Amor sem limites

Iniciação 2

Eu cheguei naquele tal bar, e fiquei surpresa, era totalmente diferente do que eu imaginava, havia um slogan de uma cobra iluminada grande bem na frente com a escrita "Serpentes do Sul", confesso que fiquei encantada e cada vez mais que eu olhava mais eu ficava curiosa para entrar e finalmente fazer parte disso!
Havia tantas pessoas, e cada uma tinha seu estilo, mas todas estavam vestidas com uma jaqueta com a mesma cobra que estava desenhada na entrada do bar, as pessoas não pareciam ser de uma gangue, pareciam apenas amigos reunidos em um bar qualquer para se divertir, isso me deixava mais confortável, mas também me deixava intrigada, será que esses serpentes conseguem de verdade me ajudar no caso da minha família?! Enfim, essa é a minha única opção, não tenho escolhas a não ser confiar neles, pelo menos para me manter protegida até que eu realize a minha vingança!
- Cheryl! Vem entre, vamos te apresentar para o grupo antes de começar a sua iniciação... – falou Betty ao me ver em frente do bar, ela me direcionou e fomos até ao centro do bar, todos me olhavam intrigados se perguntando quem eu era ou o porque de eu estar ali!
- O que vai ser essa iniciação?! – perguntei baixinho para apenas ela ouvir.
- Fica tranquila, você vai ter que fazer um juramento e depois uma tatuagem! – respondeu ela.
- O que?! Uma tatuagem?! Você ta louca né, eu não vou rabiscar meu corpinho como uma bandida! – falei aumentando meu tom de voz.
- Algum problema com tatuagens donzela?! – perguntou um garoto se aproximando de nós.
- Donzela é a sua mãe! – retruquei.
- Cheryl esse é o Sweet Pea, ele é um dos serpentes que mais confiamos aqui! – explicou Betty me apresentando para ele.
- Prazer em conhece-la Cheryl! – falou ele me olhando de cima a baixo.
- Que pena que não posso dizer o mesmo! – respondi rindo debochadamente.
- Então vamos começar! – falou Jughead se aproximando de nós.
- Finalmente... – sussurrei para Betty.
- Essa é Cheryl Blossom, e nessa noite ela passará a ser como nós, ela será uma de nós! Mas antes de tudo ela terá que responder por espontânea vontade, você realmente está pronta para ser uma serpente?! – perguntou ele me olhando.
- Sim, eu estou absolutamente pronta! – respondi em voz alta.
- A regra número 1 um serpente nunca mostra covardia, 2 se um serpente for morto ou preso sua família será atendida, 3 nenhum serpente é deixado para trás, 4 um serpente nunca trai o outro e 5 na união há força! Você jura honrar cada regra como uma guerreira em busca da vitória?! – perguntou ele sério.
- Eu juro! – respondi.
- Então eu como rei dos serpentes defino que Cheryl Blossom é definitivamente uma serpente do Sul! – gritou ele levantando meu braço, todos me aplaudiam e isso me deu mais certeza do que eu queria!
- Agora vamos fazer a tatuagem! – falou Betty pegando na minha mão, eu não queria fazer nenhuma tatuagem, mas eu jurei honrar cada regra e essa fazia parte de ser uma serpente, então eu fui, fiz o símbolo do lado na minha costela e confesso que amei o resultado, agora sim eu me sentia parte do grupo!
Cheguei em casa e o carro da delegada ainda estava estacionado em frente, mas que droga ela ainda estava fazendo lá?! Isso já está passando dos limites eu fiquei por volta de uma hora fora e ela ainda está na minha casa enchendo a paciência da minha avó, isso era inadmissível, se ao menos ela tivesse respostas eu até aceitaria, mas eu sei que não é por isso que ela ainda está em casa!
- Espero que tenha um bom motivo para continuar aqui á essas horas da noite... – falei entrando em casa e olhando para delegada que estava em pé na sala junto com a minha avó.
- Você entrou para uma gangue Cheryl?! – perguntou minha vó com uma cara de preocupada.
- O que como assim?! Como vocês sabem disso?! Espera ai, você está me seguindo delegada?! – perguntei aumentando meu tom de voz.
- Eu só queria saber onde você iria, e vi você entrando no bar de uma gangue! Cheryl eu sei como você se sente, mas isso não é a melhor solução, pode te trazer mais problemas e não é isso que queremos! – respondeu ela se aproximando de mim.
- Você não faz ideia do que eu sinto, não sabe metade da dor que eu estou sentindo a cada manhã que eu me levanto e não tenho mais a minha família! Não tente entender a minha dor, e não me siga nunca mais, você deve seguir bandidos e assassinos como aquele que acabou com a minha vida, se é que você lembra! – retruquei com os olhos cheios de lagrimas, pois eu estava com muita raiva, ela não tinha o direito de me seguir e muito menos dizer que sabe exatamente o que eu sinto, ninguém sabe a dor e o ódio que eu tenho dentro de mim ao saber que quem matou a minha família está solto e que sua próxima vítima sou eu, ninguém sabe o perigo que eu estou passando para chegar ao ponto de me juntar a uma gangue, então esbarrei nela e subi direto para o meu quarto! Eu bati a porta e me deitei na cama e comecei a chorar, era inevitável tudo isso me fazia lembrar que eu estou sozinha no mundo, sou a única Blossom e que por algum motivo já estou sendo caçada como se fosse um mostro para ser abatido, isso me deixava desesperada, mas eu tinha que me manter firme aliás um serpente nunca mostra covardia!
- Posso entrar?! – perguntou minha avó abrindo uma pequena brecha na porta.
- Se for só você, então pode... – respondi com o meu rosto virado no travesseiro.
- Cheryl querida, eu quero te dizer que eu sim te entendo! – falou ela se sentando na cama do meu lado.
- Acho que ninguém me entende verdadeiramente! – respondi.
- A sua família era a minha família, eu os perdi tanto quanto você, então eu entendo e acho ótimo você ter entrado nessa tal gangue... – falou ela passando a mão no meu cabelo.
- O que?! Então você não ficou brava?
- Essa delegada não sabe de nada, você precisa se proteger, se aliar a um grupo, por isso acho que sua decisão está correta! – respondeu ela me abraçando.
- Você é de fato a melhor vó do mundo! – falei retribuindo o abraço dela.
- E você acha que eu não sei?! – respondeu ela rindo. Era muito bom saber que tenho o apoio dela, e ter a sensação de que ela realmente me entende, isso era inexplicável, agora não tenho apenas o motivo de continuar firme apenas pela minha falecida família, e sim continuar por ela também que me acolheu no pior momento da minha vida me entende melhor que ninguém!