoli seco.

- Está brincando né?

- Bom, só posso dar parabéns para vocês. – Ele se curvou. – E peço que me perdoem pelo o erro. Creio que teremos que tomar providencia já que a sua gravidez a partir desse momento é de extremo risco.

Olhei para Taekwoon e ele olhava fixamente para o chão, um terror me atingiu.

- Vou pedir para realizarem um ultrassom para sabermos melhor de quanto tempo você está e como está o bebê.

Eu apenas concordei e o doutor nos deixou sozinhos, tudo o que havia entre nós era o silêncio. Percebi que ele batia os pés impaciente, eu tentei buscar algo para dizer, mas eu estava chocada demais, minha cabeça tinha dado tilt.

Ele se colocou em pé tão rápido que eu acabei me assustando, sem dizer nada ele ia saindo do quarto.

- Aonde você vai?

- Resolver umas coisas.

- Não me deixe sozinha. – Realmente não queria ficar sozinha naquele momento. Senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas evitei deixar com que elas caíssem.

Taekwoon deve ter percebido, pois fechou a porta e veio se sentar comigo e me abraçou. Mesmo em seus braços o desespero começava a tomar o meu corpo, eu estava com medo e apavorada, como eu podia estar grávida? Eu não costumava ser tão descuidada.

O desespero apertou mais quando me perguntei quem era o pai.

Sentia Taekwoon rígido, mesmo que ele estivesse me abraçando eu o sentia distante. Queria perguntar, mas sabia que não ia querer ouvir a resposta. Encostei minha cabeça em seu peito inalando o perfume que havia lhe dado um tempo atrás e sem conseguir manter as lágrimas presas, chorei ali mesmo.

Ele afagou os meus cabelos, mas o silêncio ainda nos rondava.

Uma batida na porta revelou a enfermeira que veio me buscar para me levar para a sala da ginecologista, na sala me deitei em uma cadeira reclinável. A ginecologista se apresentou com um belo sorriso no rosto.

- Sua primeira vez? – Perguntou com uma voz calma e doce.

- Sim.

- Você é o pai? – Perguntou desta vez para Taekwoon.

- Não. – Ele respondeu rouco.

Aquilo foi com uma faca em meu peito, eu já imaginava mas a sua reação não estava ajudando muito.

- Então irei pedir que aguarde do lado de fora. – Ela o guiou até o lado de fora e fechou a porta. – Você parece muito nervosa.

Percebi que eu apertava minhas unhas nas palmas das mãos. Tentei sorrir, mas não saiu naturalmente.

Ela pediu para que ficasse confortável, levantou a minha blusa e colocou um gel em minha barriga, com um aparelho começou a passear onde o gel estava, era gelado e pegajoso, mas o meu coração parou mesmo quando as batidas baixas de um coração soaram na sala, automaticamente olhei para a tela e consegui ver de primeira. Era real. Eu comecei a chorar.

- Está emocionada. – disse a ginecologista sorrindo. Eu queria dizer "Não, eu estou apavorada, assustada e surtada.", mas preferi ficar quieta. – Quer saber o sexo?

Whisper ✩ VIXXWhere stories live. Discover now