Angel. 》Oh Sehun 《

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- Isso é culpa sua. – Snow gritava para Sehun. – Você me fez matá-la. Eu vou tirar Mi So de você como você tirou ela de mim."

Depois disso, tudo o que Mi So se lembra é de Sehun pegando-a no colo para tirá-la dali.

***

Quando o dia amanheceu, Mi So foi acordada por barulhos em sua cozinha. Com dor no corpo, ela se levantou para checar o que estava acontecendo, mas não sem antes pegar a arma debaixo do seu travesseiro. Mi So não dormia mais sem aquela droga perto de si.

Andando a passos lentos e silenciosos, ela abriu a porta e foi para a cozinha, mas a cena que encontrou era de longe perigosa. Estava mais para algo que lhe tiraria a paciência. Sua mesa estava suja de farinha e sua pia cheia de louças sujas. No sofá, sacolas e bolsas estavam jogadas de qualquer jeito, e as vozes altas, que ela reconheceria em qualquer lugar, pareciam tranquilas e despreocupadas. Até verem ela parada com uma arma na mão, observando cada um deles.

- A culpa é dele. – Jongin disse, lambendo os dedos e apontando para Sehun.

Claro que era. Ele era o único que sabia a senha da porta.

- O. Que. Estão. Fazendo. Aqui? – ela perguntou pausadamente, fechando os olhos para tentar controlar o temperamento.

Jongdae foi até ela, passando o braço por seu corpo.

- Relaxa. – ele disse, e Mi So arqueou a sobrancelha para ele. – Nós vamos limpar tudo isso.

Os meninos concordaram juntos.

O olhar de Mi So se prendeu no de Sehun. Ele sabia que tinha algo errado.

Ela contornou Jongdae, e abriu a geladeira, tirando de lá uma garrafa de água. Virou uma. Depois outra. Não tinha percebido que estava com tanta sede. Ela sentia os olhos dos meninos queimando cada parte de seu corpo, e parte disso se devia ao pijama nada comportado dela. Nada que Sehun, Jongin e Jongdae nunca tivessem visto antes. Mas Minseok não.

Vendo os ingredientes sobre a mesa, Mi So percebeu que eles estavam tentando fazer um bolo, e que a primeira tentativa tinha sido um desastre devido a uma guerra de comida. Ela olhou para Jongin, que tinha as mãos sujas de chocolate, depois para Sehun, que de repente achou a gavetade talheres do armário muito interessantes, depois para Jongdae, ainda parado onde ela estava antes. E por fim, Minseok.

- Não sabia que podia cozinhar. – ela disse surpresa, vendo o menino com a mão na massa.

Ele balançou o fuê na altura dos olhos.

- Alguém tem que salvar esses meninos da fome. – ele brincou.

- E porque na minha cozinha? – Mi So indagou.

- Porque era a única que tinha comida. – ele deu de ombros. – Espero que não se importe, joguei as coisas vencidas fora.

Mi So não tinha forças para ficar brava com nada, então apenas deu as costas para eles e foi tomar um banho. Ela ligou o chuveiro e esperou um pouco antes de situar seu corpo debaixo da água fria. No primeiro dia após ela ter chegado em casa, após dois dias compartilhando o quarto com Minseok, sangue tinha machado o chão do banheiro quando ela sem querer, arrancou um de seus curativos.

Mas ao invés de sangue, ela deixou que lágrimas escorressem junto da água. E tentou controlar quando viu a porta ser aberta, e Sehun invadir o banheiro.

- Velhas manias nunca somem. – ela reclamou.

- Velhas manias são necessárias. – ele disse, olhando para o corpo dela, não com desejo ou malícia, mas preocupação.

- Eu estou bem. – ela antecipou a pergunta dele. – Juro.

- Entrou sabonete no seu olho? – Sehun questionou, fingindo completamente que ela não tinha dito nada.

Ele tirou a pantufa, e depois a camisa, e depois a calça, ligou uma música alta no celular e entrou no box apenas de cueca. Tomou o shampoo das mãos dela, e disse.

- Pode chorar Mi. – ele disse, transbordando de carinho e zelo. – Eu cuido de você.

Mal sabia ele que era o maior pesadelo dela. Pesadelo e tranqüilidade. Sua guerra e sua paz. Seu ódio e seu amor.

Mas ela era capaz de ignorar por um tempo, pelo menos até que ela tivesse a oportunidade de conversar a sós com ele. E ali, o sentindo ensaboar seus cabelos e lavar seu corpo, ela se permitiu sentir o carinho que ele tinha por ela. Desejando do fundo de seu peito que o sentimento, recíproco, não desaparecesse nunca. 

***

Capítulo fraquinho mas necessário. Vejo vocês no próximo. Beijinhos!!