CAPÍTULO 3

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Aqui estou eu no hospital a procura da enfermeira que a Sinu deixou informações para que a procurasse. Estou extremamente nervosa, não queria ter que vir aqui correndo o risco de não conseguir ficar com a minha bebê. Mais vou seguir como planejado e pedido feito por Sinu.

- Olá, meu nome é Michele e eu gostaria de falar com a enfermeira Leana.

- Pois não senhorita Michele. Vou avisa-la.

- Ok obrigada.

Fico na sala de espera aguardando a tal enfermeira. Enquanto isso ligo para Dinah pra saber como está minha pequena.

- Alô Dj..

- Fala branquela

- Como está minha bebê?

- Está ótima, já conversei com ela e mostrei seu áudio pra ela. Ela ainda fez um bico de choro mais eu dei meu jeito de acalma-la.

- Que bom. Eu não quero demorar muito, já sinto falta dela. - digo triste

- Ai ai.. Mal conviveu com a criança e já está assim, imagina quando ela crescer.

- Cala a boca. Tenho que ir, a enfermeira já está aqui. Bjs.

- Ok, Bjs.

Assim que desligo a chamada, vou de encontro com a enfermeira que Sinu falou. Ela é jovem, acredito que esteja nos seus 28 anos. É muito bonita por sinal.

- Olá, bom dia. Sou Michele e preciso conversar um assunto sério com você.

- Sobre o que exatamente?

- Sinu!

- Ow... Ok. Vamos para a cafeteria, lá é mais tranquilo para conversarmos.

- Ok.

Andamos alguns metros de onde estávamos e logo sentamos em uma das mesas. Eu estava muito nervosa e com muito medo. Acredito que ela tenha percebido pois está me observando muito.

- Não precisa ficar nervosa, srt. Michele.

- Não estou nervosa. -

- Não precisa mentir, eu não vou fazer nada contra você e a sua filha.

- Ow, ahm... Certo, desculpa. Olha, eu encontrei a Camila em uma lata de lixo. Eu não queria pega-la, pois achei que fosse alguma outra coisa e mesmo depois de perceber que era um bebê eu não queria ficar, mais quando vi aqueles olhinhos chorando de medo e fome.... - digo triste pela situação.

- Foi o que pensei. Bom, como você já deve ter lido na carta, a situação delas não era nada fácil. Eu acompanhei toda a gravidez da Sinu, todo sofrimento e muitas das vezes tive que leva-la pra minha casa cheia de hematomas feitos pelo monstro que era o marido dela. Ela teve vários sangramento, tive que trancá-la em casa por 2 meses para se recuperar da pior surra que ela levou. E foi nessa que ela teve o parto prematuro da Camila. Ela passou por maus bocados, e sabemos que isso que ela fez não era certo, mais na situação em que ela se encontrava não tinha outra alternativa. Eu não podia cuidar dela, não tenho condições pois já tenho um casal de filhos e cuido deles sozinha. Então Michele, por favor. Não abandone essa criança. Não deixe que ela passe pelo pior assim como a mãe.

- Meu Deus, que horror. - digo triste

- Eu sei. Se você esta surpresa imagine eu que passei por tudo isso junto dela. - responde cabisbaixa.

- Não da nem pra imaginar.

- Enfim. Espera um minutinho ai que já volto. Você poderia me dá seus documentos por favor? - pede e eu fico confusa.

- Pra que você precisa deles?

- Para terminar a documentação de sua filha. - diz meio óbvia porém amigável.

- OMG, você está falando sério? - ela assente. - Mas, e a burocracia toda?

- Apenas me passe seus documentos, garanto a você que não farei nada pra te prejudicar. Pelo contrário!

- Ok, só um minuto. - vasculho minha bolsa e logo acho o que procuro e entrego a ela que sai em seguida.

Vocês devem está achando essa situação nada convencional ou correta, ainda mais para eu que sou do ramo jurídico. mas, em casos como esses, já sabendo a vontade da mãe, e já tendo toda a questão burocrática resolvida. Nada me impede de ter essa criança como minha. Meia hora depois ela volta com meus documentos e um envelope branco. Me entrega tudo e pede que eu olhe. Eu fico receosa mais logo vou olhando e quase tive um ataque quando li o que estava escrito nos papeis em que a Leana de entregou. Eram todos os documentos e autorizações da guarda de Camila. Tudo nos conformes, inclusive ela já veio com meu sobrenome no seu nome. Karla Camila Cabello Jauregui. Minha filha, mds que notícia maravilhosa.

- Posso te da um abraço?

- Claro!

Abraço a Leana e logo convido a mesma para um jantar de agradecimento. Ela recusa no começo por não querer atrapalhar, mais logo cede aceitando meu pedido.

- Bom, mais uma vez muitíssimo obrigada. Nos vemos amanhã a noite. - digo dando mais um abraço de despedida na mesma.

- Não tem de que. Obrigada também pelo que está fazendo por essa criança e pelo convite. -responde meio corada.

- De nada. Tchauzinho.

- Tchau.

Mal posso esperar para contar a Dinah. Meu Deus que felicidade, agora eu sou mãe, ou melhor trabalharei para ser. A melhor!




Capítulo curto pq demorei mt pra postar. Próximo farei maior.

Bjs boa leitura!

RENASCI AO TE ENCONTRARWhere stories live. Discover now