Primeiro livro da série: de Outro Mundo.
Amanda nunca foi uma jovem "normal", sempre divertida e espontânea, amada por todos.
Com apenas vinte anos, se vê perdida ao saber da doença de sua mãe, tendo assim que trabalhar para ajuda-la com os tra...
Vê-la sorrir se tornou um dos meus principais objetivos. E isso inclui deixa-la irritada.
Não sei o que realmente estou sentindo, mas sei que de certa forma ela corresponde.
A forma como ela olha para os meus irmãos, com carinho e com uma extrema e estranha amizade, mexeu comigo de alguma maneira. Principalmente ao ver que meus irmãos correspondem todo aquele carinho.
Estes novos sentimentos são tão confusos, que chego até a me comparar a um adolescente. De tão ansioso que fico esperando que ela chegue aqui, para enfim ir trabalhar.
Pareço um palhaço, eu sei... Mas nada que eu tente parece funcionar.
Aquela coisinha maluca parece querer dominar meus pensamentos, e talvez não apenas eles.
Observo ela corrigir a tarefa de minhas irmãs, enquanto eu e meu irmão estamos em suas camas mexendo em nossos celulares. Ou melhor, fingindo mexer neles.
Até meu irmão parece encantado por ela. Não sei que milagre que ela fez, ou que está fazendo, mas agradeço mentalmente a ela por mudar aos poucos esse modo antissocial de Edu.
Muitas vezes apenas eu conseguia entende-lo. A sua preferência por ficar sozinho, e muita da vezes isolado. Era isso o que eu costumava fazer, mas não era por pirraça ou adolescência conturbada, nada disso. Era simplesmente porque eu queria evitar a falsidade das pessoas, a falsidade daqueles que se julgavam meus amigos.
Ainda tento entender essa mudança repentina dos meus pais, que resolveram voltar a frequentar a igreja. Não sei se isto também é obra de Amanda, ou uma oportunidade que meus pais encontraram para se sentirem bem novamente.
Talvez eu até tente como eles, mas no momento ficarei como estou.
Eduardo: esta babando - desperto ao ouvir o sussurro de meu irmão.
Instantaneamente passo a mão em minha boca e escuto Edu se desatar a rir, chamando a atenção delas.
Mattew: quer levar uma surra pirralho? - pergunto tentando fingir estar bravo.
Eduardo: até parece que você faria isso - da risada, mas seu riso some quando o ataco ficando em cima dele.
Beatriz: pega ele tato - escuto seu riso e começo a travar uma batalha de cócegas em meu irmão, que se contorce tentando escapar.
Bianca: eu quero também - pula em cima de mim, mas a seguro fazendo cócegas nela também.
Ainda sem parar o ataque olho para Amanda e a vejo sorrir para mim. Um sorriso que é capaz de me fazer sofrer um ataque do coração.
Meu olhar varia entre ela e Triz que esta sentada ao seu lado, e entendendo o meu recado ela segura minha irmã fazendo cócegas nela logo em seguida.
Não me lembro quando foi que me diverti tanto assim com eles, e começo a me sentir um pouco culpado por ter ficado mais tempo no trabalho do que estando com eles.
[...]
Saio do banho apenas com uma calça moletom e com a toalha em volta do pescoço.
Respiro fundo sentindo um pouco de exaustão se apossar de mim.
Resolvi tirar uma folga hoje para ficar um tempo a mais com meus irmãos, e tentar descansar um pouco.
Olho para um canto qualquer do meu quarto e encontro meu violão encarado e intocado.
Vou até ele e pego o mesmo, retirando a capa e o observando bem.
Fazia muito tempo que não o tocava, e pensar que já quis ser músico faz com que uma nostalgia me domine por completo.
Sento na beirada de minha cama, e passo meus dedos lentamente pelas cordas. Afino o mesmo e uma música me vem a mente.
Uma música que eu costumava tocar quando frequentava a igreja, e até mesmo fora dela.
"Pai, eu quero te amar, tocar o teu coração E me derramar aos teus pés Mais perto eu quero estar, Senhor E te adorar com tudo que eu sou E te render glória e aleluia
Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia
Quando lutas vierem me derrubar Firmado em ti eu estarei Pois tu és o meu refúgio, oh, Deus E não importa onde estiver No vale ou no monte adorarei A ti eu canto glória e aleluia
Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleuia
Senhor, eu preciso do teu olhar Ouvir as batidas do teu coração Me esconder nos teus braços, oh, Pai Toda minha alma deseja a ti Junto com os anjos cantarei Tu és santo, exaltado, aleluia
Suspiro sentindo uma paz inexplicável tomar conta do meu coração.
Lágrimas escorrem por meus olhos e sinto que preciso de mais.
Não sei se consigo mais viver assim. Não quero mais viver assim.
Coloco o violão sobre a cama e apoio meus braços sobre minhas pernas, e meu rosto sobre minhas mãos.
Fecho meus olhos e tento conter o choro.
Pai, não sei se ainda podes me ouvir, mas quero que saiba que eu preciso do Senhor. Não sei se ainda olha para mim, mas sei que és justo e bom - respiro fundo sentindo o ar faltar em meus pulmões - preciso de você. Preciso de ajuda. Eu quero mudar, mas não sei o que preciso fazer. Eu quero recomeçar, eu quero fazer o que é certo. Eu quero voltar, pai. Voltar a estar em tua casa. Voltar a sentir a sua presença. Perdão, pai. Perdão...
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>> Continua <<
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Hello!!! Olhem eu aqui de novo kkkkkkk
Estou ficando apaixonada pelo Mattew, e vcs????
Preciso urgentemente de um Mattew na minha vida! SOCORRO.....
Sem dramas... Espero que tenham gostado deste pequeno capítulo, mas especial.
