Capítulo 33

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Pov - Amanda

Abro meus olhos sentindo uma dor terrível na nuca.

Fecho-os e tento abri-los novamente tentando descobrir onde estou.

Quando a escuridão parece passar olho ao redor e vejo ser ao que parece um quarto completamente abandonado.

Me lembro de Manuela e suas doidas teorias de raptos e cabanas abandonadas que só apareciam no filme, mas que agora era completamente real.

Sinto meus pulsos doerem e tento me mexer, mas ainda continuo imóvel. Sentada em uma cadeira e com os meus braços presos em volta do encosto de uma velha cadeira de madeira. Minhas pernas presas também, uma em cada parte das pernas da cadeira e meu tronco preso ao redor da cadeira.

Tento pensar no por que me prenderam aqui. Um simples sequestro não seria, porque eu sou pobre demais para isso.

As horas vão se passando, e a dor começa a se espalhar por meu corpo. Minha cabeça ainda dói, e a minha fome faz com que tudo se amplie. Se fosse um simples sequestro, onde estariam as pessoas por trás disso?

Se o plano era me matar de fome, estão tendo sucesso.

Tentei me soltar várias vezes, mas isso fazia com que eu me machucasse mais, então desisti de usar a força que eu não tinha, e tentei usar minha cabeça.

As únicas saídas que haviam era a porta que com toda a certeza do mundo estava bem trancada, e uma janela de meio metro que estava alta demais para ser alcançada. E mesmo que eu conseguisse escapar por ali, tenho certeza que me quebraria toda para descer pelo outro lado.

Tudo o que me restava agora era ter paciência e ter muita fé.

Cada minuto parecia que se arrastava. Minhas costas e minha bunda já estavam completamente irritadas de tanto que fiquei na mesma posição.

O medo que eu sentia já havia se transformado em um completo tédio e dor.

O pó do lugar já estava começando a irritar meu nariz e meus olhos, piorando ainda mais o meu estado de irritação. Parecia que eu não tinha tomado banho por dias de tão suja que eu estava.

Parecia que eu tinha sido atropelada por um caminhão, mas ao menos meu cabelo ainda estava preso, o que se tornou a única coisa boa de tudo isso, já que o calor estava insuportável.

Sinto que mais uma irritação novamente em meu nariz, e levanto a cabeça para conseguir espirrar e para que a irritação passe.

Quando enfim consigo uma voz familiar dizendo saúde me assusta.

Ela entra rindo e encosta a porta, como se soubesse que mesmo que eu tentasse seria impossível sair daqui.

Amanda: pensei que tivesse mudado de país, se casado com um príncipe e agora estaria tendo o seu final feliz pra sempre - digo irônica e ela ri com desdém.

Se ela quisesse me matar já o teria feito não é?!

Mas acho que ela não seria capaz de fazer tamanho pecado.

Ai Jesus!

Megan: continua engraçadinha como sempre - diz e arqueio a sobrancelha confusa.

Como ela me conhece se só nos vimos cara a cara uma vez?

Megan: estive te observando - responde minha pergunta - você é bem fácil de se achar - pega uma cadeira e se senta na minha frente.

Amanda: não que eu estivesse me escondendo, nada disso, mas você ainda não me disse o por que estava me seguindo - por amor a minha vida tento ser o menos irônica possível.

Uma Babá de Outro MundoWhere stories live. Discover now