Capítulo 24 (Parte 2)

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Pov - Amanda

A tarde se passa rapidamente e em nenhum momento eu deixo de estar perto dos salgados e dos doces.

Alguém precisa cuidar deles não é?

E em que lugar eles estariam mais seguros do que na minha barriga?

Eu sei...eu sou um gênio.

Laís: alguém por favor venha salvar os doces da minha filha - pede em voz alta - os salgados já se foram todos.

Não sei se fico envergonhada ou se continuo a comer.

Faço os dois. Ignorando completamente a existência de minha mãe.

E convenhamos, eu sou ótima em fazer isso.

Andreus: pobres doces - nega com a cabeça - tem certeza de que ela é mesmo sua filha? - pergunta para minha mãe enquanto todos se desatam a rir.

Traidores.

Estou usando bastante essa palavra hoje...

Observo minha mãe e Andreus conversarem distraidamente, e começo a sentir uma sensação diferente.

Nunca pensei que minha mãe precisasse de alguém. Sempre achei que a minha presença bastasse, deixando de lado o meu ciúmes exagerado.

Mas agora, começo a perceber que não quero minha mãe sozinha.

Meu pai não iria querer isso. Ele iria querer que ela fosse tratada como a rainha que é. E com isso já consigo imaginar a sua voz em minha mente, me pedindo para ser feliz.

E eu começo a desejar isso para minha mãe.

Sei que ninguém jamais irá conseguir substituir meu pai, isso se quer é possível. Mas se eu pudesse ver alguém, além de mim, preocupado sendo e carinhoso com ela, eu jamais impediria ou oporia.

A felicidade dela é tudo o que me importa.

Saio da sala discretamente e caminho em direção a varanda. Gosto do ar puro e do vendo batendo lentamente no meu rosto, me obrigando a prender meus cabelos em um coque.

Cruzo os braços e respiro lentamente apreciando todas as bençãos que Deus tem me dado.

Mattew: cansou de comer meus salgados? - me assusto - desculpe - pede nenhum pouco arrependido.

Amanda: e como é possível alguém parar de comer? - pergunto já recuperada do susto - só quis ser gentil e deixei alguns lá para vocês - balanço a mão em sua frente - sou muito humilde - digo sorrindo.

Mattew: nunca disse que não era - afirma debochado.

Amanda: claro que não - reviro os olhos.

Me sento em em um banco de madeira que fica na entrada do jardim, e ele me acompanha. 

Ainda não consegui entender essa mania de rico em querer ter um jardim imenso como esse, se bem que isso seria um sonho para qualquer pessoa. Um jardim grande e muito bem cuidado, que nos faria esquecer nossa rotina no ar poluído da cidade.

Uma Babá de Outro MundoWhere stories live. Discover now