A bordo para Nova York

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Então era isso, eu não tinha escolha nós de fato iriamos para Nova York ainda hoje, eu não esperava isso e acho que nenhum de nós esperávamos, mas não podíamos adiar até o próximo final de semana precisamos de pistas urgente para sabermos quem está por trás disso tudo, quem é o responsável por essas ameaças, que a cada vez fica mais sinistro!
- Antes de irmos quero te entregar isso Cheryl... – falou Betty me entregando a minha jaqueta vermelha que eu havia deixado com ela.
- Uau, ficou melhor do que eu imaginava, agora sim eu me sinto uma serpente Blossom! – respondi a pegando e colocando em mim, ficou realmente maravilhosa o logo de uma cobra pegava quase as costas inteira da jaqueta, e isso era perfeito pois se não for para chamar atenção eu nem usaria!
- Vamos logo para acabar com isso de uma vez por todas...- falou Sweet Pea.
- Você sabe que não vai ser nada fácil descobrir alguma coisa né?! Quer dizer, não vamos chegar lá e já achar todas as pistas que queremos, temos que ter paciência! – respondeu Jughead pegando uma chave, que provavelmente era de um veículo que iriamos, saímos do bar e lá estava uma caminhonete estacionada, eu nunca me imaginaria em uma lata velha como aquela, mas eu desci tanto o meu nível que aquilo já não era mais um problema para mim.
- Cheryl espera! – gritou uma voz vindo por trás de mim.
- Toni?! O que você está fazendo aqui?! – perguntei me virando, eu fiquei surpresa ao vê-la, alias o que ela estava fazendo aqui no estacionamento do bar dos serpentes?
- Eu fui na sua casa e sua avó disse que você não estava, então imaginei que estivesse aqui...- respondeu ela se aproximando de mim.
- Aconteceu alguma coisa?! – perguntei a olhando preocupada.
- Não, eu só queria te ver, mas vejo que você está ocupada, não é?!
- É realmente, eu preciso fazer uma coisa importante, espero que entenda...- falei segurando as mãos dela.
- Tudo bem, só toma cuidado, nos vemos depois?!
- Mas é claro! – respondi dando um beijo nela e finalmente entrando no carro para irmos para Nova York em busca de respostas! Foi muito bom ter a visto antes de partir, mesmo sem ela saber para onde eu iria ela ainda assim me entendeu e isso me encorajou mais ainda a ir até lá, eu sei que não seria nada fácil, mas com certeza não se comparará a primeira vez que eu entrei naquela casa e vi a pior cena da minha vida! Só em pensar naquela cena meus olhos enchiam de lagrimas e escorriam pelo meu rosto sem eu conseguir controlar.
- Cheryl tá tudo bem? – perguntou Sweet Pea me olhando, pois nós dois estávamos no banco de trás, enquanto Betty e Jughead estavam na frente.
- E por que não estaria?! – respondi limpando minhas lagrimas.
- Você não precisa bancar a durona, sabemos que é difícil para você voltar lá, se fosse eu estaria me derramando em lagrimas...
- Eu não estou bancando a durona, eu sou durona! E é justamente para isso que estamos indo para lá, para encontrar vestígios do desgraçado que me fez ficar assim! - respondi virando meu rosto.
Algumas horas de estrada depois, finalmente ou infelizmente estávamos perto de chegar em Nova York, eu estava animada, ansiosa e ao mesmo tempo com medo era uma mistura de sentimentos que reinava dentro de mim e eu sei que isso seria normal, a ansiedade e a animação era de imaginar que estamos um passo a descobrir quem começou com isso tudo, e medo era de que tudo isso fosse apenas uma viagem perdida e não encontrarmos nada dentro casa, não sabemos com quem estamos lidando por isso tudo pode acontecer inclusive não achar nenhum vestígio se quer...
- E se não acharmos nada?! – perguntei quebrando o silencio que estava a horas no carro.
- Não tem como não acharmos nada, nenhum crime é perfeito... – respondeu Jughead convicto no que estava dizendo. A certeza que eles tinham me dava uma segurança a mais de que tudo realmente poderia dar certo.
- Você tem que confiar Cheryl, pelo menos alguma coisa a gente vai achar! – falou Betty tentando me encorajar.
- Eu confio, só não quero me decepcionar mais...- respondi encerrando aquele papo, por mais que eu o tenha começado eu já havia me cansado de falar daquilo. O silencio tomou conta mais uma vez até que vi uma placa gigante da entrada de Nova York, minhas mãos começaram a ficar geladas e minha respiração mais ofegante, era a minha primeira vez de volta aqui depois que tudo aconteceu, eu nunca me imaginaria voltando para cá ainda mais dessa maneira, acho que foi isso que me deixou um pouco aflita o modo como tudo mudou drasticamente e agora eu estou aqui novamente mas não como a antiga Cheryl Blossom, e sim como uma nova que não vou negar, estou gostando mais de mim assim do que antes. Depois de entrar na cidade, eu os direcionei até o local da minha antiga mansão que não ficava muito longe de onde estávamos, só levou alguns minutos para chegarmos, e quando chegamos eu não conseguia olhar, fiquei com o meu rosto virado olhando o outro lado da rua, meu coração estava apertado mas eu sabia que era necessário eu fazer aquilo, descemos do carro e ficamos todos parados em frente à casa imensa.
- Vamos logo antes que eu desista! – falei me virando e tirando bruscamente uma faixa amarela que bloqueava a entrada. Eu coloquei a mão na maçaneta e parece que tudo havia voltado, era como um filme que passava na minha cabeça e eu havia voltado no dia em que minha família havia sido morta. Aquela maçaneta parecia me transportar para o pior dia da minha vida, era como se eu estivesse lá, naquele dia cercada de pessoas tentando me impedir de eu abri-la, e em questão de segundos eu que não ouvia nem a mim mesmo abri a porta desobedecendo a todos e me deparando com o Jason e meus pais banhados em sangues, aquelas lembranças abria todas feridas que estavam cicatrizadas dentro de mim, era como se estivesse uma espada cravada em meu peito.
- Você quer que eu abro?! – perguntou Sweet Pea me olhando, acho que eu fiquei alguns segundos parada com a mão na maçaneta e perdi a noção do que estávamos fazendo.
- Ta tudo bem, eu abro! – respondi a abrindo sutilmente, a porta tinha o mesmo rangido de sempre, acho que isso foi a única coisa que se manteve da casa, pois a sala estava toda empoeirada eu mal podia ver a cor do chão, e todos os móveis estavam cobertos com panos brancos como em um filme de terror.
- Por onde começamos?! – perguntou Betty pegando uma lanterna para cada um de sua bolsa.
- Vamos nos separar, a casa é muito grande então cada um fica com uma área, qualquer coisa grite o mais alto que puder que todos correm os na direção do grito! – ordenou Jughead, e todos concordamos com o plano então finalmente era a hora da ação.

Amor sem limitesWhere stories live. Discover now